quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Dois policiais da deoesp são investigados por extorsão
Dois policiais da deoesp são investigados por extorsão
Suspeitos teriam cobrado R$ 50 mil de um traficante da Nelson Hungria para não atrapalharem o esquema do tráfico
Publicado no Super Notícia em 17/02/2011
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Homem que se passou por policial relatou à PM que agiu a mando de Sérgio e Valdeci
A Corregedoria-geral da Polícia Civil e a Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária apuram uma denúncia de que dois policiais da Divisão de Operações Especiais (Deoesp) tentaram extorquir um detento da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A suspeita foi descoberta depois da prisão de um homem que tentou entrar na unidade prisional como se fosse policial civil, na tarde de anteontem.
De acordo com o Boletim de Ocorrência registrado pela 38° Cia do 18° Batalhão da Polícia Militar, Hugo Henrique Maia da Silva, de 19 anos, preso tentando entrar na Nelson Hungria fingindo ser policial da Delegacia de Narcóticos, relatou aos militares que foi visitar Marcelo Jaime Gonçalves, de 27 anos, o Marcelinho Pisca-Pisca, a mando dos policiais Sérgio e Valdeci, da Deoesp. O rapaz iria combinar com o presidiário o pagamento de R$ 50 mil aos policiais. Silva contou ainda que o dinheiro seria pego na casa da irmã de Gonçalves, no bairro Cabana, na região Oeste de Belo Horizonte. Segundo uma fonte, que pediu para não ser identificada, a quantia seria paga aos policiais para que o traficante não tivesse o esquema de tráfico de drogas, que foi descoberto através de investigações da Deoesp, desmontado. Funcionários da penitenciária contaram à PM que, há poucos dias, Silva esteve no local acompanhado de dois policiais. Os três chegaram em uma viatura da Polícia Civil e os dois disseram à segurança do presídio que Silva também era da corporação.
Anteontem, o jovem foi até a unidade prisional sem policiais na companhia de uma mulher e outro homem, que ficaram aguardando em um Fiat Uno. Os dois foram detidos porque a mulher que dirigia o carro não tinha habilitação e a documentação do veículo estava vencida. Segundo a PM, nenhum deles sabia do esquema.
Marcelinho Pisca-Pisca, segundo uma fonte na Divisão de Tóxicos e Entorpecentes, é um dos chefes do tráfico de drogas do aglomerado Cabana do Pai Tomaz, na região Oeste da capital.
Ficha suja
Contra Marcelino Pisca-Pisca pesam acusações de vários homicídios. Ele foi preso com outras seis pessoas, no dia 15 de outubro do ano passado, em uma festa, em um sítio, em Betim. Todos os presos participaram do sequestro de uma família de um gerente de uma fábrica de joias, no bairro Santa Efigênia.
Fato será apurado
A assessoria da Polícia Civil informou que membros da corregedoria acompanharam o fechamento da ocorrência e junto com a Superintendência de Investigação e a Polícia Judiciária instauraram um procedimento para investigar a denúncia.
Os investigadores serão ouvidos e um inquérito administrativo poderá ser aberto contra eles. Os dois continuam trabalhando.
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