sábado, 16 de abril de 2011
EAP realiza curso para ASPs e servirá de pré-requisito para promoção por merecimento
EAP realiza curso para ASPs e servirá de pré-requisito para promoção por merecimento
Do sindasp
Carlos Vitolo
Assessor de imprensa do Sindasp-SP
A Escola de Administração Penitenciária (EAP), por meio do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Agente de Segurança Penitenciária, realizará o Curso de Especialização Técnico Profissional para Agentes de Segurança Penitenciária 2011.
O curso é da modalidade à distância (EAD) conforme aponta o Comunicado Eap 64, publicado no Diário Oficial de 08-04-2011.
De acordo com o documento, “fica estabelecido pelo Departamento de Recursos Humanos que esse curso será considerado pré-requisito para participar do Concurso de Promoção por Merecimento (2011)”, descreve.
As inscrições serão efetivadas somente a partir do primeiro acesso ao curso através do site http://ead.eap.sp.gov.br, no período de 18 a 26 de abril. O curso tem carga horária de 16 horas-aula e sua disponibilização no ambiente virtual será de 18/04 (a partir das 8h) ao dia 10/05 (até às 19h).
No que se diz respeito a avaliação final, o Diário Oficial publicará um comunicado com a listagem dos alunos que deverão participar da prova presencial. A lista será divida por região, contendo a data e horário da avaliação. O documento aponta ainda que a avaliação “será aplicada no dia de folga do servidor e não haverá 2ª chamada em hipótese alguma”.
Ao final do curso será fornecido certificado somente mediante a conclusão dos módulos on-line e da participação presencial na prova, além da obtenção do conceito satisfatório.
COMENTARIO DO BLOG
Finalmente, a EAP tomou uma decisão acertada, visto que os pré-requisito para participar do Concurso de Promoção por Merecimento são nebuloso. As regras de valorização pessoal do servidor do sistema penitenciario nunca foi transparente
Blogosfera policial cresce no Brasil e vira estudo da ONU
SÃO PAULO - O número de blogs feitos por policiais vem aumentando expressivamente no País. Desde 2006, ano da criação do primeiro deles, o "Diário de um PM", do policial Alexandre Souza, já entraram no ar 65 sites, ainda hoje ativos, segundo levantamento do blog "Abordagem Policial", espalhados por 14 Estados brasileiros. Entre os motivos da proliferação desses blogs estão a dificuldade que os policiais têm para se manifestar dentro da estrutura rígida de disciplina e hierarquia da corporação e a facilidade da construção dos diários virtuais. O crescimento chamou atenção da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que resolveu fazer um estudo para ver no que esses blogs podem contribuir para a discussão de soluções para a segurança pública. O trabalho está em andamento e é feito em parceria com Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC) da Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro.
"Já era blogueiro, então já conhecia o meio. E havia uma necessidade de expressão e não encontrávamos um ambiente próprio", conta Danillo Ferreira, um dos autores do blog "Abordagem Policial". De acordo com a socióloga Silvia Ramos, que está coordenando a pesquisa da parceria com a Unesco, esse é o primeiro estudo sobre essa nova tendência na cobertura de assuntos relativos à segurança e à criminalidade. "O que me chamou a atenção foi a maneira como muitos blogs se posicionavam. Eles queriam falar, chamar a palavra, dar a versão deles sobre os acontecimentos", explica a socióloga. "Queremos entender como o fenômeno dos blogs pode ajudar na definição da agenda de discussões sobre segurança, qual o poder multiplicador por trás deles", explica Guilherme Canela Godoi, coordenador do setor de comunicação e informação da representação da Unesco no Brasil.
Uma característica marcante do movimento de blogueiros policiais é a busca pela integração. Praticamente todos os blogs policiais têm os outros policiais blogueiros como público. Souza, o pioneiro, cunhou a expressão "Blogosfera Policial" para denominar o conjunto de blogs cujos autores são policiais, e a contagem dos blogs ativos é compilada pelo "Abordagem Policial". "Acho que em nenhuma outra profissão há essa ligação e união entre os blogueiros, como entre os policiais", aponta Ferreira. Para Silvia Ramos, há ainda outra explicação para o fenômeno crescente: "Há um choque entre os policiais novos entrando nas corporações e a tradição da polícia", afirma.
Além da necessidade de expressão, a repercussão possibilitada pela internet é também motivadora. "Queria dar mais visibilidade à minha visão sobre a administração da Segurança Pública no Rio, ainda na época do Marcelo Itagiba (deputado federal e secretário de segurança durante o governo Rosinha Garotinho)", afirma o major Wanderby Medeiros, do blog com seu nome.
O blog de Wanderby é um dos mais ácidos nas críticas à administração do Rio. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, é alvo de diversas críticas no blog. As enquetes feitas por Wanderby também são fortemente críticas: questões propostas variam desde "Houve fraude na eleição de (Eduardo) Paes?" a "O delegado Beltrame deve ser exonerado?". Sobram farpas para o governador Sérgio Cabral. O major foi denunciado por críticas ao chefe do Estado Maior, coronel Antônio Carlos Suárez David, e ao comandante-geral da PM do Rio, Gilson Pitta Lopes. "Meu blog é um retrato do que eu penso", afirma.
Embora a pesquisa da Unesco ainda esteja no começo, duas tendências já se destacam entre os blogs de policiais, segundo Silvia Ramos: existem blogs mais rebeldes, com críticas ao comando e revolta por salários e condições de trabalho, e aqueles que privilegiam "serviços". "No blog 'Diário de um PM', por exemplo, há muitos comentários em postagens sobre concursos da PM e cursos voltados aos policiais", afirma. Ela também observa que vários dos blogs de policiais acabam se limitando a reproduzir notícias veiculadas na imprensa. "Não há em alguns deles uma produção própria", observa.
Censura
A temática dos blogs é variada, embora a discussão da questão salarial seja um fator em comum na maioria deles. Outro tema recorrente é a censura a que são submetidos os blogs policiais. O Blog "Abordagem Policial", por exemplo, tem posts discutindo as restrições a que são submetidos os militares e defendendo maior liberdade de manifestação. O capitão da PM do Rio Luiz Alexandre também discorre sobre o tema, embora com tom mais crítico. Luiz Alexandre, que já foi chamado a prestar esclarecimentos à Corregedoria da PM por conta de postagens no blog, não poupa críticas a Beltrame em sua página. O governo do Rio também é duramente criticado em páginas mantidas anonimamente por policiais. A maioria dos blogueiros policiais, contudo, assume nome e posição na corporação. Há ainda o blog "Depoimento Anônimo", cujo autor se identifica apenas como "um escrivão de polícia". A temática de seu site é contar casos do cotidiano de um escrivão.
Sobram também críticas para a cobertura que a imprensa faz sobre assuntos de polícia, como no blog "Crônicas de um Sargento de Polícia", que também fala bastante das situações difíceis encontradas pelos policiais durante sua atuação profissional. Além de notícias sobre concursos da polícia e sobre eventos e cursos disponíveis para policiais, o blog "Diário de um PM" tem como um diferencial a contagem dos PMs mortos no Rio no ano. Já o "Diário do Stive" (com "i" mesmo) mantém uma tabela com dados sobre os salários de policiais pelo Brasil, abastecida com informações pelos agentes de todos os Estados.
"Desde que fiz meu blog pude conhecer PMs do Brasil inteiro", afirma o soldado Robson Niedson, do blog "Diário do Stive". Ele também tem um fórum dedicado às discussões relevantes para a categoria, como a questão salarial. "Ainda não tem a movimentação que eu esperava", admite. No seu Estado, Goiás, a própria Polícia Militar tem um blog corporativo (o primeiro da América Latina), e o comandante-geral da PM do Estado, coronel Carlos Antônio Elias, também é blogueiro. "Isso acaba com a visão de que a liderança é ausente e traz um reflexo positivo da figura do comandante, reforçando o princípio comunitário da polícia. Estou tendo uma boa resposta da tropa", afirma o coronel, sobre seu blog pessoal. Sobre a página corporativa, ele aponta que surgiu da necessidade de aproximar a PM do cidadão, criando um ambiente mais interativo. "Queremos implementar a polícia comunitária, mais próxima da população", diz. Para Danillo Ferreira, é importante estimular mais policiais a usarem a ferramenta da internet para manifestação de opiniões.
Estudo
Para realizar o estudo, previsto para ser concluído em novembro deste ano, as pesquisadoras Silvia Ramos e Anabela Paiva vão estudar cada um dos blogs, analisando o conteúdo. Também estão previstos encontros de discussão: o primeiro foi realizado no dia 27 de março, organizado pelas embaixadas de Canadá e Estados Unidos, no Rio de Janeiro. O estudo será completado com entrevistas com os blogueiros. A Unesco financiará o projeto. De acordo com Godoi, coordenador do setor de comunicação e informação da representação da Unesco no Brasil, a organização lançou um edital para a escolha do pesquisador que seria responsável por coordenar o estudo.
"Recebemos cerca de 15 a 20 interessados, e a professora Silvia foi a escolhida por causa do seu currículo e de seus estudos sobre relação entre mídia e violência", explica Godoi. Segundo ele, os resultados obtidos na pesquisa irão ajudar a Unesco a determinar suas novas ações sobre discussão de segurança pública no País
A unificação de carreiras na PF
A unificação de carreiras na PF
Bases precisam discutir unificação de carreiras na PF
14/04/11, por José Ricardo Neves
No 14º Congresso Nacional dos Policiais Federais, ocorrido em setembro de 2010, foi aprovada a idéia de unificação dos cargos de agentes, escrivães e papiloscopistas no cargo de Oficial de Polícia Federal, sob o argumento de que a unificação garantiria a valorização dos policiais e a otimização dos recursos humanos no efetivo combate à criminalidade.
Embora os policiais federais presentes no referido congresso tivessem legitimidade para decidir em nome da categoria (isto é incontestável), infelizmente, aprovaram uma questão ainda não conhecida e sequer discutida com as bases. Tanto é assim que, pouco tempo depois, os papiloscopistas, cargo cujo número de policiais federais é menor e, portanto, de mais fácil mobilização, ao analisarem os prós e os contras da unificação, resolveram recuar e desistiram de participar da pretendida empreitada.
Afastados os papiloscopistas da luta, preparou-se a proposta substitutiva ao projeto de Lei 6.493, de autoria do governo federal, que dispõe sobre a organização e funcionamento da Polícia Federal – Lei Orgânica da Polícia Federal, através da qual pretende-se “dotar o organismo policial federal brasileiro de uma estrutura democrática, moderna e eficaz, aspiração acalentada há décadas, especialmente pelos policiais federais”.
Neste sentido, por tratar-se a Polícia Federal da única instituição policial brasileira detentora das funções integradas de polícia judiciária e de polícia administrativa, pretende-se conquistar o reconhecimento legal de uma situação de fato, ou seja, que a PF é uma polícia de ciclo completo, exercendo tanto policiamento preventivo quanto repressivo.
Não há dúvidas de que a Polícia Federal precisa acompanhar as mudanças de paradigmas na área da segurança pública, visando promover “avanços no efetivo combate à criminalidade”, fortalecendo-se interna e externamente.
Contudo, para tanto, não há necessidade da unificação de cargos. Se o que se pretende é trazer “novo paradigma para a carreira do único órgão policial brasileiro de ciclo completo de polícia, portanto, fora dos moldes das polícias estaduais, sejam com funções de polícia administrativa ou polícia judiciária”, através da adoção de nomenclatura diversa – oficial -, já utilizada em outros cargos do Serviço Público Federal, a fim de fortalecer as funções exercidas, basta que seja feito como no caso dos papiloscopistas. Em vez de transformar os atuais cargos de agentes e escrivães de Polícia Federal em Oficial de Polícia Federal, que seja, por exemplo, modificada a atual nomenclatura, passando-se para Oficial de Investigação Policial Federal e Oficial de Cartório Policial Federal, estendendo-se a ambos os direitos e obrigações que se pretende garantir ao OPF.
Tais transformações não trariam prejuízos nem impediriam o exercício das atribuições próprias de polícia administrativa da União, pelos ocupantes dos citados cargos. Bastaria que fossem definidas em lei as atribuições e prerrogativas de cada cargo, como proposto no caso do Oficial de Polícia Federal. Por outro lado, se garantiria aos agentes e escrivães a não unificação de funções, já que “a unificação de cargos públicos se dá com a unificação de todas as atuais atribuições”.
A mudança de nomenclatura garantirá a valorização dos cargos, com reconhecimento do nível superior em razão da complexidade da função, possibilitará a elevação dos salários aos patamares dos demais salários de nível superior do Poder Executivo Federal, sem vaidades, sem pseudos títulos de autoridade.
O que se pretende defender aqui não é o impedimento da modernização da Polícia Federal, mas tão somente garantir que cada policial federal continue a exercer as atribuições do cargo para o qual prestou concurso público, já que tais atribuições são definidas nos respectivos editais. Não é justo que um cidadão escolha a profissão que pretende exercer, em tese, no caso da PF por trinta anos, e após ingressar na instituição tenha que exercer funções de um cargo para o qual não possui perfil e pelo qual não fez opção.
Um dos idealizadores do novo cargo de Oficial de Polícia Federal, em entrevista à Agência Fenapef, quando indagado sobre a possibilidade de um APF não querer trabalhar como EPF ou ser lotado no cartório, explicou que “aprovada no Congresso Nacional a proposta da Fenapef, a mudança na formatação da polícia deve acontecer no dia seguinte, com a aprovação de um novo Regimento Interno e novas funções comissionadas.
No entanto, prosseguiu o colega, “as mudanças das rotinas administrativas seriam gradualmente inseridas no novo contexto. Desta forma, uma mudança na lotação de um atual APF para exercer as atividades desempenhadas hoje por um EPF, em nada ajudaria no processo. Primeiro, o agente sem “experiência” e conhecimento jamais poderia exercer atividades cartorárias, ou vice-versa, e segundo, seria improdutivo, ineficiente e ineficaz. O novo cargo de oficial de Polícia Federal, a partir do primeiro concurso e do treinamento específico, é que estaria capacitado para atuar em qualquer das atribuições de sua classe e nível de padrão”.
Com o devido respeito que merece o entrevistado, não há como concordar com sua explanação. Primeiro, porque a proposta substitutiva ao projeto de lei não contém um artigo, inciso ou parágrafo que garanta isto. Assim como não há nenhuma previsão de que somente aqueles empossados após o primeiro concurso é que estarão capacitados para atuar em qualquer das atribuições. Segundo, porque como foi dito, aprovada a lei, a mudança acontece no dia seguinte. Terceiro, porque na proposta substitutiva ao projeto de lei está elencado dentre as atribuições do OPF “proceder a atos de formalização e de fé-pública dos procedimentos relacionados às investigações policiais e criminais, de operações policiais, bem como a supervisão dos serviços cartorários”.
Assim sendo, diante do problema vivenciado de Norte a Sul do país - a carência de escrivães, a Administração é que será beneficiada, em detrimento dos servidores, pois terá a solução de uma situação crônica, até então sem solução a curto prazo.
Por outro lado, os escrivães também estarão sujeitos ao bom humor dos chefes, pois segundo a previsão contida na proposta substitutiva do projeto de lei, ao OPF compete proceder a investigações preliminares, as operações policiais, as medidas de segurança orgânica, a produção de conhecimento de informações e de inteligência policial e outras definidas em regulamento.
Vale a pena mencionar um exemplo hipotético e prático. Logo após a entrada em vigor da nova lei que unificou e transformou os cargos de APF e EPF em OPF, chega em determinada unidade da PF uma guarnição da PM conduzindo uma ocorrência de prisão em flagrante. De imediato, o plantonista da referida unidade aciona o sobreaviso do dia, no caso um DPF e dois OPF’s, estes últimos dois ex-APF’s. Quem será que faria os procedimentos cartorários? O delegado ou os OPF’s?
Mudando o exemplo: estão de sobreaviso dois OPF’s, no caso ambos ex-EPF’s e há um acionamento para acompanhamento de traficantes em razão de um serviço em andamento em outra unidade do DPF. Quem será que fará a vigilância, a barreira, a prisão etc?
Na mesma entrevista citada, foi dito que “a atividade de polícia judiciária seria prestada subsidiariamente, e especialmente, para dar fé pública as certidões, autos, etc., e documentos do feito. Já as atividades meramente burocráticas do IPL e do próprio cartório, como digitações, escriturações e produção de ofícios e demais expedientes, passarão para os servidores administrativos”.
De novo, não há como concordar com esta assertiva, pois que se pretende emprestar à atividade de polícia repressiva uma conotação de somenos importância, bem como relegá-la a uma mera atividade cartorária a ser desempenhada subsidiariamente. Não há dúvidas de que a atividade de polícia administrativa ou preventiva é de grande importância no contexto da segurança pública, porém não maior nem menor que a de polícia judiciária ou repressiva.
A atividade de polícia judiciária não está adstrita exclusivamente a “atividades cartorárias”, pois envolve também investigações, operações de inteligência, produção de conhecimento etc. Estas atividades são desempenhadas pelos APF’s e são também atividades-fins da Polícia Federal. Na proposta substitutiva ao projeto de lei, não há qualquer menção à passagem das “atividades burocráticas” dos cartórios para servidores administrativos. Portanto, serão desempenhadas pelos OPF’s.
Outra questão, que passa despercebida diante da gama de assuntos tratados na proposta substitutiva ao projeto de lei, é quanto ao uso de fardamentos e vestes de policiamento ostensivo, que serão “privativos do OPF” no desempenho de suas funções de polícia administrativa da União. A Polícia Federal fardada é questão polêmica e já foi rechaçada num passado recente pelas entidades sindicais.
Quando perguntado como se daria a formação dos futuros OPF’s, o entrevistado respondeu que “o policial que ingressar no órgão atuará no início de sua carreira como policial de operações em ações de policiamento preventivo e ostensivo e com o desenvolvimento na carreira nas demais áreas, e atuando na chefia, no planejamento, na coordenação, na supervisão e direção destas atividades da Polícia Federal”.
Há que se levar em consideração, primeiramente, que nunca será possível que todos se tornem chefes. Portanto, a maioria continuará sujeita exclusivamente ao desempenho da função para a qual se formou e se capacitou, ou melhor, no caso do OPF, para a qual foi designado. Mais uma vez, por mais repetitivo que possa parecer, é importante frisar que na proposta substitutiva ao projeto de lei, não há qualquer texto dispondo que somente o policial que ingressar na carreira atuará na condição de policial de operações em ações de policiamento preventivo e ostensivo. Ou seja, todos os OPF’s estarão sujeitos a ser designados para atuar como policial federal fardado, função da polícia administrativa.
Tem-se ainda a idéia de que tais policiais, os OPF’s, desenvolvam ações “por um projeto de uma UPP Federal, que seria uma Unidade Preventiva de Polícia Federal, inspiradas no programa do Rio de Janeiro, onde a Polícia Federal teria unidades central e descentralizadas, dentro de sua estrutura, institucionalmente e permanentemente voltadas para esta atividade e subsidiariamente para a atividade repressiva”. Sem comentários.
Que o sistema atual de persecução penal vigente no Brasil é arcaico ninguém tem dúvidas. Que o inquérito policial não atende aos anseios da sociedade nos quesitos eficácia, eficiência e efetividade na apuração dos ilícitos penais, é outra realidade inegável. Porém, é o inquérito policial que está previsto na lei adjetiva desde sua edição, em 1941. De acordo com o projeto de reforma aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, continuará sendo, apesar de seus 70 anos de existência e dos muitos estudos científicos e estatísticas, que demonstram sua ineficiência. Os motivos que levaram os juristas e os congressistas a não ousarem apresentar e aprovar uma proposta capaz de atender as expectativas da sociedade é uma incógnita.
O sistema de segurança pública e justiça criminal como um todo, para alcançar resultados significativos e efetivos no enfrentamento da violência e da criminalidade, precisam unir forças e estarem amparados por uma legislação moderna, elaborada com base na visão de futuro desejada pela sociedade. Mas pelo visto isto não ocorrerá agora.
A Polícia Federal como instituição de segurança pública não pode estar alheia a tudo isto, porém uma mudança drástica em sua estrutura funcional, como a proposta com a unificação de cargos, precisa ser melhor discutida. Somente através da promoção de um debate aprofundado, com explanação minuciosa dos efeitos presentes e futuros decorrentes da unificação dos cargos de agentes e escrivães, será possível chegar a um consenso.
Não é sensato, nem admissível, que unicamente em razão de não terem sido incluídas no projeto de Lei Orgânica da PF as verdadeiras pretensões dos policiais federais não-delegados, que seja lançada uma proposta de cunho meramente “alternativo”, como forma de garantir um “ganho”. Até porque este não está clara e plenamente demonstrado e definido.
As máximas da administração moderna se encaixam também às instituições públicas. Neste sentido, é importante dizer que “ao partir para o futuro é necessário olhar para o presente: é importante saber onde e como você está antes de “comprar a passagem” para o futuro”. “Na realidade, é muito difícil conseguir oferecer diferenciais interessantes a um “mercado” quando a organização quer “fazer de tudo”. Quanto mais especializada for a organização, maiores serão as possibilidades de desenvolver diferenciais competitivos interessantes ao “mercado”.
A efetivação do ciclo completo de polícia na Polícia Federal é uma meta viável, possível, objetiva, consistente, coerente e que vai de encontro às propostas de modernização da atividade policial. No caso da PF, além de tudo isto, está ainda em consonância com a legislação em vigor.
Mais que uma unificação de cargos urge para a Lei Orgânica da Polícia Federal a garantia do exercício da função policial com isenção, sem privilégios para uns cargos em detrimento de outros, com estabelecimento de chefias baseadas na experiência profissional e na meritocracia. O primeiro aspecto a ser considerado no processo de formulação da estratégia de uma instituição deve contemplar as pessoas encarregadas de seu planejamento. Nesta lógica, os novos empregados são descartados por não possuírem conhecimento e experiência. Fonte: Conjur
Leia mais: http://concursopolicial.blogspot.com/2011/04/unificacao-de-carreiras-na-pf.html#ixzz1JgcLZDxq
O PAPEL DO AGENTE PENITENCIÁRIO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
O PAPEL DO AGENTE PENITENCIÁRIO NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E PROMOÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
Mazukyevicz Ramon S. N. Silva
No seu cotidiano laboral, o Agente Penitenciário depara-se diuturnamente com essa dicotomia de valores, que o leva a estabelecer uma relação de ambivalência com os apenados. Por vezes, em momentos distintos de um mesmo plantão, é instado a assumir ora a figura do carrasco - quando da extração de preso, espancamentos freqüentes e operações pente-fino - ora a figura do redentor, quando presta socorro médico, fornece alimentação ou transfere apenado para cela distante de seus inimigos.
A ausência de conhecimento técnico específico para a função, somada às recorrentes deficiências nas condições materiais de trabalho – a exemplo da falta de armamento não letal e instrumentos de proteção pessoal – e à falta de pessoal diante da superpopulação carcerária, funcionam, segundo LOPES (1998), como causas motivadoras dos comportamentos violentos por parte dos Agentes Penitenciários, uma vez que, configuram uma condição de penosidade no ambiente de trabalho, que direciona a opção dos agentes por mecanismos de contenção mais extremos, como garantia de sua própria segurança.
A prisionalização é um processo de aculturação inevitável que acomete o indivíduoinserido no contexto carcerário, que passa a adotar os usos e costumes praticados na prisão, como se vivenciasse uma verdadeira sociedade paralela, tornando-se uma figura anônima nesse contexto e sujeitando-se a uma intensa desorganização de sua personalidade. (SÁ, 2007).
O Agente Penitenciário acometido pela prisionalização passa a desenvolver uma série de transtornos de ordem psicológica, como sentimento de inferioridade, perda de sua identidade, empobrecimento psíquico, regressão e infantilização, que acabam por interferir nas suas escolhas e tomadas de decisão.
Continuando nos ensinamentos de Sá, o sentimento de inferioridade e o empobrecimento psíquico geram, dentre outras coisas, dificuldades de elaboração de planos, o que em determinada situação de crise, pode vir a gerar uma reação violenta e excessiva por parte do Agente Penitenciário, por haver perdido a capacidade de planejar corretamente que atitude tomar. No mesmo sentido, a infantilização e a regressão manifestam-se por meio da busca por soluções fáceis e projeção de culpa no outro, acabando por legitimar um comportamento violento do agente em face do apenado.
Na realidade, seja por sua condição de desprestígio profissional e exclusão social, seja pela distorção do verdadeiro sentido dos direitos humanos, o Agente Penitenciário, nos dias de hoje, perdeu a real dimensão da importância de sua atividade para a construção de uma sociedade mais justa e menos violenta, chegando até mesmo a envergonhar-se de sua profissão, passando a encarar-se como mero “guardador de bandido”.
Quando do exercício da função seletiva, é indispensável que o Agente Penitenciário procure ter consciência do poder e da responsabilidade que detém. Há de se recordar que a sentença não retira do recluso a condição humana, e assim sendo, mesmo que a este sejam impostas coações físicas, permanecerá humano, entretanto, enraivecido e predisposto a retribuir a sociedade com mais violência. Nesse sentido, o agente há de orientar suas condutas numa direção contrária à violência, ainda que por egoísmo, em defesa de sua própria segurança.
Para tanto, é indispensável que o Estado ofereça condições para que o Agente Penitenciário perceba-se novamente como cidadão, que assim como o apenado, é carente de proteção ante as violências desse mesmo Estado. Só assim, poderá o Agente Penitenciário cumprir primorosamente com o seu papel no combate à violência institucional e na promoção dos direitos humanos, uma vez que terá aceitado a legítima identidade de valor existente entre ele e o indivíduo preso.
Agente de Segurança Penitenciária do Estado da Paraíba. Bacharel em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Especializando em Segurança Pública e Direitos Humanos pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Mestrando em Direitos Humanos pela UFPB.
Dois modelos de Segurança Pública em Minas Gerais: um integrado e outro
Dois modelos de Segurança Pública em Minas Gerais: um integrado e outro desintegrando
Dois modelos de Segurança Pública em Minas Gerais: um integrado e outro desintegrando
Muitos filósofos, antropólogos, sociólogos e diversos “ólogos” são contratados pelo e para o Governo, promovendo projetos de Segurança Pública e determinando políticas de como se reduzir a criminalidade. Sábios, como são, estes “ólogos” dariam grande contribuição a Segurança Pública, se não fossem contratados para uma defesa de ideais de grupos políticos, que tem o fito de,simplesmente, eternizarem no poder.
Minas não é diferente. Aliás Minas é referência. Um continuísmo burro e até certo ponto irresponsável, que poderá ser irreversível para o desenvolvimento de um Estado de vulto no cenário nacional. Mas esse Governo, se ai está, não é porque foi legitimado pelo voto popular? A resposta é afirmativa. Mas de onde vem então esse sucesso? Não demovemos o mérito desse grupo político vigente no Estado de Minas Gerais; aqui, o time é coeso, tem um discurso afinado, são inteligentes mas para um propósito único: manterem-se no poder.
A principal ferramenta utilizada pelo Governo de Minas Gerais é o marketing, ou seja, a propaganda é alma do negocio. Se gasta muito com publicidade e impõe uma ditadura velada em todos os ramos da sociedade, dentre eles, a imprensa. Essa política se faz para deixar a população num transe, não vendo que essa política de resultados é mais uma maquiagem para se propagarem com o rostinho bonito em evidência. Foram diversos choques de gestão, que se parecem mais com as técnicas utilizadas na época da ditadura para torturar seus algozes.
Foi propagado em diversas peças promocionais um estado de resultados, utilizando o poder da imprensa e da publicidade para macular índices que não condizem com a realidade.
Não me aventuraria a falar nos escândalos ainda incrustados nas cavernas do poder; vou me ater à segurança pública, pois é nela que estou inserido, num contexto que chega a ser novelesco.
Tem-se no Estado de Minas Gerais um time de pensadores, formados em faculdades de renome, que dão a sua parcela de conhecimento, nessa panacéia promovida pelo Governo. Criaram o choque de gestão da segurança pública. Criaram a mal fadada integração das instituições de defesa social.
Todo esse modelo se delineia numa falsa propagação de dados estatísticos, onde a fonte dos dados surge de uma famigerada informação inicial, que se congrega em falta de conhecimento com uma política interna de valorização da instituição que as transmite. Esse instrumento é o boletim de ocorrência, que peca pela cientificidade na definição de tipos penais que privilegiam a propaganda do Governo, que através dele institui uma falsa sensação de segurança para a sociedade mineira.
Alguns jornalistas comprometidos com a sociedade e com a informação real dos fatos já mostraram essas distorções de dados estatísticos e que podem ser comprovados com uma simples auditoria. Mas esses jornalistas românticos, dedicados à imprensa livre, estão em extinção.
Foi propagada pelo Governo uma redução nos índices de criminalidade violenta, mas não se fala nessa incongruência de dados maquiados e dados reais: são homicídios sendo registrados como lesão corporal, encontros de cadáver, dentre outras tipificações; são registros feitos com a intenção de se reduzir a real situação, caótica e ineficaz da política de prevenção e repressão destes crimes. Temos também exemplos de roubos tipificados em boletins de ocorrências como furto, extorsão, etc., que não dão a real noção da permissividade desta política de resultados.
O Governo também não mostra uma briga velada de duas instituições, que se digladiam para ter mais poder e espaço na seara governamental. Não mostra um investimento desigual entra uma e outra, colocando mais lenha nessa briga de vaidades. Não mostra a agonizante situação de uma polícia judiciária falida, incapaz de absorver as demandas da polícia ostensiva, que por sua vez, não é capaz de intervir preventivamente contra o crime. Não coíbe a troca de papeis entre estas instituições, tendo uma que investiga sem ter essa prerrogativa e formação especifica e outra que não o faz por não ter estrutura física e humana adequadas.
Será porque o Governo ou imprensa não mostra a real situação de delegacias insalubres, algumas ainda apinhadas de presos, sem estrutura nenhuma para receber seus clientes? Será porque o Governo não mostra a falta de viaturas, armas, coletes, materiais básicos em uma instituição pública, o básico para o policial ter a dignidade mínima para trabalharem? Será que até quando as Prefeituras Municipais terão que investir na segurança pública para que elas funcionem, em escalas mínimas, nas suas cidades? E olha que nem falei do salário.
Já que toquei no assunto, em relação à valorização salarial, o Governo já tem seu discurso preparado: “investimos em mais de 100% nos salários dos policiais”; mas não falam que quando esse grupo se enraizou no poder, policiais civis recebiam como piso aproximadamente dez salários mínimos e hoje, míseros três. Essa é a política de valorização da segurança pública que o governo não apresenta.
Neste mês, Delegados da Polícia Civil tomaram uma decisão histórica de retomada da dignidade na profissão. Estão alinhados com os policiais civis da base para resgatarem a Polícia Civil. Fizeram um pacto de estrita legalidade. Mas eles estavam na ilegalidade, poderiam perguntar os pueris. Não, estavam era se matando aos poucos, numa torturante escala de trabalho que beira a insanidade. Dedicados, realizavam seus serviços em detrimento do descanso, da família e do convívio social para dar o mínimo de resposta à sociedade, num combate infrutífero contra a criminalidade. Estão cansados, não trabalharão mais que quarenta horas, farão seus atos processuais em consonância com os mandamentos legais e resistirão a essa política de desintegração da Policia Civil.
E se o Governo quiser deixar de tampar o sol com a peneira, coloquem os seus “ólogos” para ouvirem que mais entende de segurança pública: os policiais.
Para título de informação, veja o que foi gasto pelas instituiçoes de segurança pública nesse primeiro trimestre de 2011.
Aécio Neves, senador da mineradora Vale S.A.
Aécio Neves, senador da mineradora Vale S.A.
O demo-tucano Aécio Neves andou defendendo os interesses de acionistas privados (grupo Bradesco) na mineradora Vale, ao tomar as dores do recém despedido Roger Agnelli e acusar o governo federal, que é legítimo grande acionista da Vale, de interferir na empresa.
Ao mesmo tempo soa como traição ao povo mineiro o silêncio do senador quanto aos R$ 4 BILHÕES em royalties de mineração cobrados da empresa pelo DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) e contestado na justiça pela empresa.
A maior parte destes R$ 4 bilhões são para os cofres públicos do estado de Minas Gerais, que o senador demo-tucano deveria representar e estar brigando por eles.
Pelo menos R$ 7,25 milhões em financiamento de campanha.
A sensação de traição ao povo mineiro aumenta, quando se fica sabendo que o maior financiador oficial de campanha de Aécio e seus companheiros foram empresas coligadas da Vale e do Bradesco (o maior sócio privado da mineradora).
Em 2010 as maiores doações para a campanha ao senado de Aécio são ocultas através do diretório estadual do PSDB, mas o diretório tucano de Minas recebeu das seguintes empresas subsidiárias ou ligadas à Vale:
Vale Fertilizantes S.A.: R$ 2,05 milhões.
Vale Manganês S.A.: R$ R$ 2 milhões.
Bradesco (patrão de Roger Agnelli): R$ 2,2 milhões
Banco Alvorada (pertencente ao Bradesco): R$ 1 milhão
Em 2006 foi a Vale, através da subsidiária Urucum Mineração S/A, a maior doadora oficial da campanha dele à reeleição de governador, com R$ 1 milhão.
Em 2002 a subsidiária Navegação Vale do Rio Doce S.A. doou R$ 600 mil, ficando entre os maiores doadores. Coincidentemente nunca se ouviu uma palavra do demo-tucano contra a compra bilionária de navios pela empresa na China, prejudicando empregos na indústria naval e do aço nacional.
Esses valores foram encontrados em uma pesquisa superficial, apenas de bater os olhos na prestação de contas ao TSE. Uma pesquisa detalhada, cruzando e somando os dados, pode chegar a números bem maiores ligados à mineradora e ao Bradesco.
Nenhum político recusa financiamento privado para conseguir se eleger nesse sistema que está aí (por isso o financiamento privado tem que acabar). Mas os bons homens públicos aceitam dentro do conceito de financiar a democracia, e não como integrantes da bancada de uma empresa.
O senador deveria defender os R$ 4 bilhões do povo mineiro, que o elegeu para representar o estado de Minas, e não a empresa privada, como se estivesse pagando favores da conta eleitoral.
Pela atuação do senador demo-tucano, até agora, os interesses privados da Vale estão mandando mais em seu mandato, do que os interesses do eleitor mineiro que depositou seu voto nele
SINDASP-SP E O SODEX:Governo reajusta auxílio-alimentação de policiais e Sindasp-SP cobra reajuste também para a categoria.
SINDASP-SP E O SODEX:Governo reajusta auxílio-alimentação de policiais e Sindasp-SP cobra reajuste também para a categoria.
De acordo com o decreto 56.886, publicado no Oficial do Estado (DOE), de 31 de março, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), concedeu aumento no valor do auxílio-alimentação para os policiais civis. O documento descreve que, conforme o “Artigo 1º - O valor da ajuda de custo para alimentação, instituída pelo artigo 2º da Lei Complementar nº 660, de 11 de julho de 1991, será calculado mediante aplicação do coeficiente 0,2 (dois décimos) sobre a Unidade Básica de Valor - UBV, instituída pelo artigo 33 da Lei Complementar nº 1.080, de 17 de dezembro de 2008”. Segundo notícia veiculada na página eletrônica da Secretaria da Segurança Pública (SSP/SP) o valor foi para R$240 ao mês. O valor anterior chegava a R$88. Vale destacar que o valor do auxílio-alimentação é pago igualmente para todos os servidores estaduais no valor de R$4 por dia de trabalho. No entanto, segundo a publicação, o valor foi reajustado somente para a categoria dos policiais civis. Mais uma vez, a categoria dos agentes de segurança penitenciária foi esquecida pelo governo de São Paulo. O Sindasp-SP (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), por meio do Diretor de Comunicação, Daniel Grandolfo, encaminhou pedido ao Secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, solicitando que o mesmo reajuste seja também concedido à categoria. Grandolfo aponta que “nunca antes ocorreu a concessão do reajuste do auxílio-alimentação somente para uma categoria dos servidores. Esperamos que o governador volte atrás e também reajuste o benefício para os agentes de segurança penitenciária”, disse o sindicalista. Entramos em contato com o secretário, via telefone, e Lourival Gomes confirmou o recebimento da solicitação. O secretário disse que encaminhou o pedido ao governador, mas, no entanto, ainda não recebeu resposta de Alckmin. Gomes ressaltou que assim obter uma resposta do governador entrará em contato com Grandolfo. FONTE: SINDASP-
Taxista é preso após levar marmitas com maconha para penitenciária em Cambuquira
Taxista é preso após levar marmitas com maconha para penitenciária em Cambuquira
10TABATA MARTINS
www.twitter.com/Otempoonline
Um taxista foi preso por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas em Cambuquira, no Sul de Minas Gerais, nessa quarta-feira (13).
De acordo com a Polícia Militar, o homem foi detido após deixar uma sacola plástica, um bilhete e R$ 12 em dinheiro para serem entregues a um detento da penitenciária da cidade. Ao verificar o que continha na sacola, um agente penitenciário achou três marmitas, sendo que em duas delas foi encontrado um fundo falso, onde estavam escondidos aproximadamente 30 gramas de maconha.
Com a constatação, a agente acionou a polícia, que conseguiu localizar o taxista. Durante depoimento, o suspeito alegou que tinha feito apenas uma corrida para um homem, que segundo ele, foi quem teria entregue a sacola.
Como o acusado pelo taxista não foi encontrado, o mesmo foi preso.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
DESARMAMENTO - OAB CRITICA PLEBISCITO E DEFENDE PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
DESARMAMENTO - OAB CRITICA PLEBISCITO E DEFENDE PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA
Presidente da OAB contraria Congresso e critica plebiscito sobre desarmamento. Ophir Cavalcante defende um plano nacional de segurança pública - Humberto Trezzi - ZERO HORA, 14/04/2011
OAB critica consulta popular sobre desarmamento, proposta esta semana no Congresso após a comoção pela morte de 12 adolescentes em escola do Rio, e incendeia o debate que causa divergências entre parlamentares e ONGs.
No embate sobre um plebiscito para proibir o comércio de armas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acabou de ocupar o front dos críticos à proposta.
O presidente da entidade, Ophir Cavalcante, surpreendeu quem esperava o apoio da instituição à consulta popular. Ao se pronunciar sobre o tema, ele afirmou que a iniciativa pode virar "uma cortina de fumaça para desviar o foco dos reais problemas". Na avaliação dele, o país precisa é de um plano nacional de segurança pública.
—Hoje, falta uma política clara, consistente e efetiva de combate à criminalidade e ao tráfico de armas. O plebiscito pode se constituir num desrespeito à vontade popular legitimamente expressada no referendo de 2005 —opina o presidente da OAB, referindo-se à consulta que manteve a venda de armas no país.
A declaração de Cavalcante é mais um capítulo no debate incendiado na semana passada, após o massacre de 12 crianças por um desequilibrado emocional, numa escola do Rio.
De um lado, os que acham que as armas em posse do cidadão comum são a bomba-relógio capaz de impulsionar ainda mais os homicídios registrados no país. De outro, os que dizem que a maioria dos crimes do Brasil é praticado com armamento ilegal e que a comunidade ordeira tem direito de se defender.
Uso de algemas em audiência, na visão do STJ
Uso de algemas em audiência, na visão do STJ
de Abril de 2011 00:07
JURÍDICO
Basta a demonstração de animosidade e desrespeito às normas sociais, morais e jurídicas. Havendo desequilíbrio emocional e advertência para composição de comportamento adequado, o suspeito deverá ser algemado como forma de proteção de sua incolumidade física e de todos que se encontrem perto. É o resultado do entendimento do STJ sobre tal assunto, que merece atenção com substrato subjetivo, dependendo do cenário do fato e que somente os agentes públicos participantes poderão ter iniciativa, como o juiz, promotor e demais policiais.
A excepcionalidade do uso de algemas, consignada principalmente na Súmula Vinculante 11 do STF - que dispõe que só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito - não obsta o seu emprego se demonstrada, por decisão fundamentada, a necessidade de serem precavidos os riscos antevistos no próprio enunciado sumular.
Congruência jurisprudencial:
STJ - HC. ROUBO CIRCUNSTANCIADO E RESISTÊNCIA. RECONHECIMENTO PESSOAL DO ACUSADO. REGULARIDADE. USO DE ALGEMAS JUSTIFICADO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 212 DO CPP. INVERSÃO NA ORDEM DE FORMULAÇÃO DE PERGUNTAS. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE. PRISÃO CAUTELAR MOTIVADA. 1. A jurisprudência desta Corte é remansosa no sentido de que a inobservância das formalidades do reconhecimento pessoal não configura nulidade, notadamente quando realizado com segurança pelas vítimas em juízo, sob o crivo do contraditório, e a sentença vem amparada em outros elementos de prova. 2. O uso de algemas durante a audiência de instrução foi devidamente justificado pelo magistrado de primeiro grau na necessidade de resguardo da segurança, acentuando ter o réu apresentado ânimo instável e alterado, com demonstrações de ansiedade, sendo por diversas vezes ali advertido. Improcedente, no ponto, a arguição de nulidade. STJ - HC 151357, RJ 2009/0207290-1, Rel. Min. Og Fernandes
Mantida a prisão especial
Mantida a prisão especial
Ter, 12 de Abril de 2011 11:15
JURÍDICO
A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que promove mudanças no Código de Processo Penal, mas rejeitou o dispositivo que previa o fim das prisões especiais para autoridades e para pessoas que têm nível escolar superior.
Os deputados alteraram o texto aprovado pelos senadores na parte que previa o fim das prisões especiais. Com a modificação feita na Câmara, as regras atuais da prisão especial continuarão em vigor.
Como o projeto já foi aprovado pelas duas casas legislativas do Congresso Nacional, ele segue agora à sanção presidencial. O texto que havia sido aprovado pelo Senado previa que a prisão especial só poderia ser concedida quando houvesse necessidade de preservação da vida e da integridade física e psíquica do preso, desde que isso fosse reconhecido pela autoridade judicial ou policial.
A maioria dos partidos foi favorável à manutenção da prisão especial. O PPS, no entanto, discordou da diferenciação entre os presos considerados comuns e os detentores de nível superior, ou os que estejam ocupando cargos eletivos, entre outros.
O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), disse que a medida é um privilégio inadmissível, pois queremos acabar com os privilégios da prisão especial".
Mesmo sendo a favor do fim da prisão especial, o relator do projeto, deputado João Campos (PSDB-GO), reconheceu a resistência dos deputados em acabar com o privilégio.
Segundo ele, o tema poderá voltar a ser discutido quando da votação do projeto de reforma do Código de Processo Penal, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
PALAVRAS DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS AGENTES PRISIONAIS DO RJ,NO ÂMBITO NACIONAL
sexta-feira, 15 de abril de 2011PALAVRAS DO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS AGENTES PRISIONAIS DO RJ,NO ÂMBITO NACIONAL.
PL 5982/09 - Muita calma nessa hora!!!
Companheiros, no final da semana passada estive em contato com autoridades parlamentares de Brasília que sempre estão nos assessorando nas lutas, como o Dep. Arnaldo Farias de Sá e outros que nos orientam e nos encaminham com suas largas bagagens, pelos longos anos de experiência naquela Casa de Leis, e os mesmos nos pediram para termos calma e paciência, pois nada mudou. Porém, o clamor público nos é desfavorável neste instante e devemos deixar a poeira baixar para colocarmos nosso projeto em votação na CCJC.
A aprovação será facilmente dada à convicção dos membros da comissão pela justa necessidade de portarmos armas, já que a polícia não pode nos garantir o fim dos assassinatos de ordens profissionais.
Esta semana estarei mandando rodar uma revista ilustrada que fiz, dando conta de milhares de mortes covardes com muitas matérias horrendas, onde muitos dos nossos foram massacrados pelos criminosos Brasil a fora.
Também estou demonstrando quão árduo é trabalhar nessa área e ter que ir para dentro de uma favela, por ser nosso lugar residencial e de onde não saímos por falta de condições financeiras de mudar para outro mais seguro.
É hora de manter a calma, e deixar a má onda passar. Garanto-lhes que nada mudará nossa vitória nessa questão do porte. Assim como a aposentadoria especial aos 20 e 25 anos e a paridade aos aposentados por invalidez permanentes.
Aprendi a muito uma filosofia que há pouco tempo vi reforçada na seguinte oração:
“A esperança não murcha, pois não cansa, também como ela, não sucumbe à crença. Se vão-se sonhos nas asas da descrença dos fracos, voltam sonhos nas asas da esperança dos fortes, que não desistem nunca.”
Assim como
AGENTES PRISIONAIS DO ACRE REALIZAM INDICATIVO COM CARTILHA DE PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA DE 24 HORAS.
AGENTES PRISIONAIS DO ACRE REALIZAM INDICATIVO COM CARTILHA DE PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA DE 24 HORAS.
CARTILHA DA PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA (24 HORAS).
REESTRUTUÇÃO DA CARREIRA
DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS
ABRIL/2011
INÍCIO 7h – 18/04/2011
UM ANO SEM RESPOSTA
DO HOMICíDIO
DO AGEPEN RONEY
SÓCIO-FUNDADOR DO SINDAP/AC
Atenção Agente Penitenciário: Os dispositivos desta cartilha obedecem rigorosamente o percentual exigido pela legislação vigente e pelas últimas decisões judiciais referentes aos serviços essenciais.
UNIDADES PRISIONAIS
• Não será feita a remoção de presos de uma carceragem para outra.
• Não será realizada escolta de presos, nem com solicitação judicial, salvo em casos de alvará de soltura;
• Não será realizada escolta a hospitais para consultas ambulatoriais, salvo em casos de emergência;
• A visitação aos presos não ocorrerá;
• Não fará atendimento aos Advogados e/ou oficiais de justiça, salvo em caso de alvará de soltura;
• Não fará liberação de presos para quaisquer atividades, a não ser as de extrema necessidade, visando apenas à manutenção interna;
• O Grupo Tático de AGEPEN´S empregará todo o seu efetivo na segurança do Complexo Penitenciário.
PROCEDIMENTOS GERAIS DE TODOS
OS AGENTES PENITENCIÁRIOS EM GREVE
• O ponto será assinado normalmente;
• A utilização de viaturas caracterizadas ou não, deverá restringir-se às diligências relacionadas aos flagrantes de crimes, ficando todas recolhidas ao pátio da unidade;
• Usar colete caracterizado do IAPEN/AC ou camiseta ostensiva durante a greve, inclusive nas assembléias;
• A diretoria do SINDAP/AC constituirá comissão composta de advogados para resolver possíveis problemas que ocorram durante a greve;
• Todos deverão informar à sociedade o verdadeiro motivo da paralisação;
• Todos os agentes penitenciários de expediente, lotados em unidades em que haja plantão ou atendimento ao público, deverão reforçar a escala ficando na porta de acesso da unidade, informando ao público o motivo pelo qual não haverá o seu atendimento;
• Todas as viaturas penitenciárias, caracterizadas ou não, só poderão transitar com 02 ou mais agentes penitenciários;
• As viaturas estacionadas fora da sede de sua distribuição deverão permanecer sob vigilância direta;
• Toda e qualquer escolta de preso que vier a ser necessária, interna ou externa, deverá atender a proporção de dois agentes penitenciários para cada preso;
• O SINDAP/AC organizará o COMANDO DE GREVE, o qual será composto por representantes de base e qualquer agente penitenciário que queira auxiliá-los;
• Todas as atividades penitenciárias deverão seguir rigorosamente as orientações desta CARTILHA.
REVINDICAÇÕES.
• Contratações de novos AGEPEN´S;
• Fim da Escala 12x36;
• Seguro de vida (em caso de morte ou invalidez);
• Construções de locais dignos para descanso e alimentação;
• Redução da carga horária;
• Aquisição de equipamentos de segurança e proteção para todos os AGEPEN´S;
• Aposentadoria Especial;
• Atividade penitenciária exclusiva de servidores de carreira;
• Capacitação continua para todos os AGEPEN´S;
• Revogação de dispositivos inconstitucionais presentes no Código de Conduta;
• Retorno dos colegas que foram injustamente exonerados;
• Nível superior como requisito para o cargo de AGEPEN;
• Ativações de Convênios;
• Novamente sermos servidores policiais;
NOSSA VITÓRIA É
DO TAMANHO DA NOSSA LUTA!
OBS: OFÍCIO ENVIADO ELETRONICAMENTE AO INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA, ASSESSORIA ESPECIAL DO GOVERNO, SECRETÁRIA DE JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS.
FONTE: AGEPEN -AC.
CADEIA MODELO - A PRISÃO ONDE TODOS TRABALHAM
CADEIA MODELO - A PRISÃO ONDE TODOS TRABALHAM
CADEIA MODELO. A prisão onde todos trabalham. Mutirão Carcerário, que chega ao fim hoje, encontrou bons exemplos no Rio Grande do Sul, como o Presídio Estadual de Taquara - LETÍCIA BARBIERI | TAQUARA, ZERO HORA 15/04/2011
Em 2009, um resgate de presos expôs o Presídio Estadual de Taquara pela fragilidade na segurança: homens armados renderam agentes e abriram caminho para cinco detentos fugirem da prisão. Foi o estopim para a transformação da penitenciária em exemplo. Hoje, 100% dos presos lá encarcerados trabalham, e os usuários de crack são censurados pelos próprios detentos.
A avaliação sobre a casa de Taquara é do Mutirão Carcerário, uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, que chega hoje ao seu término, para averiguar a situação dos presos. O objetivo do esforço que desde março mobilizou 22 magistrados, encarregados de analisar 20 mil processos referentes a 31 mil apenados, foi checar quais detentos têm direito a receber benefícios, como progressão de regime ou mesmo a liberdade.
Ao analisar os processos de 115 casas prisionais do Estado, os magistrados encontraram bons exemplos. No caso de Taquara, apontado como modelo, a mudança se iniciou com uma triagem dos presos mais perigosos e daqueles que não pertenciam à região, que levou à transferência de 46 homens. Quadrilheiros e assaltantes de banco e carros-fortes não podiam mais ser mantidos em uma casa de detenção que nem sequer tem muros. O primeiro passo havia sido dado, mas o diretor Evandro Oliveira Teixeira queria mais:
– Eu sabia que somente o trabalho os ajudaria. O negócio era fazê-los trabalhar – relata o diretor.
Um grupo de 15 apenados foi chamado, e o plano, apresentado. Começava aí um projeto-piloto que, em poucos meses, transformou a cadeia em uma espécie de fábrica. Um contrato foi firmado com uma metalúrgica. Nas mãos dos 145 homens que cumprem pena são confeccionados de 4 milhões a 5 milhões de chaveiros por mês.
A cada três dias trabalhados, os presos diminuem um da pena a ser cumprida. A empresa paga cerca de R$ 15 para cada mil chaveiros produzidos. Cada um recebe conforme a produtividade, em um valor que gira em torno dos R$ 350. Desde janeiro de 2010, Taquara não registra tentativas de fuga e ocorrências de indisciplina.
Trabalho reduz as brigas
A ansiedade que resultava em brigas internas e indisciplina dentro da prisão de Taquara foi descarregada na produção dos chaveiros.
Luis Renato Caetano da Silva, 38 anos, deixou de ser mais um homem a cumprir a sua pena e passou a ser o coordenador-geral da produção. Há hierarquia dentro da fábrica improvisada na cadeia. E determinações. Os usuário de crack são os primeiros a ser colocados nos eixos.
– Não toleramos o crack. Prejudica em tudo. O cara que usa não consegue trabalhar, não toma banho. Em cela com 15 pessoas, não dá – avisa Silva.
Com o salário, os detentos fazem os mais variados investimentos. Um deles comprou uma moto, paga em prestações, para a companheira visitá-lo. Outro garante o pagamento do rancho no mercado para os filhos, todos os meses. Silva conta com orgulho que pode financiar sozinho o curso de informática para a filha de 15 anos:
– Antes, toda semana encostava uma ambulância para buscar um preso quebrado. Agora deixamos de ser tratados como bichos e passamos a ser gente.
O mutirão - Iniciado em 14 de março e com previsão de término hoje, o Mutirão Carcerário atua no Estado em duas frentes. Em uma delas, a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça analisa os casos de todos os 31 mil presos a fim de avaliar quais estão aptos a progredir de regime ou ser libertados. Outra tarefa é produzir uma análise da situação carcerária do Estado, conhecendo presídios do Estado. O relatório, que ainda não tem data para ser concluído, será entregue para autoridades como o governador Tarso Genro.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - é muito bom e segue o que prevê a constituição estadual do RS para as políticas prisionais. A unica coisa que não concordo é o Estado ensinar ou oportunizar conhecimentos técnicos aos presos sobre especialidades que podem favorecer ou estimular habilidades que possam vir a ser utilizadas para fins criminosos.
OS MUTIRÕES E A SITUAÇÃO DOS GAÚCHOS
OS MUTIRÕES E A SITUAÇÃO DOS GAÚCHOS
SUA SEGURANÇA | Humberto Trezzi - A situação dos gaúchos - ZERO HORA 15/04/2011
Os gaúchos até podem ter o pior presídio brasileiro o Central, segundo parlamentares que fizeram há dois anos vistoria no sistema penitenciário brasileiro. Pois o Mutirão Carcerário está chegando ao fim, e tudo indica que terminará com uma boa notícia para os gaúchos.
O número de presos cujos processos de execução da pena estão atrasados é pequeno. Conforme estimativa, cerca de 15% dos presos gaúchos têm benefícios em atraso.
Essa demora é pequena, se comparada com a realidade nacional. Desde 2008, juízes realizaram 13 mutirões carcerários pelo país. Foram analisados processos de 223.394 apenados. Destes, 52.263 tiveram reconhecido direito a algum benefício, ou seja, 23% deles tinham direitos não respeitados. Entre esses benefícios está, para alguns, o de ser libertado.
Os números mostram que os juízes gaúchos têm sido ágeis, até para contrabalançar uma realidade formada por cadeias infectas e hiperlotadas
COLAPSO CARCERÁRIO - PROMESSA DE REDUZIR SUPERLOTAÇÃO
COLAPSO CARCERÁRIO - PROMESSA DE REDUZIR SUPERLOTAÇÃO
Michels promete reduzir superlotação no Central. Secretário assume compromisso após defensor comparar prisão com um campo de concentração - JULIANA BUBLITZ, ZERO HORA 15/04/2011
Decidido a solucionar os problemas do Presídio Central de Porto Alegre, o secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, prometeu reduzir para menos da metade o número de presos do estabelecimento até o fim do ano que vem. Ele assumiu o compromisso no dia em que Zero Hora publicou uma entrevista com o defensor público Miguel Seadi Júnior, que definiu a prisão como um “campo de concentração”. Hoje, a cadeia tem cerca de 4,8 mil detentos – mais do que o dobro da capacidade.
A opinião do defensor causou controvérsia. Incomodado com o que considera um desrespeito às vítimas do holocausto, o secretário disse que “ali não se pratica extermínio em massa”. Apesar disso, reconheceu que a superlotação da prisão – apontada como a pior do Brasil pela CPI do Sistema Carcerário – e fez promessas.
Ainda este ano, Michels garante a criação de 1,7 mil vagas, com a conclusão dos anexos aos presídios de Charqueadas e Montenegro e do Presídio de Arroio dos Ratos. Com isso, até dezembro, ele planeja reduzir para 3 mil o número de presos no Central. A queda deve se acentuar em 2012.
– No ano que vem, com as obras federais, vamos gerar mais 2 mil vagas e poderemos deixar o Central com 2 mil presos – disse Michels.
A partir daí, ele acredita que será possível iniciar uma reforma completa na casa prisional. Depois de pronta, a ideia é que ela volte a atender somente presos provisórios da Capital.
“É um equívoco chamar o Presídio Central de campo de concentração” - ENTREVISTA Airton Michels, secretário estadual da Segurança Pública.
A seguir, leia os principais trechos da entrevista concedida pelo secretário estadual da Segurança Pública, Airton Michels, na tarde de ontem:
Zero Hora – Em entrevista a Zero Hora, o defensor público Miguel Seadi Júnior definiu o Presídio Central como um campo de concentração. Como o senhor avalia isso?
Airton Michels – É um presídio com problemas, isso é inegável. Mas não é um campo de concentração. Até em respeito às pessoas que foram vítimas desse evento bárbaro, o holocausto, não se pode comparar com a situação dos apenados. Ali não se pratica extermínio em massa. Com todo o desconforto e com toda a superlotação que nós reconhecemos, é um equívoco histórico chamá-lo assim.
ZH – E como o senhor define o Presídio Central?
Michels – É um presídio superlotado e de péssima qualidade estrutural. Faz parte do primeiro objetivo da Secretaria de Segurança resolver esse problema, gerando vagas para permitir que se faça uma reforma e que ele se torne um presídio humanizado, para, no máximo, mil presos.
ZH – Existe a intenção de retirar a Brigada de dentro do presídio?
Michels – Sem dúvida. Mas é preciso fazer uma ressalva. Parece que ele (o defensor público Miguel Seadi Júnior) fez uma insinuação muito crítica à Brigada, mas a Brigada não está lá porque quer. Está atendendo uma necessidade do Estado gaúcho e está fazendo da melhor forma possível o seu trabalho há mais de 15 anos.
ZH – O senhor concorda com as críticas em relação à forma como são tratados os presos do Central?
Michels – Não é como os presos são tratados. O problema é que as condições de cumprimento de pena são péssimas. A administração da Brigada Militar é correta e eficiente dentro das circunstâncias. Mas eles realmente estão lá em condições indignas.
ZH – Concretamente, o que será feito no Presídio Central para mudar esse quadro?
Michels – Até fim do ano, com a conclusão dos anexos aos presídios de Charqueadas e Montenegro e o Presídio de Arroio dos Ratos, devemos gerar mais 1,7 mil vagas no sistema prisional. Com isso, já teremos condições de reduzir para 3 mil o número de presos no Central, o que já é uma possibilidade de melhor controle. Ano que vem, com as obras federais, vamos gerar mais umas 2 mil vagas e poderemos deixar o Central com 2 mil presos. Aí sim poderemos começar a fazer uma reforma, mas não para uma casa superlotada nem para condenados. Só para atender aos presos provisórios de Porto Alegre.
ZH – O senhor chegou a dizer começaria sete presídios este ano. Houve mudanças de planos?
Michels – Quando eu estava na transição, me perguntaram o que eu iniciaria de concreto. Eu disse que pretendia dar o início a seis, sete presídios. Contava com o orçamento da Susepe, que era de R$ 52 milhões, e com as quatro penitenciárias federais. Dois desses presídios já estão iniciando, o de Passo Fundo e o de Guaíba. Só que, quando assumi, descobrimos que os recursos para as obras foram estornados pelo governo anterior. Então vamos ter de honrar os compromissos do governo anterior com o orçamento desse ano, o que inviabiliza (a intenção inicial
TJ ameaça policiais com multa de R$ 50 mil em caso de greve
sexta-feira, 15 de abril de 2011
TJ ameaça policiais com multa de R$ 50 mil em caso de greve
Para Sindpol, houve [SUMARIO] equívoco da Justiça, pois paralisação acabou anteontem
Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou ontem a suspensão das paralisações promovidas pelos policiais civis, iniciadas na terça-feira. O desembargador Eduardo Andrade, da 1ª Câmara Cível, fixou multa diária de R$ 50 mil ao sindicato da categoria, caso a decisão não seja cumprida.
A determinação foi tomada com base em ação civil pública movida pelo governo do Estado. O Executivo declarou as paralisações ilegais, por afetarem um serviço essencial: a segurança pública.
De acordo com o desembargador, independentemente de o direito de greve ser reconhecido pela Constituição, os policiais civis devem "observar os limites da razoabilidade para que não firam o direito das outras pessoas".
O desembargador considerou ter havido excessos no exercício do movimento e, por isso, recomendou a suspensão.
Em nota, o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol MG), considerou a ação judicial improcedente, uma vez que os trabalhadores da categoria não estão em estado de greve. A paralisação parcial realizada na terça-feira teve a adesão de 70% dos policiais e duração de dois dias, terminando anteontem.
De acordo com o sindicato, o conjunto de policiais que participaram da última assembleia geral da categoria deliberou por uma paralisação - e não pelo movimento de greve.
Ontem, ainda segundo o sindicato dos policiais, as delegacias funcionaram normalmente. A entidade espera ainda pela notificação da Justiça para se manifestar sobre a decisão.
Doação de sangue. Hoje, policiais civis participam de uma doação de sangue coletiva. O objetivo, segundo o Sindpol, é mobilizar a categoria para a valorização do trabalho.
"Não podemos esquecer jamais que, em meio às nossas lutas, nosso maior compromisso é com a vida. Por isso, é de fundamental importância que participemos, juntamente com nossos familiares, dessa campanha, reforçando a ideia de que o sucesso de nossas reivindicações é proporcional a nossa luta e mobilização", informou a entidade, em nota.
O Sindpol espera que pelo menos 3.000 doações sejam realizadas hoje pelos policiais, em hemocentros de todo o Estado.
FONTE: O TEMPO
Exonerações na Policia Civil de Uberaba-MG
Exonerações na Policia Civil de Uberaba-MG
Policial civil preso em Uberaba na virada do ano sob acusação de desobediência durante abordagem da Polícia Militar e colega que com ele serviu em Sacramento terão seu futuro na corporação decidido pela cúpula, em Belo Horizonte. Processo administrativo a que ambos responderam por “bronca” em Sacramento que resultou em ação criminal, foi concluído com manifestação pela exoneração de ambos. Processo correu na Delegacia de Araxá, sob o comando do delegado Heli Grilo.
Três fogem de centro de internação durante visita de jogadores de futebol em Teófilo Otoni-MG
Três fogem de centro de internação durante visita de jogadores de futebol em Teófilo Otoni-MG
Do G1 MG, com informações da Inter TV
Três adolescentes fugiram do Centro de Internação São Cosme, em Teófilo Otoni, na Região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (15), durante visita dos jogadores do América-TO. O time disputa a 1ª divisão do Campeonato Mineiro. De acordo com o delegado regional da Polícia Civil, Alberto Tadeu, a polícia suspeita que a ação tenha sido planejada e que o pai de um dos infratores tenha ajudado na fuga.
Ainda de acordo com a polícia, dois dos adolescentes foragidos têm 17 e outro tem 16 anos.
O local é cercado por arames e por um muro de cerca de cinco metros. Eles teriam pulado o muro depois de escalar um suporte que estava sendo usado em uma atividade recreativa com os jogadores de futebol. Logo depois da fuga, a direção do centro acionou a Polícia Militar (PM), mas os jovens não foram encontrados.
Até o fechamento desta reportagem, às 10h, os adolescentes e o suspeito de facilitar a fuga ainda estavam foragidos, segundo informações da Polícia Civil e da Secretaria de Estado e Defesa Social (Seds).
A assessoria da Seds informou que a unidade instaurou um procedimento interno de investigação para apurar o caso e verificar se houve facilitação interna ou externa para a fuga.
O supervisor de futebol do América de Teófilo Otoni, Darciano Barroso, afirmou que os jogadores se reuniram com os internos no refeitório e depois na quadra de esportes, mas, no momento da fuga, os atletas já tinham deixado a unidade.
PFotimista quanto à abertura de 1.352 vagas !!!
otimista quanto à abertura de 1.352 vagas !!!
Tendo divulgado ainda em 2010 a programação de abertura de 1.352 vagas em concursos para as áreas policial (1.024 vagas) e administrativa (328), a Polícia Federal (PF) vive a expectativa de ser relacionada entre as possíveis exceções ao adiamento de concursos, e também nomeações, no Executivo federal. A previsão é que até o fim deste mês o Ministério do Planejamento conclua o estudo que irá definir os casos que não serão postergados.
A PF possui pedidos em análise no Planejamento para a realização de dois concursos para a área policial, com 512 vagas cada. Um deles é para 396 vagas de agente e 116 de papiloscopista, enquanto o outro é para 362 vagas de escrivão e 150 de delegado. Os cargos têm como requisito o ensino superior completo em qualquer área e proporcionam remuneração inicial de R$7.818,33 (já com auxílio-alimentação de R$304).
A exceção é o cargo de delegado, cuja exigência é o bacharelado em Direito e a remuneração é de R$13.672,68. Para todos eles, é exigida ainda a carteira de habilitação ("B" ou superior). Para a área administrativa, a meta é oferecer 328 vagas de agente administrativo, destinadas a quem possui pelo menos o ensino médio completo. A remuneração inicial, nesse caso, é de R$3.203,97.
O reforço no efetivo da PF é importante para ampliar o combate ao tráfico de drogas e armas no país e ao crime organizado, além de dotar o departamento de estrutura adequada para fazer frente à demanda gerada pelos grandes eventos que serão realizados no país, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
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