sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Negociações param na Nelson Hungria e ônibus é queimado no Anel

Ana Clara Otoni, Pedro Rotterdan.Thaís Mota e Maristela Bretas*


Luiz Cláudio Salustiano - colaborador
Ônibus queimado no Anel por ordem dos presos
Ônibus queimado no Anel Rodoviário por ordem de detentos da Penitenciária Nelson Hungria
"Opressão do sistema". Estas eram as palavras escritas no bilhete encontrado ao lado do ônibus da linha 4501 (Califórnia II/São Paulo) incendiado no início da madrugada desta sexta-feira (22) no Anel Rodoviário, altura do bairro Califórnia, região Noreste da Capital. Três homens ainda não identificados teriam entrado no coletivo onde estavam o motorista, o trocador e uma passageira e ordenado que eles saíssem, Em seguida, jogaram gasolina e atearam fogo. O óleo que vazou do tanque do ônibus atingiu um Palio prata e parte da rede elétrica próxima, que também ficaram danificados. Viaturas do Corpo de Bombeiros trabalharam no combate as chamas, mas o coletivo ficou totalmente destruído.
 
A ação ocorreu pouco depois que as negociações entre presos e agentes do Grupo de Ações Táticas (Gate) teriam sido encerradas, no final da noite de quinta-feira na penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de BH, onde desde as 9 horas aproximadamente cem presos se rebelaram, mantendo um agente penitenciário e uma professora como reféns. De acordo com parentes de detentos que aguardam do lado de fora da penitenciária, a ordem de incendiar o coletivo teria partido dos rebelados do pavilhão I.
 
Também à noite foi formado um gabinete da crise com representantes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), polícias Civil e Militar., Ministério Público e Tribunal de Justiça, para coordenar as ações e colocar um  fim à rebelião, o que poderá acontecer na manhã desta sexta-feira;
 
Mais cedo, as negociações com os presos chegaram a avançar, com a possibilidade da rebelião ser encerrada ainda na quinta-feira. Representantes dos presos passaram a tarde e noite conversando com Agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) por rádio e pessoalmente. Na noite de quinta-feira foi cortado o abastecimento de água e energia elétrica, nos pavilhões onde os presos se rebelaram. Desde cedo, a comida já havia sido cortada.
 
No início da madrugada, mais de 250 homens da PM reforçavam a segurança no local, utilizando um gerador de energia e alguns refletores, além de uma ambulância do Corpo de Bombeiros.
 
Parentes dos detentos que aguardam um desfecho da rebelião do lado de fora da penitenciária informaram à reportagem do Hoje em Dia que presos de outros pavilhões teriam iniciado uma greve de fome, informação não confirmada pela Seds.

Aproximadamente, cem detentos mantêm um agente penitenciário e uma professora como reféns dentro da unidade prisional, desde o início da revolta.Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Renato André de Paula e Eliana da Silva estavam na sala de aula da escola regular que funciona dentro da unidade quando foram rendidos. À noite, a professora chegou a passar com problemas de pressão, foi medicada e já se recuperou, mas permanece em poder dos detentos.
 
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

                    Doze pessoas ficam feridas

                 em rebelião na Fundação Casa e

                          18 são feitas reféns

 

      
Doze pessoas ficaram feridas na rebelião ocorrida nesta quinta-feira (21) na unidade da Fundação Casa da Vila Conceição, na zona leste da capital paulista.

"Menores não nos mataram porque não quiseram", afirma professora

    Thiago Varella/UOL
  •   "Eles não mataram todo mundo porque não quiseram. A unidade ficou totalmente incendiada", disse a professora Patricia Andrade, feita refém ao lado de outras 17pessoas, incluindo o diretor da unidade.
Sete funcionários e cinco jovens foram levados para hospitais da região e passam bem, de acordo com informações da assessoria de imprensa do órgão.
Durante o motim, que começou às 9h30, 18 funcionários foram feitos reféns. Três deles foram liberados antes do fim da rebelião, entre eles o diretor da unidade.
O conflito terminou por volta de 13h20 após negociação com a Superintendência de Segurança do órgão. Os adolescentes pusseram fogo em colchões e quebraram móveis da parte interna do centro para cumprimento de medida socioeducativa.
 
Agora, os jovens passarão por revista e pela Comissão de Avaliação Disciplinar (CAD) da fundação. A assessoria informou que o Ministério Público e o Poder Judiciário serão informados sobre a ocorrência.
 
Os motivos da rebelião ainda serão apurados pela Corregedoria-Geral da fundação. A unidade da Vila Conceição tem capacidade para 60 adolescentes e está totalmente ocupada.

postado por Luciano Cunha


Agente penitenciário reage a sequestro-relâmpago e mata dois, em Porto Alegre


SEM A DUPLA PERCEBER, O SERVIDOR SACOU REVÓLVER E DISPAROU

O agente penitenciário João Pedro Giareta, de 33 anos, reagiu a tentativa de seqüestro-relâmpago e matou os dois criminosos que o abordaram na Travessa Antonio Caringi, bairro Bela Vista, em Porto Alegre. Perto das 19h, os corpos permaneciam no local, para perícia. O trânsito foi totalmente bloqueado no cruzamento da Antônio Caringi com a Carazinho, o que provocou congestionamento nas avenidas Nilo Peçanha e Nilópolis. Giareta é lotado no núcleo de segurança e disciplina da Susepe, setor responsável por serviços como transferência de apenados. Ele estava dentro do carro, aguardando a esposa, quando foi surpreendido pelos bandidos que mandaram o agente ir para o banco de trás do veículo. Sem a dupla perceber, o servidor sacou o revólver e disparou.

Fonte: http://www.radioguaiba.com.br/imprimir.aspx?Noticia=38016

Presos da Penitenciária Nelson Hungria estão sem comida, água e luz
Presos estão com dois reféns
21/02/2013 20h40
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ALINE DINIZ/ TABATA MARTINS
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FOTO: LEO FONTES/ O TEMPO
Os 90 detentos envolvidos na rebelião que acontece na Penitenciária Nelson Hungria não se alimentam desde a manhã desta quinta-feira (21) e estão sem luz e água.
Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) a negociação é realizada pelo Grupo de Ações Táticas de Polícia Militar (Gate). Conforme a Seds, 210 militares e 30 agentes penitenciários do Comando de Operações Especiais (Cope) estão envolvidos na ação. A rebelião começou por volta das 9h da manhã e já dura quase 10 horas. 
 
Negociação
 
 Até 20h50, o motim ainda não havia terminado. Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) acompanham a rebelião e movimentação dos detentos que permaneciam no telhado no pavilhão 1.  O subsecretário da Administração Prisional, Murilo Andrade, ainda aguarda que os detentos divulguem suas reivindicações. "Assim que as reivindicações forem apresentadas, faremos de tudo para poder atendê-las", prometeu o secretário.
 
Para o secretário a rebelião na Nelson Hungria foi um fato isolado. Apesar da super lotação na unidade e em outros presídios do Estado, ele não acredita que possam haver outras rebeliões. 
 
Entenda o caso
 
Um dos detentos envolvidos na rebelião usou um celular para ligar para a Rádio Itatiaia e se identificou como Daniel Cypriano. Durante o contato telefônico com a equipe de reportagem da emissora, o preso alegou que o motim, iniciado no Pavilhão 1 e que já conta com a participação de 100 detentos, é feito como forma de reivindicação à proibição de visitas de mulheres grávidas e mudança nos horários para que os parentes vejam os detentos.
Militares do 18º Batalhão de Polícia Militar, de Contagem foram os primeiros a chegarem no local. Homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Batalhão de Choque e Corpo de Bombeiros também estão na unidade.
 
Por meio de nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que o motim começou por volta das nove horas da manhã e envolve cerca de 90 detentos. Segundo a Suapi, a professora e o agente foram rendidos no momento em que estavam na sala de aula que funciona dentro da unidade prisional e que, por enquanto, não há feridos.
 
Ainda segundo o órgão, Bruno Fernandes, o goleiro Bruno, não está envolvido no motim. O atleta está preso há dois anos e meio na penitenciária e será julgado em 4 de março deste ano, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio.
 
Outro detento que também está fora do tumulto é o acusado de matar dois empresários em abril de 2010, no bairro Sion, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
 
 
Negociação
 
A rebelião começou por volta de 9h da manhã desta quinta feira.  Até 20h20, o motim ainda não havia terminado. Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) acompanham a rebelião e movimentação dos detentos que permaneciam no telhado no pavilhão 1.  O subsecretário de segurança pública, Murilo Andrade, ainda aguarda que os detentos divulguem suas reivindicações. "Assim que as reivindicações forem apresentadas, faremos de tudo para poder atendê-las", prometeu o secretário.
 
Para o secretário a rebelião na Nelson Hungria foi um fato isolado. Apesar da super lotação na unidade e em outros presídios do Estado, ele não acredita que possam haver outras rebeliões. Negociação
 
A rebelião começou por volta de 9h da manhã desta quinta feira.  Até 20h20, o motim ainda não havia terminado. Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) acompanham a rebelião e movimentação dos detentos que permaneciam no telhado no pavilhão 1.  O subsecretário de segurança pública, Murilo Andrade, ainda aguarda que os detentos divulguem suas reivindicações. "Assim que as reivindicações forem apresentadas, faremos de tudo para poder atendê-las", prometeu o secretário.
 
Para o secretário a rebelião na Nelson Hungria foi um fato isolado. Apesar da super lotação na unidade e em outros presídios do Estado, ele não acredita que possam haver outras rebeliões. 
Negociação
 
A rebelião começou por volta de 9h da manhã desta quinta feira.  Até 20h20, o motim ainda não havia terminado. Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) acompanham a rebelião e movimentação dos detentos que permaneciam no telhado no pavilhão 1.  O subsecretário de segurança pública, Murilo Andrade, ainda aguarda que os detentos divulguem suas reivindicações. "Assim que as reivindicações forem apresentadas, faremos de tudo para poder atendê-las", prometeu o secretário.
 
Para o secretário a rebelião na Nelson Hungria foi um fato isolado. Apesar da super lotação na unidade e em outros presídios do Estado, ele não acredita que possam haver outras rebeliões. 
Galeria de fotos

PEDIMOS PARA AQUELES QUE TEM FÉ EM DEUS , PARA ESTAREM ORANDO PELO NOSSO IRMÃO DE FARDA QUE SE ENCONTRA NAS GARRAS DOS LOBOS NA REBELIÃO , E TAMBÉM PARA PROFESSORA ,QUE SEJAM LIBERTOS EM NOME DE JESUS CRISTO.

Refém passa mal durante rebelião na Penitenciária Nelson Hungria


A professora que está em poder dos rebelados teve uma queda de pressão.

A Secretaria de Defesa Social diz que 90 presos estão envolvidos no motim.

Pedro TriginelliDo G1 MG
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A professora que é mantida refém em uma rebelião no pavilhão 1 da Penitenciária Nelson Hungria, emContagem, passou mal no início da tarde desta quinta-feira (21), e precisou ser medicada. De acordo com o comandante do policiamento especializado da Polícia Militar, coronel Antônio Carvalho, ela teve uma queda de pressão. Cerca de 90 presos estão rebelados desde esta manhã. Eles já queimaram colchões e ameaçaram um outro refém com uma barra de ferro.
A mulher e um agente penitenciário são mantidos reféns a cerca de cinco horas no motim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os rebelados já tiveram duas exigências atendidas, segundo o coronel, que foi a saída do helicóptero da PM que fazia o monitoramento da rebelião e o fornecimento de uma bateria para o rádio comunicador que eles usam para negociar com a polícia.
No pavilhão 1 estão presos condenados por por crimes como tráfico de drogas, furto e roubo. Este fica ao lado de onde está detido o goleiro Bruno Fernandes, pavilhão 4. Bruno é réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Além de Bruno, está detido pavilhão 7 o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
Presos queimaram colchões no pátio do pavilhão da Penitenciária Nelson Hungria (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)Presos queimaram colchões no pátio do pavilhão da
Penitenciária Nelson Hungria
(Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)
Reivindicações
O subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, disse que os presos reclamam da demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de mulheres grávidas nos pavilhões. Atualmente, as visitas por grávias são feitas em uma sala especial, com a presença de um agente penitenciário. Os detentos ainda se queixam da direção do presídio, de espancamento e pedem revisão de pena.
O subsecretário disse que a informação da existência de duas armas na rebelião não foi confirmada. Um preso concentra a negociação com policiais do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate), através do rádio. Sobre a denúncia dos presos de que eles estariam sofrendo espancamento, Oliveira disse que nunca ouviu nenhuma denúncia deste tipo na unidade, mas que vai apurar. O subsecretário ainda falou que a revista geral em cada cela é feita rotineiramente no presídio. E que está previsto para o fim do ano a instalação de equipamentos de bloqueio de sinal de telefones celulares na unidade.
Preso tenta escapar pelo telhado (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)Preso tenta escapar pelo telhado (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)
Começo da rebelião
Durante a manhã, os presos saíram das celas e ocuparam o pátio. Eles queimaram colchões e usaram pedaços de tecidos para tentar escapar do pavilhão pelo telhado. Neste momento, foram usadas bombas de efeito moral para evitar uma possível fuga, segundo major Sérgio Dourado, da Polícia Militar. Os detentos também usaram o que parece ser roupa de cama para escrever as palavras "opressão" e "sistema" no chão do pátio do pavilhão.
O motim começou quando a professora, que é uma das reféns, dava aula para alguns dos detentos, pelo ensino fundamental, e era escoltada pelo agente, que também está em poder dos rebelados. Ele chegou a ser ameaçado por presos com uma barra de ferro. Segundo o coronel, este foi o momento de maior tensão da rebelião.
Um início de rebelião foi controlada no pavilhão 6, onde detentos jogaram colchões incendiados da janela.
A auxiliar de enfermagem Júlia Delfim, que é amiga da professora feita refém, disse que a professora gostava de dar aulas para os presidiários.  A professora teria lhe dito que. em 12 anos de profissão dentro da Nelson Hungria, não houve nenhum registro de confusão entre ela e os detentos.
Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)
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Detentos fazem reféns e queimam colchões em rebelião na penitenciária Nelson Hungria

Pedro Rotterdan e Ana Clara Otoni - Hoje em Dia


Carlos Rhienck/Hoje em Dia
Detentos fazem reféns e queimam colchões em rebelião na penitenciária Nelson Hungria
Detentos sobem no telhado durante rebelião na Penitenciária Nelson Hungria

Cerca de 100 detentos da Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, mantêm um agente penitenciário e uma professora reféns em uma rebelião dentro da unidade prisional, desde às 9h30 desta quinta-feira (21). Os revoltosos queimaram colchões durante o protesto, mas o fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros. Os policiais investigam a suspeita de que uma pessoa estaria debaixo de um dos colchões.

Uma explosão e três barulhos semelhantes ao disparo de armas de fogo foram ouvidos de dentro da penitenciária. Os policiais, porém, não confirmam se os estrondos foram oriundos de revólveres. Ao todo, 26 militares do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) foram acionados para tentar contornar a situação e negociar com os presos a liberação dos reféns. Entre eles estão dois negociadores e um consultor psicológico. Os rebeleados estão no Pavilhão I da penitenciária, que abriga traficantes e homicidas, e há suspeita de que eles tenham duas armas de fogo.

Detentos fazem reféns e queimam colchões em rebelião na penitenciária Nelson Hungria -
Os revoltosos queimaram colchões, mas o fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros (Foto: Amadeu Barbosa/Record Minas)

Os militares do 18º Batalhão da Polícia Militar e agentes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) atuam no local e tentam conversar com os internos. Em nota, a Seds informou que a professora encontrava-se na sala de aula que funciona na unidade prisional quando foi rendida pelos detento. A mulher chegou a passar mal, mas não há registros de feridos. Agentes do Comando de Operações Especiais da Suapi (Cope) isolaram o local, conforme a Seds, para a atuação das equipes do Gate e da Polícia Militar e o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, acompanha as negociações para a soltura dos reféns.

Um dos detentos ligou para a rádio Itatiaia e se identificou como "Daniel Cipriano", nesta manhã. Segundo ele, o motivo do motim deve-se a alterações dos horários de visitação e à proibição de gestantes como visitantes. Ainda de acordo com o homem, eles exigiram a presença da imprensa e do deputado Durval Ângelo (PT), membro da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), de um juiz da Vara de Execuções Penais e de um procurador de Justiça para fazer as negociações.

"Cipriano" denunciou ainda agressões sofridas na unidade, onde ele está preso há dez anos. Segundo o detento, a liberação dos reféns só seria realizada após o cumprimento de todas as exigências feitas. Durante a entrevista à rádio, o detento permitiu que a professora mantida refém e identificada apenas como "Eliane" falasse ao vivo. A mulher disse que está bem e que não tem ferimentos.

Detentos fazem reféns e queimam colchões em rebelião na penitenciária Nelson Hungria
Militares e agentes da Suapi atuam no local e tentam conversar com os internos (Foto: Carlos Rhienck/Hoje em Dia)

Dentre os detidos na penitenciária Nelson Hungria estão o goleiro Bruno Fernandes, Frederico Flores, apontado como líder do “Bando da Degola”, Marcos Antunes Trigueiro, o homem que ficou conhecido como “Maníaco de Contagem”. Nenhum desses estaria, contudo, na ala onde ocorre a revolta dos presos.

Atualizada às 14h45



Militares iniciam negociações com os presos na penitenciária Nelson Hungria
No pavilhão onde está ocorrendo a rebelião estão presos condenados por crimes como tráfico de drogas, furto e roubo
21/02/2013 14h12
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GABRIELA SALES / JOSÉ VITOR CAMILO
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FOTO: LEO FONTE / O TEMPO
Miliatres cerca unidade onde detentos mantém duas pessoas reféns
Militares de vários batalhões tentam conter os detentos da penitenciária Nelson Hungria, que realizam uma rebelião na unidade nesta quinta-feira (21). Uma professora do sistema prisional e um agente penitenciário são mantidos reféns no local.
No início da tarde desta quinta, e tentando diminuir o tumulto no local, a polícia utilizou uma bomba de efeito moral dentro do pavilhão um onde está acontecendo a rebelião. Cerca de 110 detentos participam do tumulto. “A bomba foi necessária devido a grande agitação dos presos que estavam fazendo cordas com roupas para acessarem o telhado da penitenciária”, explicou o chefe de comunicação da Polícia Militar, major Sérgio da Silva Dourado.
Ainda de acordo com o major, cerca de 100 militares de vários grupamentos e batalhões participam da ação de controle dos presos dentro da Nelson Hungria.
Detentos do pavilhão seis, também precisaram ser contidos. Ao verem a movimentação na unidade, eles atearam fogo em colchões. O tumulto foi controlado logo no início pelos próprios agentes penitenciários, de acordo com a PM.
Ainda de acordo com o major, ambulâncias foram acionadas no local para possível atendimento. “Não há ninguém ferido dentro da unidade, mas requisitamos os carros para qualquer tipo de emergência”, ressaltou.
Crédito: Leo Fontes / OTEMPO
Helicóptero da PM sobrevoa unidade prisional
Entenda o caso.
Por volta das 10h30 da manhã, detentos do pavilhão um renderam um agente penitenciário e uma professora do sistema prisional. Os presos reivindicam a volta da permissão de visita de mulheres grávidas, crianças, revisão de pena e acusam de agressões dentro da penitenciária.
Um dos detentos envolvidos na rebelião usou um celular para ligar para a Rádio Itatiaia e se identificou como Daniel Cipriano. Durante o contato telefônico com a equipe de reportagem da emissora, o preso alegou que o motim, iniciado no Pavilhão 1 e que já conta com a participação de 100 detentos, é feito como forma de reivindicação à proibição de visitas de mulheres grávidas e mudança nos horários para que os parentes vejam os detentos.
Militares do 18º Batalhão de Polícia Militar, de Contagem foram os primeiros a chegarem no local. Homens do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Batalhão de Choque e Corpo de Bombeiros também estão na unidade.
Por meio de nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que o motim começou por volta das nove horas da manhã e envolve cerca de 90 detentos. Segundo a Suapi, a professora e o agente foram rendidos no momento em que estavam na sala de aula que funciona dentro da unidade prisional e que, por enquanto, não há feridos.
Ainda segundo o órgão, Bruno Fernandes, o goleiro Bruno, não está envolvido no motim. O atleta está preso há dois anos e meio na penitenciária e será julgado em 4 de março deste ano, pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio.
Outro detento que também está fora do tumulto é o acusado de matar dois empresários em abril de 2010, no bairro Sion, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Em relação a comunicação feita pelo detento através de celular, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que não é permitido uso de celulares dentro das unidades prisionais. No Complexo da Nelson Hungria um Body Scan em funcionamento, permite bloquear o aparelho. Porém o órgão não informou como o preso conseguiu se comunicar  de dentro da penitenciária.
Atualizada às 15h38
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PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...