Frio da noite não desestimula protesto com barracas em frente ao Congresso Em
vez de passeatas, agentes penitenciários montam acampamento para
reivindicar a derrubada do veto que proíbe o uso de armas de fogo fora
do horário de expediente
Publicação: 24/08/2013
Acampamento em frente ao Congresso: agentes penitenciários cedem as barracas a outras categorias |
O frio das noites de inverno em Brasília não intimida os frequentadores do acampamento instalado há mais de 50 dias em frente ao Congresso, onde se reúnem centenas de agentes penitenciários de vários estados e do Distrito Federal. Eles protestam pelo direito de usar armas de fogo fora do horário de expediente e, ao contrário do que acontece em outras unidades da Federação — nas quais variadas manifestações ora reúnem multidões em marcha, ora resultam em confronto com as forças de segurança —, o ato dos agentes penitenciários mais parece uma colônia de férias. Em vez de ir às ruas, a categoria montou barracas e ocupou parte do gramado da Esplanada dos Ministérios. O local também serve de apoio para outros movimentos que chegam a Brasília para protestar.
Os agentes se revezam semanalmente, desde 2 de julho, na tentativa de sensibilizar os parlamentares para derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei da Câmara que permite à categoria o uso de armas fora do expediente. A maior parte das barracas está desocupada, seja de dia, seja de noite, mas os frequentadores avaliam que pelo menos 300 agentes penitenciários passam pelo acampamento em momentos alternados. Muitos deles, principalmente os do Distrito Federal, saem do plantão e seguem direto para a Esplanada. Outros só vão no período noturno, depois do expediente ou do repouso. “Estamos defendendo o direito à vida e, como não estamos em greve, decidimos fazer o acampamento”, afirma Wesley Barreto Bastos, secretário-geral do Sindicato dos Agentes Penitenciários do DF (Sindpen), um dos assíduos frequentadores do local.
Votação
Segundo Bastos, não existem mais polêmicas em torno do tema, mas há uma resistência dentro do governo sobre o uso de armas pelos agentes durante as folgas, como acontece com outros servidores do setor de segurança pública. Os sindicatos já chegaram a pedir apoio aos presidentes da Câmara, Eduardo Henrique Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). No entanto, nenhum deles se comprometeu a derrubar o veto presidencial, que deve ser votado nas próximas semanas.
FONTE:CORREIO BRASILIENSE.
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