quarta-feira, 9 de janeiro de 2013


DETECTORES DE METAIS ABDOMINAIS


DE OLHO NA VISITA

Cadeias têm novos detectores de metal



Quinze detectores de metais abdominais adquiridos ontem pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) devem reforçar o controle de segurança nas penitenciárias gaúchas. Os equipamentos são os mais modernos entre os cerca de 430 detectores de diversos tipos (manuais, portais e raio X) que existem nos presídios gaúchos.

Em formato de U, o detector de metais abdominal será instalado nas principais unidades prisionais do Rio Grande do Sul para reforçar a revista a visitantes dos apenados. Desde o ano passado, um aparelho do tipo vem sendo utilizado como piloto na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Segundo o diretor substituto do Departamento de Segurança e Execuções Penais (Dsep) da Susepe, Alberi Pereira, os novos equipamentos serão utilizados na Pasc, no Presídio Central e nas demais penitenciárias do Complexo de Charqueadas, Arroio dos Ratos e Estadual de Santa Maria. O objetivo é que outras cadeias recebam a novidade futuramente.

Doze portais e 12 banquetas recebidos pela Susepe em dezembro já estão em uso nas penitenciárias. Com os equipamentos recebidos ontem, o investimento em detectores chega a R$ 283 mil. Segundo a agente penitenciária Patrícia Praxedes, responsável pelas revistas na Pasc, o detector abdominal funciona muito bem:

– É o que mais usamos.

A Susepe voltou a apostar no detector de metais em junho de 2010, depois de descartar o uso de bloqueadores de celulares como principal esperança para acabar com a farra dos telefones nas cadeias. Na ocasião, falhas na tecnologia levaram o órgão a desistir de instalar os futurísticos bloqueadores para voltar a apostar nos detectores de metais e no velho e conhecido aparelho de raio X.

TORNOZELEIRAS PARA VIGIAR PRESOS



LIBERDADE VIGIADA

Apenados devem receber tornozeleiras em fevereiro

Depois de testes iniciados em 2010, equipamentos serão usados por detentos do regime semiaberto



Idealizado em 2007, o projeto no qual é depositada a esperança do governo do Estado de atenuar a superlotação do sistema penitenciário promete, finalmente, engrenar a partir deste mês. O treinamento de funcionários da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) que vão monitorar o uso das tornozeleiras em apenados do regime semiaberto começa no dia 20. A partir de fevereiro, 400 tornozeleiras devem ser colocadas em detentos do regime semiaberto com trabalho externo.

A intenção da Susepe é fazer um acordo com o Judiciário para que os presidiários com o dispositivo passem a cumprir prisão domiciliar. A expectativa é de que até mil presos sejam monitorados ainda este ano.

O contrato com a empresa paulista vencedora da licitação foi assinado em dezembro. Cada tornozeleira será locada por R$ 260 mensais. À prova d’água, o modelo a ser utilizado no RS é semelhante a um relógio de pulso e pesa menos de 300 gramas. É a metade do peso das unidades utilizadas em 2010, na primeira tentativa de monitoramento eletrônico no Estado.

– Passamos por um período de estágio, de seis meses. Entendemos que era viável. Optamos pela licitação, que teve uma série de embargos e recursos. Somente agora ficou disponível – explica o superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben.

Segundo o superintendente, a tornozeleira possibilita uma economia para o Estado, já que o custo com um detento do semiaberto é de cerca de R$ 1 mil por mês. E representaria o cumprimento de pena mais justo para o detento que já está trabalhando.

Primeiramente, será feito um projeto piloto apenas em Porto Alegre, explica o juiz da Vara de Execuções Criminais Paulo Augusto Oliveira Irion. Serão buscados apenados que aceitem as condições e firmem um termo de compromisso, sujeito a punições que podem chegar à regressão de regime em caso de descumprimento das regras.

– É uma boa iniciativa. O sistema é bem melhor do que o da outra vez, mas, ao mesmo tempo que serve para controlar onde está o apenado, ele não impede que a pessoa rompa a tornozeleira e saia do local onde está limitado a transitar, podendo até cometer novos crimes – pondera Irion.

Um comentário:

Anônimo disse...

como funcionam exatamente esses detectores?? obg

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...