Amadeu Barbosa
O complexo Nelson Hungria tem um pavilhão reservado para presos ligados ao PCC
Dois equipamentos israelenses com tecnologia para bloquear o sinal de celular serão instalados, ainda neste semestre, em dois presídios de Minas Gerais. Com investimento de R$ 1,2 milhão, os aparelhos são a nova arma da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) para calar os presos que insistem em comandar crimes de dentro das penitenciárias.
Os nomes das unidades que vão ganhar os bloqueadores não foram divulgados, mas uma fonte da Seds garantiu que a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), receberá um dos equipamentos.
PCC
Considerada de segurança máxima, a Nelson Hungria teria sido escolhida por abrigar, em um dos pavilhões, condenados ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa criada em São Paulo.
Os equipamentos já estão sendo comprados pelo governo de Minas. O titular da Seds, Rômulo Ferraz, não quis confirmar os nomes dos presídios, alegando motivos de segurança.
Ele disse que a tecnologia a ser usada no Estado terá condição de bloquear os telefones frequentemente apreendidos no interior dos presídios, mas sem prejudicar o sinal de comunicação de moradores vizinhos.
No ano passado, foram localizados 1.894 celulares nas unidades prisionais do Estado. Em 2011, o número de aparelhos recolhidos com os criminosos chegou a 1.731. A Subsecretaria de Administração Prisional estima que 40% dos celulares são apreendidos antes das visitas.
Além dos bloqueadores, a Seds aposta nos equipamentos “body scan” para impedir que os celulares entrem nos presídios. Esse aparelho, já instalado na Nelson Hungria, deve chegar aos presídios Bicas I, Bicas II, em São Joaquim de Bicas, e Dutra Ladeira e José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, todos na Grande BH, até o fim do ano.
Adolescentes
Minas Gerais deverá ter, ainda neste ano, um centro de internação para tratamento de adolescentes que cometeram crimes ou são usuários de drogas.
O secretário Rômulo Ferraz disse que a intenção da Seds é fazer com que esse jovens tenham assistência de profissionais para se livrar da dependência química.
Outra medida para combater a violência no Estado é a instalação, pela Seds, de um centro de internação de adolescentes infratores no município de Unaí, no Noroeste do Estado.
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