terça-feira, 21 de agosto de 2012

MUNDO-CÃO: Apesar das "mordomias e das facilidades", presídios são "infernos"
José Ribamar Trindade
Redação 24 Horas News




Um mundo à parte. Um Estado dentro de uma cidade-ilha, cercada de homens condenados por todos os lados. Um país, onde todas as leis são cumpridas e respeitadas. Um país onde a pena de morte faz parte de uma rotina de quem não cumpre leis e não respeita os companheiros. Apesar da solidão e de um “mundo cão”, quem pode paga e tem conforto como se estivesse em casa. Aliás, mesmo com todo o conforte, viver dentro de uma penitenciária, segundo relatos, é o mesmo que viver em um inferno.
 
De celular de ponta com som, fotos, tevê e internet. Aliás, são tantos os celulares dentro das casas de detenções (cadeias públicas) e das casas de reclusão (penitenciárias para presos condenados); que hoje esse acessório já faz parte da rotina dos presos. . Existe uma série de denúncias de que dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), já chegou a existir ao menos 1.500 celulares, mais de 2.000 chips e centenas de carregadores.
 
Como entram todos esses acessórios, junto com as drogas, as armas, as garrafas de uísque, as latas de cervejas, comidas sofisticadas e até garotas de programa?. É evidente que entram pela porta da frente. Muitas coisas são levadas por parentes, namoradas, esposas ou amigos de presos. Mas a maioria entra mesmo é com muita “facilidade”.
 
 E as “encomendas” dos presos, conforme o Portal de Notícias 24 Horas News já denunciou muitas vezes entram em grandes quantidades. Assim como entra qualquer objeto nos órgãos genitais das mulheres pela porta da frente, as fugas, muitas também acontecem pela porta da frente, quando presos desaparecem misteriosamente, principalmente nos dias de visitas, também são previamente planejadas e pagas.
 
 Os “acertos”, segundo uma fonte, são realizados por celulares de dentro para fora dos presídios. “Acertos”, segundo ainda a fonte, são tratados sempre em determinados plantões, ou de agentes prisionais, ou de policiais militares. Prestem atenção no que a fonte vai alertar: “Quando a Polícia consegue descobrir um acerto, é porque a pessoa que tratou o negócio não fez o pagamento antes. Tudo tem que ser pago à vista, antes das fugas ou das entradas de objetos nos presídios, caso contrário, a casa cai”.
 
Pelos fatos narrados dentro e fora casas das casas de reclusão e  detenção, a reclusão que se tem é de que, mesmo cercado de mordomias, nenhum presos, até mesmo os mais violentos. Aqueles acostumados a entrar e sair das prisões, se pudessem nunca entrariam em um presídio. 
 
“Sofri e sofro quando meu marido está preso. Digo isso porque ele já foi preso mais de cinco vezes, e  em duas delas foi condenado e teve que ficar mais de cinco anos atrás das grades. Nem animal agüenta ficar preso. O dia mais ou menos feliz deles e durante as visitas. Passou, muitos entram em depressão. Prisão é um local muito solitário. Tem gente não agüenta e até morre”, diz a fonte.
 
“Temos solidão também em casa. Mas é muito diferente. De casa nós podemos sair quando bem entender. Do presídio não. Andamos em circulo e não vamos a lugar algum. Sem contar que ainda temos que aguentar as torturas físicas, mentais e psicológicas", observa a fonte.
 
 E a fonte conclui: "Vou te contar uma coisa. Só os presos irrecupoeráveis não se importam em entrar e sair da prisão. Mesmoa ssim eles também reclamam da solidão  e da inquietação para sair logo.  Meu conselho: Não cometam crimes, pois o presídio é realmente pior do que o inferno”.
 
Fontes: Um ex-presidiário e a mulher de um presidiário em liberdade condicional.

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