Secretaria nega buraco, mas admite desgaste na parede e no banheiro
Os mesmos servidores, que pediram para não serem identificados, afirmaram que, até a noite de ontem, a cela 67 ainda estava interditada para reformas. Foram os agentes do Ceresp quem teriam descoberto o plano dos detentos, na última segunda-feira, depois que parte do chão do alojamento dos funcionários cedeu.
A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), no entanto, voltou a negar que tenha existido um túnel na unidade. Segundo o Estado, os agentes encontraram apenas uma barra de ferro retirada da grade da cela, que foi usada para fazer um "desgaste" na parede. A informação foi repassada com base em um laudo técnico do Instituto de Criminalística da Polícia Civil.
"Não há, inclusive, nenhum tipo de perfuração no chão da cela", informou a Suapi. Conforme a subsecretaria, os danos na grade e na parede foram constatados por volta de 15h da última segunda-feira, durante uma vistoria de rotina.
A versão de um dos funcionários que participaram da vistoria é outra. Ele disse que parte do concreto retirado da parede (o buraco serviria para vigiar a aproximação de guardas) estava escondida debaixo dos colchões. "Eles podem negar da forma que for, mas os presos tentaram escapar cavando um túnel. A terra do túnel estava no banheiro. A ação foi organizada por causa da lotação, logo após um motim, no mês passado", afirmou o agente.
De acordo com a fonte, a informação entre os detentos é que novas ações como essa podem ser planejadas, caso não haja remanejamento de presos.
Com 404 vagas, o Ceresp tem hoje 971 presos. A Justiça barrou o envio de novos detentos para a unidade.
Publicado no Jornal OTEMPO em 13/04/2012
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Usando concreto e terra, funcionários da manutenção do Centro de Remanejamento de Presos Gameleira (Ceresp), na região Oeste de Belo Horizonte, taparam o túnel de quase 12 m que teria sido construído para possibilitar a fuga de quase 30 presos da unidade. A informação é de agentes penitenciários, que garantiram que a ação foi uma tentativa de camuflar o episódio, relatado em matéria publicada por O TEMPO na edição dessa quinta.
Os mesmos servidores, que pediram para não serem identificados, afirmaram que, até a noite de ontem, a cela 67 ainda estava interditada para reformas. Foram os agentes do Ceresp quem teriam descoberto o plano dos detentos, na última segunda-feira, depois que parte do chão do alojamento dos funcionários cedeu.
A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), no entanto, voltou a negar que tenha existido um túnel na unidade. Segundo o Estado, os agentes encontraram apenas uma barra de ferro retirada da grade da cela, que foi usada para fazer um "desgaste" na parede. A informação foi repassada com base em um laudo técnico do Instituto de Criminalística da Polícia Civil.
"Não há, inclusive, nenhum tipo de perfuração no chão da cela", informou a Suapi. Conforme a subsecretaria, os danos na grade e na parede foram constatados por volta de 15h da última segunda-feira, durante uma vistoria de rotina.
A versão de um dos funcionários que participaram da vistoria é outra. Ele disse que parte do concreto retirado da parede (o buraco serviria para vigiar a aproximação de guardas) estava escondida debaixo dos colchões. "Eles podem negar da forma que for, mas os presos tentaram escapar cavando um túnel. A terra do túnel estava no banheiro. A ação foi organizada por causa da lotação, logo após um motim, no mês passado", afirmou o agente.
De acordo com a fonte, a informação entre os detentos é que novas ações como essa podem ser planejadas, caso não haja remanejamento de presos.
Com 404 vagas, o Ceresp tem hoje 971 presos. A Justiça barrou o envio de novos detentos para a unidade.
DUTRA LADEIRA
Quatro dias depois de uma fuga de 12 presos da Penitenciária Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, apenas dois dos foragidos foram recapturados. A Polícia Militar informou que as viaturas circulam pela região com fotos dos foragidos, na tentativa recapturá-los. No entanto, ainda segundo a PM, a maioria dos foragidos não possui características marcantes, como tatuagens, que ajudem na identificação.
Desde a última terça-feira, o detento Warley Moreira da Silva, 21, que fugiu algemado de uma viatura, em frente a penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Nova Contagem, na região metropolitana, também está foragido. Suspeito de roubo e furto, ele desapareceu em um matagal. (RV)
Desde a última terça-feira, o detento Warley Moreira da Silva, 21, que fugiu algemado de uma viatura, em frente a penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Nova Contagem, na região metropolitana, também está foragido. Suspeito de roubo e furto, ele desapareceu em um matagal. (RV)
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