PMs são suspeitos de abuso de poder durante Carnaval
Foi instaurado um procedimento de apuração para verificar se houve falta disciplinar dos cinco militares que agrediram foliões e acabaram com a festa na cidade
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Família registra Boletim de Ocorrência (BO) contra violência de militares na cidade
Cinco policiais militares do 35º Batalhão, supostamente embriagados, à paisana, que deveriam estar em serviços durante o Carnaval em Santana do Riacho, Região Central de Minas Gerais, na madrugada desse domingo, são suspeitos de terem agredidos foliões e de sacarem seus revólveres mandando a multidão correr.
No mesmo dia, durante a noite, os mesmos militares, dessa vez uniformizados, subiram ao palco, onde uma banda fazia apresentação, e ordenou o fim do evento, juntamente com dois sargentos responsáveis pela companhia.
O abuso de poder dos policiais foi registrado na tarde de segunda-feira (20), no destacamento do 3º Pelotão da Polícia Militar, em Santana do Riacho, pela família do vendedor Thiago Vargas de Souza, 22 anos, e seu pai, Maurício Vargas, 54 anos.
No mesmo dia, durante a noite, os mesmos militares, dessa vez uniformizados, subiram ao palco, onde uma banda fazia apresentação, e ordenou o fim do evento, juntamente com dois sargentos responsáveis pela companhia.
O abuso de poder dos policiais foi registrado na tarde de segunda-feira (20), no destacamento do 3º Pelotão da Polícia Militar, em Santana do Riacho, pela família do vendedor Thiago Vargas de Souza, 22 anos, e seu pai, Maurício Vargas, 54 anos.
O vendedor, ainda com o olho direito roxo e seu pai com escoriações no cotovelo e dores abdominais, relataram aos policiais de plantão os momentos de terror vividos pela família durante o evento. “Meu filho apanhou tanto desses policiais que até desmaiou. Fui tentar socorrer e acabei agredido também. Além de me baterem, os agressores sacaram suas armas e mandaram todo mundo correr e ficar longe deles, denuncia Maurício Vargas.
A testemunha Camila Maria de Souza Silva contou aos militares que faziam o Boletim de Ocorrência que, antes da agressão, os suspeitos bebiam e se divertiam no evento. “Eles estavam à paisana e além de não se identificarem como militares, pareciam embriagados. Após uma discussão entre um grupo de adolescentes, os cincos começaram esse filme terror”, recorda a jovem, destacando que na correria imposta pelo quinteto militar, após sacar armas, acabou sendo também agredida a socos e ponta-pés.
Durante a confusão, outras testemunhas disseram que os PMs que estavam uniformizados e trabalhando no evento, só aproximaram para socorrer o rapaz após sua mãe implorar pela vida do filho. “Eles estão matando o meu filho. Ele está desmaiado e vocês não vão fazer nada", lembrou emocionada Rosimeire de Souza, mãe da vítima.
Insatisfeitos, à noite, os mesmos policiais, desrespeitando o Alvará de funcionamento do evento, resolveram, por conta própria, finalizar a festa e novamente ameaçar os foliões. De acordo com o tenente do 35º Batalhão, Afonso Nascimento, responsável pelo destacamento, será instaurado um procedimento de apuração para verificar se houve falta disciplinar. Caso seja comprovada a culpa, eles podem sofrer sanções.
“Não admitimos na corporação atos de indisciplina. Primeiro eles deveriam estar em serviço e, segundo, eles estão na cidade para manter a ordem e não a desordem. Vamos apurar e, se comprovado o vandalismo, vamos punir os responsáveis, garante o tenente. Até o fim da apuração, os PMs continuam trabalhando normalmente.
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