terça-feira, 22 de novembro de 2011


Facções criminosas ameaçam agentes penitenciários

Dê sua nota:
exibição
A denúncia é da Ordem dos Advogados do Brasil. Em muitos presídios quem manda são os presos e os agentes são obrigados a obedecerem.
Tags:

segunda-feira, 21 de novembro de 2011


Investigador da Polícia Civil perde o controle de viatura em Ipatinga.



Um investigador da Polícia Civil, cujo nome não foi revelado, perdeu o controle de uma GM Blazer placas HMH-6438, na manhã desta segunda-feira (21).
Segundo testemunhas, o veículo dirigido pelo investigador foi fechado, girou e chocou-se contra a grade de proteção da sede da empresa Oi, no bairro Novo Cruzeiro.
O veículo chocou-se ainda com o carrinho do vendedor Antônio Pessoa. “Eu ouvi um barulho, virei e vi o carro girando. Ele veio em minha em direção e só deu tempo de pular”, relatou Antônio, que teve suas mercadorias espalhadas pelo carro da Polícia Civil.FONTE BLOG DA RENATA

Ronaldo

JOGOU MAIS QUE PÉLE

Defesa Social oferece curso de atualização para servidores de segurança das unidades prisionaisPDFImprimirE-mail
curso.jpgVinte e oito servidores das unidades prisionais de Belo Horizonte e Região Metropolitana, entre diretores e coordenadores de segurança, participam de treinamento voltado para atualização de conhecimentos no ambiente prisional, até o dia 24 de novembro.
O curso, intitulado “Atualização de Coordenadores e Diretores de Segurança” (Cads), é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), por meio da Escola de Formação (EFS), e tem como objetivo promover o desenvolvimento de uma gestão comprometida com o respeito aos direitos fundamentais do preso.
A carga horária será de 36 horas/aula e alguns dos temas abordados serão Direitos Humanos, Psicologias das Relações Humanas, Ética e Cidadania, Introdução à Atividade de Inteligência Prisional e de Segurança Pública e Direito Aplicado.
Capital humano
Durante a abertura do curso nesta segunda-feira (21), a subsecretária de Promoção da Qualidade e Integração do Sistema de Defesa Social, Geórgia Ribeiro Rocha, destacou a importância da capacitação dos profissionais que atuam diretamente nas unidades prisionais do Estado.
“Nosso propósito é tornar cada vez melhor o sistema prisional de Minas Gerais e, por isso, a valorização do capital humano é fundamental para que possamos atingir este objetivo e dar sustentação a este processo”, disse.
De acordo o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, o curso de atualização dos diretores e coordenadores de segurança foi elaborado a partir das experiências diárias vividas pelos servidores nos estabelecimentos prisionais e será ampliado, em breve, para todas as unidades do Estado.
Murilo Andrade informou que a Subsecretaria de Administração Prisional promoverá outros cursos não só para o contexto da segurança, mas para a área administrativa e a ressocialização.  “A ideia é que todas as funções do sistema prisional sejam sustentadas pela capacitação, garantindo a qualidade e eficiência dos serviços prestados”, concluiu.

Crédito foto: arquivo Seds

Parte II entrevista com Coronel Giraldi a melhor pistola para as ativida...

CORONEL GIRALD DIZ QUE REVOLVER 38  É ARMA PARA MUSEU. ARMA PARA FORÇAS POLICIAIS É PISTOLA GLOK. 



Tentativa de fuga é registrada em presídio de Uberlândia 21/11/11
 
Detentos fugiram durante a madrugada
  • Uma tentativa de fuga foi registrada no Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, durante a madrugada desta segunda-feira (21). De acordo com a Polícia Militar, por volta das três da manhã, três detentos cerraram as grades de uma cela do bloco F do presídio.
Segundo os militares, após conseguirem sair da cela, os presos subiram no telhado do bloco, quando agentes perceberam a ação e conseguiram deter o trio.
Conforme a PM, no mesmo momento em que os agentes continham a fuga, os militares observaram que um Fiat Palio azul foi parado nos fundos da cadeia. Em seguida, um homem desceu do carro de passeio e apontou uma arma para a guarita, onde um guarda reagiu e atirou contra o suspeito. No entanto, o homem entrou dentro do carro e conseguiu fugir.
Até a manhã desta segunda, o suspeito ainda não havia sido identificado ou preso.

Medida proíbe dízimos e revista íntima de religiosos em presídios
21 de novembro de 2011 12h29 atualizado às 12h42
Comentários
15
Detentos do presídio de Águas Lindas, em Goiás. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil Detentos do presídio de Águas Lindas, em Goiás
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Daniel Favero


Recentemente o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), vinculado ao Ministério da Justiça (MJ), baixou resolução que normatiza a prática de cultos e assistência religiosa dentro de presídios brasileiros. As normas orientam as secretarias estudais, reafirmando o direto da prática religiosa, Seja qual for a crença, católica, evangélica, afro-brasileira ou espírita, todas elas são comuns nos presídios brasileiros.
A norma proíbe o recolhimento de dízimos e venda de material religioso e prevê o cadastro das instituições, que devem comprovar um ano de existência, e também dos agentes religiosos, que passam a ser isentos de revista íntima. Também fica autorizado o uso de objetos para os cultos, desde que não apresentem risco para a segurança.
"A resolução efetiva o direito, deixando bem claro o direito da prática religiosa, mas sem abrir mão da segurança, porque estamos falando de presídios e não de locais abertos", afirma o presidente do CNPCP, Geder Luiz Rocha Gomes.
O Ministério da Justiça não possui um levantamento sobre as crenças religiosas dos presidiários. Os dados disponíveis são de pesquisas sócio-criminais realizadas nas penitenciárias federais de Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS) que datam de 2005 e 2007. Na primeira unidade, entre os entrevistados, 57,3%, disseram ser católicos, 22,79%, evangélicos, 17,65%, sem religião, 1,47%, espíritas e, 0,74%, testemunhas de Jeová. Em Campo Grande, 53,15%, se disseram católicos, 27,19%, evangélicos, 4,5%, espíritas, 3,6%, mulçumanos e 8,1%, não respondeu.
Segundo o pastor Edvandro Machado Cavalcante, coordenador da Pastoral Carcerária da Igreja Metodista do Rio de Janeiro, que realiza o trabalho de assistência religiosa a presidiários há mais de 10 anos, o trabalho dentro dos presídios é realizado por entidades das mais diversas orientações religiosas: evangélicas, religiões afro-brasileiras, espíritas e católicas. "São diversas religiões, mas a grande maioria é evangélica, mas o espaço é plural, sim", afirma.
Ele considera a iniciativa de norma como positiva, uma vez que as determinações apontam, ao menos, diretrizes para problemas que se arrastavam há anos, como a possibilidade de revista íntima para os agentes religiosos, o que passou a ser proibido com a nova norma. "A legislação dava uma de João sem braço. Isso era um ponto muito delicado, principalmente aqui no Estado do Rio. Os agentes penitenciários não faziam, mas teoricamente poderiam fazer. Acho muito importante que isso fique claro. Porque aquela revista é vexatória", afirma.
Ele concorda ainda com a proibição da arrecadação de dízimos e venda de material religiosa pois acredita que, apesar da oferta fazer parte da prática religiosa de algumas igrejas, dentro dos presídios a assistência religiosa deve ser feita de forma diferente. "A igreja e qualquer entidade religiosa têm que agir de forma diferente dentro dos presídios. Ir lá para arrecadar junto a essa população tão espoliada é uma indignidade, violenta o principio mais básico da dignidade humana. É uma preocupação de muito bom tom, apesar da portaria 005 da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária di Rio de Janeiro (SEAP), que regulamenta a ação do agente religioso, já deixar claro que não pode haver comércio nem arrecadação", completa.
O pastor conta que na maioria das unidades prisionais já existe uma local destinado para as práticas religiosas, apesar das dificuldades impostas pela arquitetura prisional existente no Brasil. No entanto, ele defende ainda que o espaço seja usado para ações que ultrapassam a assistência religiosa, com atividades educativas e profissionalizantes. "Um grande problema é a arquitetura prisional, não tem lugares para atividades laborativas, educacional", disse ele ao falar sobre um projeto de educação informática que é realizado pela Metodista no Rio.
Evangélicos são respeitados
Uma das religiões mais respeitadas, senão a mais, é a evangélica. Quando um preso se converte, passa a fazer parte de um grupo, que convive em áreas diferentes e que conta com uma certa imunidade entre as facções dividas nos pavilhões.

"Isso é engraçado, em alguns presídios você tem o comando tal, o comando x, e os evangélicos. Até porque eles têm uma moral muito rígida dentro desses grupos, é a famosa teoria da envergadura da vara, se você teve muito de um lado, a tendência é radicalizar para o outro até encontrar um equilíbrio. Eles geralmente se filiam ao que tem de mais radical, não só em termos de comportamento, não só em relação a ética, mas também em relação a roupa e tudo mais. Não sei se por culpa, deve ter algum fenômeno psicológico que explique isso", analisa o pastor Edvandro.
Ele lembra de um episódio ocorrido há cerca de cinco anos, em Bemfica, no Rio da Janeiro, quando ocorreu um massacre de 38 detentos depois que administração do local misturou diferentes facções. "Eu conversei com um dos sobreviventes, porque sou do conselho da comunidade, um órgão que fiscaliza a execução da pena. Fui junto com juiz da VEC (Vara de Execuções Criminais) e os sobreviventes disseram assim: 'olha os crentes não mata não', 'só não me mataram porque eu tinha essa vinculação de fé', isso é fato", afirma.

Estado de SP deverá ter mais 11 unidades prisionais até o fim de 2012

Nove estão previstas para região Noroeste de São Paulo.
Serão mais 39 mil vagas, diz Secretaria da Administração Penitenciária.


De ações na Justiça para embargar obras a prefeitos sendo informados pelo Diário Oficial do Estado sobre construção de unidades penitenciárias em suas cidades. Em meio a protestos dos municípios, a expansão do sistema carcerário está a pleno vapor rumo à região noroeste do Estado de São Paulo, onde está programada a construção de nove das 11 novas unidades prisionais que devem ser entregues até o fim de 2012 pela Secretaria de Administração Penitenciária.

Nos últimos dois anos, cinco novas unidades já ficaram prontas. A expectativa é de que todas as 49 previstas no plano de expansão do sistema penitenciário sejam finalizadas até 2014, apesar dos protestos. No total, serão 39 mil novas vagas, mas ainda insuficientes para resolver o déficit no sistema prisional, da ordem de mais de 70 mil vagas.
 

saiba mais
"O ritmo do crescimento de presos demandaria um novo presídio por mês. A demora na construção decorre principalmente das exigências ambientais e das resistências políticas. Assim como ninguém quer uma feira na rua de casa, é difícil aceitar um presídio na cidade onde mora", diz o secretário de Administração Penitenciária, Lourival Gomes.

Algumas regiões terão concentração de unidades. Das nove previstas até o ano que vem para a região noroeste, quatro estão sendo instaladas em um raio de 70 quilômetros de distância de Ribeirão Preto, que já tem quatro unidades. Pontal e Taiuva ganharão novos CDPs, enquanto Guariba receberá uma penitenciária feminina e Jardinópolis, um Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Serra Azul, também vizinha de Ribeirão, já tem três prisões.

Para os prefeitos da região, a chegada das novas unidades significa custos sociais mais elevados e ameaças de aumento desmedido na procura pelos serviços públicos. Eles reclamam de ter de esperar até hoje a recompensa que o governo prometeu dar em contrapartida à instalação dos presídios.
22/11/2010 - 22h30

Estudo aponta que expectativa de vida de agente penitenciário é de 50 anos em SP

Publicidade
Estudo do Instituto de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo) revela que as péssimas condições de infraestrutura das penitenciárias, a extensa jornada de trabalho e o estresse são os fatores responsáveis pela baixa expectativa de vida dos agentes penitenciários.

Segundo o psicólogo Arlindo da Silva Lourenço, autor de um doutorado sobre o tema, "o trabalho em locais insalubres como as prisões, e as condições de trabalho bastante precarizadas do agente são estressantes, desorganizadoras e afetam sua saúde física e psicológica".
Lourenço trabalha como psicólogo em penitenciárias masculinas do Estado de São Paulo e, entre 2000 e 2002, foi um dos responsáveis, na Escola de Administração Penitenciária, pela implementação de uma política de saúde dos trabalhadores, que acompanhou os agentes vitimados em rebeliões.
De acordo com o pesquisador, muitos agentes sofrem pressões e ameaças constantes que prejudicam sua saúde psicológica. "Cerca de 10% dos agentes penitenciários se afastam de suas funções por motivos de saúde, geralmente, desordens psicológicas e psiquiátricas", afirma.
Outro dado preocupante é a média de anos de vida, destes agentes. "Muitos deles morrem novos, em média entre 40 e 45 anos (alguns muito mais novos), devido à uma série de problemas de saúde contraídos durante o exercício da profissão, como diabetes, hipertensão, ganho de peso, estresse e depressão", afirma Lourenço. Segundo o estudo, estes índices são reflexo da alta jornada de trabalho dos agentes carcerários (12 horas de trabalho e 36 horas de repouso), das más condições de trabalho nas penitenciárias e do ressentimento dos agentes em relação a dificuldade de modificar o ambiente de trabalho.
CONDIÇÕES
A realidade precária e carente de equipamentos materiais básicos do sistema prisional brasileiro foi apontada como fator de desorganização psicológica dos trabalhadores. "As penitenciárias são repletas de ambientes úmidos e de iluminação insuficiente, de cadeiras sem encosto ou assento, e janelas de banheiros quebradas, elementos que comprometem o bem-estar e a privacidade de agentes e de sentenciados."
Com isso, o "improvisado", que é algo corriqueiro entre os detentos, é assimilado pelos agentes: "O cafezinho de muitos agentes é preparado em latas de sardinha equipadas com resistências de chuveiro que funcionam como um fogão elétrico", exemplifica.
Para o psicólogo, essas condições deterioram e empobrecem a pessoa, além de influenciar na capacidade de ressocialização do detento. "Como dizer para o detento que a vida pode ser diferente, o aprisionando em um ambiente insalubre, empobrecido, de miséria e desgraça?". Além disso, Lourenço diz que "os recursos atuais não permitem a execução do trabalho do agente penitenciário com decência, o que implica em um não reconhecimento de sentido na profissão e, por consequência, em um não reconhecimento de sua função social e de sua existência".
A resolução dos detalhes estruturais das instalações, tornando-as adequadas para o convívio, trabalho e permanência humana, já representaria uma grande diferença na qualidade de trabalho dos agentes e na reabilitação dos detentos, segundo o pesquisador. Contudo, essa situação pouco se modificará enquanto os agentes não perceberem a influência destes fatores em sua qualidade de vida.
"A situação tende a permanecer como está, pois os trabalhadores penitenciários lutam e reivindicam, principalmente, melhorias salariais; ao mesmo tempo, as penitenciárias estão longe de ser uma política pública prioritária para o Estado, como pudemos ver nas manchetes recentes que mostraram presos cumprindo penas em contêineres, no Espírito Santo, e na rebelião ocorrida há alguns dias no Maranhão, em que 18 presos
foram mortos. O motivo do motim: a superlotação da unidade penal."

Presos perigosos são mandados para casa: O sistema prisional brasileiro faliu

Agência Estado
Foto: Agência Estado
A superlotação carcerária não é problema novo.
Só que agora chegou ao ponto de os juízes colocarem em regime aberto presos perigosos em razão da falta de vagas nas penitenciárias.
O jornal O Globo deste sábado (20) teve acesso a levantamento realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A matéria, da lavra dos jornalistas Chico Otávio e Cássio Bruno, revela, além da suprelotação, que condenados em regime fechado estão, com tornozeleiras eletrônicas, ingressando em regime de prisão domiciliar. Isto para esvaziar celas superlotadas e um quadro desumano. Em Porto Velho (RO), 315 presos foram mandados para casa, apesar de perigosos.
De se observar que, no Brasil, não existe pena de prisão perpétua e o prazo máximo de encarceramento é de 30 anos. Mais ainda, só em crimes graves, perpetrados por delinquentes perigosos, é imposto, por sentença judicial, regime prisional fechado. Em outras palavras, apenas o condenado à pena superior a oito anos cumpre regime fechado.
O levantamento realizado pelo CNMP mostra que em sete estados federativos os presídios não comportam mais a quantidade de presos. O excedente chega a 35 mil.
Para se ter ideia, o sistema prisional é como uma caixa d’água que possui um escape (o ladrão da caixa). Esse escape é dado pela lei que estabelece um regime progressivo de cumprimento da pena: regimes fechado, semi-aberto e aberto. Mais ainda, a legislação concede benefícios de indulto, graça e anistia. E o preso abate, com 3 dias de trabalho, um dia de pena. Essa remição (resgate) alcança também os que querem trabalhar, mas que não têm essa oportunidade na prisão.
Apesar do sistema propiciar rotatividade, os presídios chegaram a saturação. Pior, como não se cumpre a Constituição que manda se tentar ressocializar, o porcentual de reincidência criminal é superior a 70% . Com isso, o sistema volta a ser alimentado.
Pano Rápido. A situação é caótica e, com as solturas intempestivas, a sociedade está desprotegida. Não vai tardar para chegar, como sempre se faz em tal situação, uma legislação para esvaziar presídios.
Aliás, a legislação penal em sentido amplo (a englobar a penitenciária), sofre permanentes alterações. Quando a mídia mostra crimes graves, as penas são aumentadas. E quando os presídios lotam, novas leis reduzem as sanções. Um sistema prisional e políticas eficazes não existem no Brasil.
–Wálter Fanganiello Maierovitch–

Aluno brasileiro custa menos que detento

image
Enquanto o país investe mais de R$ 40 mil por ano em cada preso em um presídio federal, gasta uma média de R$ 15 mil anualmente com cada aluno do ensino superior — cerca de um terço do valor gasto com os detentos.


Já na comparação entre detentos de presídios estaduais, onde está a maior parte da população carcerária, e alunos do ensino médio (nível de ensino a cargo dos governos estaduais), a distância é ainda maior: são gastos, em média, R$ 21 mil por ano com cada preso — nove vezes mais do que o gasto por aluno no ensino médio por ano, R$ 2,3 mil.

Para pesquisadores tanto de segurança pública quanto de educação, o contraste de investimentos explicita dois problemas centrais na condução desses setores no país: o baixo valor investido na educação e a ineficiência do gasto com o sistema prisional.

Apenas considerando as matrículas atuais, o chamado investimento público direto por aluno no país deveria ser hoje, no mínimo, de 40% a 50% maior, aponta a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que desenvolveu um cálculo, chamado custo aluno-qualidade, considerando gastos (de salário do magistério a equipamentos) para uma oferta de ensino de qualidade.

— Para garantir a realização de todas as metas do Plano Nacional de Educação que está tramitando no Congresso, seriam necessários R$ 327 bilhões por ano, o que dobra o investimento em educação — afirma Daniel Cara, coordenador da campanha

Pastoral Carcerária defende fim da revista a religiosos em prisões | Agência Brasil

Pastoral Carcerária defende fim da revista a religiosos em prisões | Agência Brasil

Repórter da Agência Brasil

Brasília – A revista vexatória a que assistentes religiosos são submetidos no sistema prisional brasileiro é uma agravante ao trabalho voluntário. Segundo o coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Valdir João Silveira, a norma é ainda mais “arbitrária” no Distrito Federal.

“A assistência religiosa no Distrito Federal é a pior do Brasil. Todos os assistentes são obrigados a passar pela revista vexatória. É uma humilhação termos que ficar nus nos presídios para que possamos prestar assistência aos presos”, reclamou o padre. O assunto dominou as discussões no 2º Encontro Nacional de Advogados da Pastoral Carcerária, neste fim de semana em Brasília.

De acordo com o assistente jurídico da Pastoral Carcerária nacional, José de Jesus Filho, esse tipo de “constrangimento” poderá ser evitado por meio de um cadastro único, que serviria de base para o sistema prisional nacional. “Queremos padronizar os procedimentos de credenciamento das entidades religiosas para criar uma orientação geral para todo o país”, disse José de Jesus.

Pare ele, uma resolução publicada no início do mês é o “primeiro passo” para mudar o comportamento atual. No último dia 9, foi publicada no Diário Oficial da União a Resolução nº 8, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) do Ministério da Justiça, estabelecendo que padres católicos, pastores evangélicos e demais líderes espirituais poderão entrar em qualquer presídio do país sem passar pela revista íntima. As novas regras são alvo de críticas por funcionários do sistema penitenciário e também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Outra reclamação é que as visitas dos religiosos e das famílias ocorrem no mesmo dia. Desse modo, os presos têm que optar entre os assistentes religiosos e os membros da família. Com isso, os líderes espirituais costumam ficar em segundo plano. “Nós nos preocupamos com o lado humano do preso. Evangelizar é promover vida em todas as direções. É obrigação do Estado fornecer ajuda religiosa. É necessária adequação para cumprimento desse direito”, acrescentou o padre Valdir.

Durante o encontro deste fim de semana também foram discutidos a questão da tortura nos presídios e o fortalecimento das defensorias públicas no país. Segundo o assessor jurídico, essas unidade têm número insuficiente de profissionais para atender a demanda carcerária ou não estão bem implementadas nos estados.

Edição: Nádia Franco

Tribunal Superior Eleitoral: Edital

 publicado


Tags: 
O  Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou no dia 14/11 o edital de abertura do concurso público para formação de cadastro de reserva nos cargos de técnico e analista judiciários, que exigem nível médio e superior, respectivamente. As remunerações das funções são de R$ 6.611,39 e R$ 4.052,96, respectivamente.
As inscrições iniciam a partir da meia noite do dia 30 de novembro e devem ser realizadas no site da organizadora a Consulplan até as 23h59 do dia 22 de dezembro. Os valores da taxa de inscrição variam de acordo com o cargo, R$ 55 (técnico) e R$ 72 (analista).
As oportunidades serão divididas entre 13 funções que integram os dois cargos, em diversas áreas de atividade e especialidades, algumas com exigência somente de diploma do grau de escolaridade correspondente, outras de curso específico, de graduação ou técnico. Todas as vagas serão para lotação na sede do tribunal, localizada em Brasília.
A seleção será feita por meio de provas objetivas para todos os candidatos, além de aplicação de prova discursiva para concorrentes ao cargo de analista judiciário. A primeira fase tem data provável para o dia 12 de fevereiro de 2012. Os locais e horários específicos de todas as avaliações serão divulgados no Diário Oficial da União e no site da organizadora, a partir do dia 23 de janeiro de 2012.

Guardas-civis são detidos após abordar policial civil em shopping

Confusão aconteceu neste domingo em Santo Amaro, Zona Sul de SP. 
Policial estava armado e disse ter sido ameaçado pelos guardas.

Do G1 SP
16 comentários
Um policial civil e dois guardas-civis metropolitanos foram parar na delegacia na noite deste domingo (20) depois de uma confusão no Shopping Boa Vista, em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. O policial, que estava de folga, foi visto armado circulando pelo shopping. Os guardas o abordaram a pedido da segurança do estabelecimento, e segundo o policial, também o ameaçaram.
A mulher do policial registrou com o celular a confusão. Nas imagens, é possível ver quando o policial se aproxima de um dos guardas e é empurrado. O policial estava de folga e passeava com a mulher e dois filhos. Ele levou uma das crianças ao banheiro quando alguém percebeu que ele estava armado e avisou a segurança.
Os seguranças o abordaram e disseram que ele se recusou a mostrar sua identificação. A Guarda Civil foi chamada. A mulher do policial, que não quis ser identificada, disse que o marido sofreu ameaças ao dizer que só mostraria a identificação a outro policial.
O advogado do policial também afirmou que houve constrangimento por parte dos guardas. “Onde eles [policial e família] iam eles [os guardas] seguiam, começaram a impedir que ele transitasse pelo ambiente. Foi quando chegou a PM, ele se identificou prontamente”, afirmou Gustavo Bonelli.
Com a identificação do policial civil, os PMs deram voz de prisão aos guardas, que foram levados para a delegacia. Eles assinaram um termo circunstanciado e foram liberados. A GCM e o advogado do policial civil vão pedir as imagens do circuito interno do shopping para apurar o caso.

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...