Justiça de São Paulo decide manter a condenação de Marcola
Jorge Santos/Estadão Conteúdo
Marcos Willians Herbas Camacho foi apontado como integrante facção criminosa PCC
A Justiça Estadual decidiu manter a sentença de 29 anos de prisão contra Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado pela morte de Antonio José Machado Dias, juiz das Execuções Criminais de Presidente Prudente. A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo negou que houvesse irregularidades no julgamento. Marcola é o líder do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi condenado em novembro de 2009 e havia entrado com um recurso contra a decisão.
O criminoso foi condenado junto com Júlio César Guedes de Moraes, o Carambola, e o falecido Sandro Henrique da Silva Santos, o Gugu, por ter ordenado a morte do juiz no dia 14 de março de 2003. O crime também foi qualificado com as agravantes de emboscada e motivo torpe. Na decisão em que nega o recurso contra a condenação, o relator do julgamento, o desembargador José Damião Pinheiro Machado Cogan, destacou que "o homicídio foi praticado a fim de pressionar as autoridades do Judiciário e da Secretaria de Assuntos Penitenciários objetivando abolir o Regime Disciplinar Diferenciado".
A conclusão da Justiça é de que não houve nenhum prejuízo a Marcola. O relator ainda afirmou que os autos do processo detalham a forma como Marcola e os outros condenados comandavam o PCC de dentro de presídios. Entre os crimes sob sua autoridade estariam o ataque contra policiais e agentes penitenciários, atentados, tráfico de drogas, roubos e sequestros.
O juiz foi assassinado com um tiro no peito e outro na cabeça quando voltava do trabalho para casa por João Carlos Rangel Luise, Adilson Daguia, Reinaldo Teixeira dos Santos e Ronaldo Dias, o Chocolate.