Cabo admite ter dado um tiro durante operação
Polícia ainda não encontrou suspeitos de tiroteio e pede ajuda da população
Publicado no Jornal OTEMPO em 20/03/2013
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JOSÉ VÍTOR CAMILO
Especial para o tempo
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FOTO: ALEX DE JESUS
Patrulhamento. Policiais militares e civis circularam pelo aglomerado da Serra durante o dia de ontem
O cabo da Polícia Militar suspeito de ter atirado em um adolescente de 16 anos durante uma operação no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã de anteontem, admitiu ter efetuado um disparo no beco onde o menor foi encontrado ferido. De acordo com a versão apresentada pelo militar identificado apenas como Alves, um suspeito disparou contra a guarnição. Ele, então, revidou com um tiro.
Segundo o comandante do 22º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Alfredo Veloso, o militar liderava a equipe do Tático Móvel, responsável pelo policiamento no aglomerado durante a operação. "O militar tem uma vasta experiência. A versão dada por ele foi confirmada pelos dois soldados que estavam presos", afirmou. Os dois militares que estavam detidos foram liberados após a confissão do cabo.
Como o suspeito também atirou, um laudo pericial será feito para constatar de qual arma saiu o disparo que atingiu o adolescente. O militar permanecerá preso até a conclusão do inquérito. O caso será analisado pela Justiça Militar.
Buscas. Na tentativa de encontrar os autores do tiroteio que matou uma pessoa e feriu outras 12, no domingo, as polícias mineiras reforçaram ontem a presença no aglomerado da Serra. "Nosso objetivo principal é localizar e prender os autores do tiroteio. O policiamento vai continuar nas buscas pelos suspeitos", garantiu Veloso.
Em meio à operação, ainda foi apreendido, na madrugada de ontem, mais de meio quilo de drogas. A ocorrência teve início depois que a central da Polícia Militar recebeu uma denúncia sobre a possibilidade de um ônibus ser incendiado.
"Percebemos a movimentação estranha no beco Dona Clara. Ficamos escondidos, observando, a poucos metros deles. Após 50 minutos, conseguimos prender dois homens e apreender dois menores", contou o cabo Flávio Martins.
Apesar das prisões, os responsáveis pelo tiroteio do fim de semana ainda não foram identificados. A comandante do policiamento da capital, coronel Cláudia Romualdo, pediu que a população repasse informações sobre os autores do crime pelo disque-denúncia (181).
Menor baleado. Na manhã de ontem, com a chegada do adolescente de 16 anos que foi baleado na perna, amigos e familiares soltaram foguetes para comemorar.
Segundo a mãe do jovem, a cabeleireira Ana Lúcia de Jesus Silva, 42, ele escapou da morte por pouco. "O médico disse que foi um milagre, por muito pouco não pegou na artéria", disse. A mulher informou que pretende, em breve, entrar com uma ação na Justiça contra o Estado. "Não adianta a polícia querer que a comunidade seja parceira se eles estão completamente despreparados. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) tem que intervir", protestou. (Com Gabriela Sales/Portal O Tempo Online)
Segundo o comandante do 22º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Alfredo Veloso, o militar liderava a equipe do Tático Móvel, responsável pelo policiamento no aglomerado durante a operação. "O militar tem uma vasta experiência. A versão dada por ele foi confirmada pelos dois soldados que estavam presos", afirmou. Os dois militares que estavam detidos foram liberados após a confissão do cabo.
Como o suspeito também atirou, um laudo pericial será feito para constatar de qual arma saiu o disparo que atingiu o adolescente. O militar permanecerá preso até a conclusão do inquérito. O caso será analisado pela Justiça Militar.
Buscas. Na tentativa de encontrar os autores do tiroteio que matou uma pessoa e feriu outras 12, no domingo, as polícias mineiras reforçaram ontem a presença no aglomerado da Serra. "Nosso objetivo principal é localizar e prender os autores do tiroteio. O policiamento vai continuar nas buscas pelos suspeitos", garantiu Veloso.
Em meio à operação, ainda foi apreendido, na madrugada de ontem, mais de meio quilo de drogas. A ocorrência teve início depois que a central da Polícia Militar recebeu uma denúncia sobre a possibilidade de um ônibus ser incendiado.
"Percebemos a movimentação estranha no beco Dona Clara. Ficamos escondidos, observando, a poucos metros deles. Após 50 minutos, conseguimos prender dois homens e apreender dois menores", contou o cabo Flávio Martins.
Apesar das prisões, os responsáveis pelo tiroteio do fim de semana ainda não foram identificados. A comandante do policiamento da capital, coronel Cláudia Romualdo, pediu que a população repasse informações sobre os autores do crime pelo disque-denúncia (181).
Menor baleado. Na manhã de ontem, com a chegada do adolescente de 16 anos que foi baleado na perna, amigos e familiares soltaram foguetes para comemorar.
Segundo a mãe do jovem, a cabeleireira Ana Lúcia de Jesus Silva, 42, ele escapou da morte por pouco. "O médico disse que foi um milagre, por muito pouco não pegou na artéria", disse. A mulher informou que pretende, em breve, entrar com uma ação na Justiça contra o Estado. "Não adianta a polícia querer que a comunidade seja parceira se eles estão completamente despreparados. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) tem que intervir", protestou. (Com Gabriela Sales/Portal O Tempo Online)
AISP
Secretário reafirma construção de unidade
O secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo de Carvalho Ferraz, reiterou ontem a intenção de criar uma Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) no aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A unidade, que contará com um trabalho conjunto das polícias Militar e Civil, será a primeira a ser implantada em um conjunto de favelas da capital mineira.
O anúncio do novo projeto foi feito no fim do ano passado, pouco tempo depois dos episódios ocorridos no mês de novembro, quando ônibus foram queimados como protesto pelo assassinato de um morador do aglomerado, morto por policiais militares. Apesar do tiroteio de o último domingo ter reacendido a discussão sobre a necessidade da Aisp no Serra, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) ainda não tem data para colocar a unidade em funcionamento. (JVC)
O anúncio do novo projeto foi feito no fim do ano passado, pouco tempo depois dos episódios ocorridos no mês de novembro, quando ônibus foram queimados como protesto pelo assassinato de um morador do aglomerado, morto por policiais militares. Apesar do tiroteio de o último domingo ter reacendido a discussão sobre a necessidade da Aisp no Serra, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) ainda não tem data para colocar a unidade em funcionamento. (JVC)