Uma rebelião no Minipresídio da 9ª Subdivisão da Polícia Civil em Maringá (PR), a 420 quilômetros de Curitiba, terminou nesta sexta-feira após 13 horas. O motim acabou por volta das 8h, após a negociação com os presos, que reivindicavam transferência de alguns deles para diminuir a superlotação do local. Conforme o acordo, pelo menos 30 presos devem ser transferidos para presídios da região - o minipresídio tem capacidade para 126 pessoas, mas abriga 348 detentos.
A rebelião começou às 19h de quinta-feira: um carcereiro foi feito refém pelos presos quando um grupo de detentos retornava de audiências no Fórum de Maringá. Além das reivindicações por melhores condições no minipresídio, a rebelião seria uma resposta à revista realizada por policiais civis nesta semana, quando foram encontrados 34 aparelhos celulares e dois estoques. A informação foi repassada pelo carcereiro depois do fim da rebelião.
O refém saiu com ferimentos no rosto, nas pernas e nos braços. O agente disse que foi agredido com socos e chutes, além de ter sido ameaçado de morte. Durante as negociações, foi cortada a energia elétrica, além do abastecimento de água e da alimentação. Durante um tumulto, policiais usaram munição não letal para tentar acalmar a confusão, e um preso foi ferido e encaminhado para o Hospital Universitário de Maringá. Toda a movimentação foi acompanhada por familiares dos presos no lado de fora do minipresídio.