segunda-feira, 18 de abril de 2011
Papagaio foge pela sexta vez do sistema prisional
15 DE ABRIL DE 2011 - 21h33
Atualizado em 16/04/2011 às 11:49
Papagaio foge pela sexta vez do sistema prisional
Assaltante de bancos deveria se apresentar nesta sexta-feira às 19h30 no Presídio de Montenegro.
COMPARTILHE:
Indique
Notícia
Da Redação
Montenegro - Pela sexta vez, o assaltante de bancos Cláudio Adriano Ribeiro, o Papagaio, fugiu do sistema prisional. O apenado do regime semi-aberto deveria se apresentar nesta sexta-feira (15) às 19h30 no Presídio Estadual de Montenegro, no Vale do Caí, mas acabou não sendo localizado.
Uma equipe de agentes de fiscalização da Superintendência Estadual de Serviços Penitenciários (Susepe) compareceu à fábrica de telhas, no município de Bom Princípio, onde Papagaio trabalha. No local, os agentes constataram que o apenado não havia ido ao trabalho nesta sexta e teria apresentado um atestado. Segundo a Susepe, tal fato não isenta Papagaio de comparecer ao presídio. A Susepe já considera o apenado um foragido e irá instaurar um procedimento administrativo disciplinar.
CONSTRUÇÃO DE PRESÍDIOS FAZ DOBRAR CRIMINALIDADE NOS MUNICÍPIOS
Corredor de presídios faz, em 10 anos, criminalidade dobrar no ''Texas paulista''. Políticos aceitaram penitenciárias nos municípios, nos anos 1990, pela possibilidade de crescimento, mas problemas também surgiram - 17 de abril de 2011 - William Cardoso e Chico Siqueira - O Estado de S.Paulo
A construção de presídios acabou com a vida pacata e transformou cidades do oeste do Estado no "Texas paulista", apelido dado pelos próprios detentos por causa da distância da capital e do rígido sistema carcerário. Na última década, dez municípios que formam um corredor de penitenciárias na região viram o número de roubos e furtos aumentar, em média, 84,7%.
Na última década, em todo o Estado, o crescimento nas mesmas modalidades criminosas foi sete vezes menor, de 12,1%. Entre as dez cidades com presídios usadas como referência, nove estão na Alta Paulista (apenas Martinópolis pertence à Alta Sorocabana). Com o declínio da agricultura, base da economia e fonte de empregos, os municípios passaram a receber penitenciárias, a partir da segunda metade dos anos 1990. Líderes regionais foram seduzidos pela possibilidade de conseguir trabalho para os habitantes e dar estímulo ao comércio. De quebra, ganhariam também com o aumento na arrecadação de impostos. Junto, porém, surgiram outros problemas além da insegurança.
Presidente da Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista (AMNAP), entidade que reúne 31 cidades da região, o prefeito de Osvaldo Cruz (558 km da capital), Valter Luiz Martins, diz que o setor de saúde é mais afetado do que a própria segurança porque os recursos destinados aos moradores são divididos com a população carcerária, que tem prioridade no atendimento.
Martins reconhece que houve um aumento na criminalidade, mas não relaciona o problema diretamente com a construção dos presídios. Ele diz, porém, que é necessário rever a postura adotada no passado, de aceitação das penitenciárias. "Se foi um erro ou um acerto, agora é o momento para refletir", afirma. Ele também lamenta o efetivo policial insuficiente e diz que se reuniu recentemente com integrantes da Secretaria de Segurança Pública do Estado para discutir o assunto. Parte dos policiais é obrigada constantemente a acompanhar o deslocamento dos detentos, o que desfalca o policiamento.
Impacto. Mesmo cidades sem penitenciária, mas que fazem parte do "Texas paulista", sofreram o impacto da mudança, embora de forma menos intensa. O número de furtos e roubos nesses outros dez municípios cresceu em média 41,7% em dez anos. Em alguns casos, houve queda. Adamantina (a 578 km de SP) vai na contramão. É um dos municípios que, desde os anos 1990, rechaçam a hipótese de contar com um presídio e, na última década, registrou queda de 16,4% nos furtos e roubos. O prefeito José Francisco Figueiredo Micheloni diz que municípios vizinhos aceitaram a construção de penitenciárias "pela sobrevivência". "No primeiro ano, traz emprego e aumento na arrecadação. Os problemas chegam depois", afirma.
Perfil. Juiz-corregedor de Dracena, Fábio Vasconcelos chegou em 2007 à Alta Paulista e diz que notou crescimento no número de furtos nos últimos anos. Ele associa o problema ao aumento no consumo de drogas, que insere usuários no crime. O representante do Judiciário reconhece que a construção de penitenciárias mudou o perfil da região. "Houve um custo para a sociedade e faltou investimento em saúde e assistência social", diz.
Segundo o juiz, quase a totalidade dos presos veio de fora. Familiares acompanharam a mudança e foram obrigados a reiniciar a vida onde não têm vínculos, sem uma rede social abrangente para atendê-los. O juiz diz que os presídios são uma realidade local e, agora, o importante é resolver os problemas criados por eles, aproveitando o que trouxeram de bom.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Estes efeitos também ocorrem nos municípios gaúchos, dando razão às comunidade que se mobilizam para impedir a construção de presídios em seus municípios pacatos, dado à falência da atual política prisional implantada no Brasil.
Por outro lado, defendo a construção em todos os municípios do Brasil de pequenos presídios de segurança mínima, adaptados com oficinas de trabalho obrigatório, onde o apenado pode desenvolver uma profissão e sua inclusão no mercado de trabalho e sua reinclusão social e familiar. Só assim, as comunidade municipais seriam estimuladas a colaborar na política prisional técnica e inclusiva. Os estabelecimentos penais a partir do grau 2 de segurança são destinados para áreas rurais das grandes cidades, proibindo a construção de moradias numa zona periférica de mais de 4 quilômetros. Também deveria ser mudada a constituição, tornando obrigatório o trabalho dentro dos presídios.
Policial é dominado e colocado em cela durante fuga de presos no Ceará
Policial é dominado e colocado em cela durante fuga de presos no Ceará
Agente estava sozinho na Cadeia Pública de Caridade, neste domingo (17).
Secretaria da Justiça e Cidadania diz que presos não foram recapturados.
Do G1, em São Paulo
imprimir saiba mais
Mãe e filha são mortas a tiros após discussão com vizinho em PECâmeras de trânsito registram morte de travesti em Campina GrandeQuatro presos fugiram da Cadeia Pública de Caridade (CE), na noite deste domingo (17), após dominarem o agente penitenciário e deixá-lo na cela.
Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania, o policial era o único que estaria de plantão na unidade durante a fuga. A cadeia foi inaugurada no ano passado e ainda não tinha reforço no policiamento externo.
Os quatro detentos ainda não foram localizados.
Doze presos serram grades e tentam fugir com corda de lençóis
Doze presos serram grades e tentam fugir com corda de lençóis
AA-A+18/04/2011 08:46
Karoline Zilah
Com informações da TV Paraíba
Agentes penitenciários do Complexo do Serrotão, em Campina Grande, conseguiram impedir a fuga de doze presos da unidade de segurança máxima na madrugada desta segunda-feira (18). Eles serraram uma cela e conseguiram posicionar uma corda feita de lençóis, mas foram flagrados quando tentava escalar o muro.
A fuga aconteceu na cela 6, localizada no piso 1. Um agente denunciou que as guaritas não tinham policiamento na hora da tentativa de fuga, mas a informação foi negada por outros funcionários do complexo penitenciário.
Depois que o plano foi descoberto, os agentes fizeram um pente-fino e encontraram celulares, espetos artesanais e uma serra usada para cortar as grades. Os presos foram isolados em outra cela para que as grades sejam consertadas.
Detentos fogem da penitenciária Irmão Guido
Detentos fogem da penitenciária Irmão Guido
18-04-2011 8:07- | + Sindicato dos Agentes Penitenciários divulga cinco presos da Penitenciária Irmão Guido
O Sindicato dos Agentes Penitenciários e dos Servidores Administrativos das Secretarias de Justiça e Segurança Pública divulgou que durante a chuva de sábado os funcionários conseguiram abortar um plano de assassinato na Casa de Custódia, mas não conseguiram impedir a fuga dos presos que estavam no pavilhão B da Irmão Guido, que fica nas margens da rodovia BR-316, que liga as cidades de Teresina e Demerval Lobão.
Os detentos cavaram o pico com o ferro que tiraram da parede. Na mesma cela ainda haviam outros cinco detentos que não quiseram fugir.
Os policiais da Rone (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) da Polícia Militar fizeram vistoria geral em todos os pavilhões para ver se ainda havia algum plano de fuga arquitetado para o período da Semana Santa.
Um Grupo Especial de Operações (GEO) estão atuando na captura dos presos, que são dos municípios de Monsenhor Gil e Demerval Lobão.
Os presos usaram uma corda para subir e descer o muro da Penitenciária Irmão Guido.
Segundo o sindicato, fugiram da Irmão Guido são Valdir Rodrigues, o Aranha, mentor da fuga; José Carneiro, o Bocão; Anderson da Silva Alves, o Alex Cabeça; e Marcelo Carvalho Lustosa, que era preso provisório e Kléberson Francisco Barbosa Dias, natural de Monsenhor Gil.
Os agentes penitenciários da Casa de Custódia descobriram na tarde do mesmo sábado que um grupo de presos estavam tentando realizar uma rebelião para assassinar três outros detentos no pavilhão H. Após informações internas, os servidores perceberam uma movimentação estranha e ouviram pancadas o que culminou em uma vistoria imediata no local.
Durante a vistoria, os agentes encontraram e apreenderam 25 ferros pontiagudos e um aparelho celular.
Segundo o presidente do sindicato, tudo indica que os presos estariam se armando para pegar os agentes como reféns. Três presos também disseram que os outros iriam quebrar os cadeados para matá-los durante a rebelião.
Os agentes penitenciários estão em greve desde o dia o dia 15 de abril
Senador Aécio Neves é parado na blitz da Lei Seca com habilitação vencida
Aécio Neves tem CNH apreendida em blitz no Rio
Senador mineiro estava com carteira de habilitação vencida e foi multado em R$ 957,70
Do R7 - 17/04/2011 - 12:46
Geraldo Magela/Agência Senado
Senador Aécio Neves alegou que desconhecia estar com a CNH vencida
O senador Aécio Neves (PSDB) foi parado na madrugada deste domingo (17), por volta das 3 horas, durante uma blitz da Lei Seca na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro.
De acordo com os agentes da Lei Seca, Aécio estava com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida e teve que chamar um amigo para dirigir o veículo, um Land Rover.
A Secretaria de Estado do Governo do Rio informou que os policiais teriam reconhecido o senador e solicitaram a documentação, que foi apresentada. Quando os policiais alertaram que a habilitação estava vencida, Aécio Neves disse que não sabia. De acordo com a Assessoria de Imprensa do senador, ele teria saído da casa de amigos e voltava para sua residência, no Leblon, com a namorada.
O senador teve o documento apreendido e foi multado em R$ 957,70 por se recusar a fazer o teste de bafômetro, infração gravíssima que representa 7 pontos na carteira, segundo o Código Nacional de Trânsito. Dirigir com a carteira de habilitação vencida também é uma infração gravíssima e representa 7 pontos. A multa é de R$ 191,54.
Outra apreensão
Também na madrugada deste sábado, o ex-prefeiro de Magé, Charles Cozzolino, foi parado pela Lei Seca, na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense e também se recusou a fazer o teste do bafômetro.
No caso do ex-prefeito, por não apresentar um condutor apto a dirigir, ele teve o carro apreendido. Ele foi multado em R$ 957,70 e estava dirigindo sua picape Amarok.
Os agentes da Lei Seca informaram que ocorreu uma situação inusitada. Dentro de um Astra, o motorista Marco Antonio Soares levava um menor de 17 anos que estava ferido a bala. O menor foi atingido em um tiroteio na Favela do Lixão e foi encaminhado para o Hospital Municipal Moacir do Carmo. O motorista e o carro foram levados para o 62ª DP (Imbariê).
A assessoria de imprensa do senador Aécio Neves informou que:
Na noite deste sábado para domingo (17-04-11), o senador Aécio Neves jantou nas redondezas de seu apartamento no Rio de Janeiro.
Ao retornar à sua residência, foi abordado durante blitz policial quando foi constatado o vencimento da validade do seu documento de habilitação como motorista.
Em respeito à legislação vigente, o senador entregou a habilitação ao agente e, seguindo as orientações recebidas, providenciou um condutor habilitado - um taxista que se encontrava no local - que dirigiu seu veículo até sua residência a poucos quarteirões.
Com relação às notícias veiculadas sobre o uso ou não do bafômetro, essa assessoria informa que, uma vez constatado o vencimento do documento de habilitação e providenciado outro motorista para condução do veículo, o mesmo não foi realizado.
O senador cumprimentou a equipe policial responsável pelo profissionalismo e correção na abordagem feita aos motoristas durante a blitz
Agentes penitenciários do Acre vão parar nesta segunda.
O assassinato de Roney Barbosa Vidal, de 31 anos, agente penitenciário e sócio- fundador do sindicato da categoria (Sindap), completa 1 ano nesta segunda-feira, 18 de abril, e até hoje ainda deixa feridas no orgulho destes trabalhadores. Roney foi covardemente executado em plena via pública, por um motoqueiro que os agentes ainda crêem estar solto e impune. Para manifestar a insatisfação pela falta de respostas 100% precisas quanto à morte do companheiro, os agepens de todo o Estado promovem nesta segunda uma paralisação interna das suas atividades.
Na data, não serão cumpridas pelos agentes as seguintes funções: escolta de presos; remoção de presidiários de uma carceragem para outra; escoltas para hospitais e/ou para consultas ambulatoriais (salvo em caso de emergência); não ocorrerá visitação de presos e nem os atendimentos de advogados e/ou oficiais de Justiça. Em outras palavras, o efetivo em serviço dos agepens só se preocupará, exclusivamente, em manter a segurança nos presídios.
O objetivo do movimento, segundo o presidente do Sindap, Adriano Marques, é mostrar à sociedade que o agente é hoje um trabalhador que atua sob altos riscos. Sendo assim, deveriam ter forte estrutura de segurança. Ao invés disso, possuem é condições mínimas. “Um agepen sai de casa vivo, mas não sabe se volta. Essa é a nossa realidade”, resume ele. O sindicato até encomendou outdoors e cartazes com a foto de Roney junto com a mensagem: ‘Não esquecemos’.
Como principais reivindicações, eles vão cobrar os equipamentos de proteção individual que poderiam ter salvo Roney Vidal 1 anos atrás; a contratação dos 192 agentes que estão em cadastro de reserva; locais dignos para o descanso e alimentação; a redução da carga horária; além da concessão de seguro de vida e o reconhecimento dos agepens como policiais.
A paralisação de segunda-feira também terá como meta reforçar a campanha sindical dos agentes penitenciários. Segundo Adriano Marques, cada agepen receberá um formulário para expor todas as dificuldades que ele encontra para exercer a profissão na sua unidade prisional. Ao final do dia, todos os formulários serão recolhidos e resumidos num documento único, contendo o diagnóstico geral dos problemas dos presídios acreanos. Tal termo será entregue aos deputados da Aleac na manhã de terça-feira (19). Logo após a entrega, os agentes ainda devem promover uma carreata pelas ruas da Capital, em protesto.
Ainda de acordo com o presidente do Sindap, a paralisação seguirá rigorosamente todas as restrições previstas por Lei. Sendo assim, ele prega que os agentes (mesmo em estado probatório) não precisam temer nenhum tipo de punição por aderir ao movimento. FONTE: AGAZETA DO ACRE
TRABALHO NA PRISÃO
TRABALHO NA PRISÃO
O exemplo do Presídio Estadual de Taquara, que depois de uma fuga de cinco prisioneiros, em 2009, transformou-se numa verdadeira fábrica, na qual todos os detentos trabalham na confecção de chaveiros, é daqueles que deveria ser seguido por outras instituições. Numa área caracterizada pela superlotação, pelo ócio e pela violência de gangues que atuam atrás das grades, levando o contribuinte a questionar se o que paga de impostos não poderia ter uma destinação melhor, a experiência significa um alento. Além de manter os presos em atividade, produzindo e ganhando dinheiro, a iniciativa ajuda no processo de ressocialização.
Os bons resultados obtidos em Taquara ganharam destaque a partir do chamado Mutirão Carcerário, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça recém concluída. O mesmo levantamento dos problemas crônicos nesta área, de certa forma comuns a todo o país, serviu para evidenciar o quanto o trabalho dentro das prisões pode ajudar na melhoria da qualidade de vida dos detentos.
Além de contribuir para reforçar a autoestima, uma atividade como a desenvolvida a partir de convênio assinado com uma metalúrgica ajuda a reduzir a ansiedade, fonte de constantes brigas entre apenados, e a indisciplina. De certa forma, contribui também na luta contra drogas como o crack, pois os usuários costumam ser censurados por colegas que trabalham. E, é claro, há a vantagem de que, a cada dia trabalhado, os presos diminuem um da pena a ser cumprida.
O aspecto mais significativo de experiências como a implantada em Taquara, comuns em outras prisões, é o de reafirmar que também nesta área há espaço para ousadia. Daí a importância de que esse tipo de iniciativa seja bem conduzido, para que possa se multiplicar em outras instituições, favorecendo um universo mais amplo.
LIDERANÇA CONSTRUÍDA DE DENTRO DA CADEIA
LIDERANÇA CONSTRUÍDA DE DENTRO DA CADEIA
Liderança construída de dentro da cadeia - ZERO HORA 18/04/2011
Primeiro gaúcho a ser transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima, Maradona se tornou em um dos criminosos mais perigosos do Estado, mesmo estando trancafiado há sete anos. Na verdade, construiu sua liderança dentro cadeia, agindo por telefone ou orientando a própria família, que se tornou subgerente da quadrilha organizada por ele.
A soma de condenações já ultrapassa a 135 anos. Nos últimos 15 anos, foi condenado por assaltos e homicídios. Começou a cumprir pena em 1997. Em 2009, foi condenado a 40 anos de prisão pela morte, em 2004, de uma menina de quatro anos, alvejada na cabeça durante tiroteio em São Leopoldo. No mesmo ano, entrou para o rol dos mais perigosos do Estado e foi levado para a Pasc. De lá, ordenou a ação que o deixaria no topo entre os bandidos gaúchos. Teria mandado executar, em 2005, o assaltante Dilonei Melara, responsável pela fuga cinematográfica do Presídio Central de 1994. Com a morte, tomou conta da quadrilha Os Manos.
Nascido em Porto Alegre, Maradona tem como base Novo Hamburgo, onde mora a família. No Vale do Sinos, mantém negócios para lavar o dinheiro do tráfico e de assaltos. Seria dono de postos de combustíveis, imóveis, lojas e de uma casa noturna.
Ele teria ampliado sua operação ao formar um consórcio com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. Os Manos teriam dado guarida aos paulistas, em 2005, na tentativa frustrada de cavar um túnel no centro de Porto Alegre para tentar furtar milhões de dois bancos. O laço teria sido reforçado depois que o gaúcho foi encaminhado para Catanduvas. No Paraná, estreitou relações com a cúpula da facção paulista e com o Comando Vermelho, de Fernandinho Beira-Mar.
Traficante fica 24 horas online
As investigações, que tiveram início em dezembro de 2010, conseguiram gravar 80 mil ligações do grupo. Atuando de forma online por 24 horas, Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, tinha pelo menos oito telefones de última geração, o que possibilitava também acesso à internet. De dentro da Pasc, ele falava sobre a casa da família dele, que tem 50 cômodos e fica na periferia de Novo Hamburgo.
O chefe da Inteligência do Comando Metropolitano da Brigada Militar, major Adriano Klafke, diz que a organização criminosa chefiada por Maradona é estruturada por meio de lideranças, especialmente instaladas nas penitenciárias do Estado. Elas coordenam tráfico de drogas e de armas, além de grupos de extermínio. Combinam roubo de veículos e investimentos em estabelecimentos comerciais e imóveis para a lavagem de dinheiro. Ele lembra que os veículos são roubados para serem negociados por armas e drogas no Exterior. A investigação detectou que a facção criminosa agia em Novo Hamburgo, Charqueadas, São Leopoldo, Canoas, Arroio dos Ratos e Porto Alegre.
A rota do tráfico internacional de drogas passava pelo Paraguai e Bolívia, vindo por terra para o Rio Grande do Sul. O promotor Amilcar Macedo, de Canoas, diz que Maradona agia como se estivesse solto:
– Comandando atividades criminosas como se estivesse lá no local onde elas estavam ocorrendo.
Na operação policial, 23 pessoas foram detidas, inclusive a mulher e outros familiares de Maradona. As drogas que foram apreendidas foram avaliadas em R$ 1,4 milhão.
HISTÓRICO
Mesmo atrás das celas, Maradona coleciona crimes. Com a ajuda de celulares, coordena cada passo de sua quadrilha. Além de organizar o tráfico, comanda assaltos, sequestros e até execuções:
EXECUÇÕES
- De dentro da prisão, Maradona teria coordenado mais de 12 homicídios até 2006. Depois da temporada dele em Catanduvas e da volta à Pasc, pelo menos outras duas execuções foram comprovadas pelas escutas.
- De dentro da Pasc, ele teria ordenado a morte do assaltante Dilonei Melara, líder do maior motim do Presídio Central, em 1994. Melara foi encontrado morto em Dois Irmãos, no Vale do Sinos, em 2005. Com a morte, Maradona teria tomado a liderança da quadrilha Os Manos.
- Em 2006, Maradona é flagrado por escutas orientando um comparsa a executar a morte de um comerciante de Novo Hamburgo a mando de um empresário da cidade. Maradona orienta o comparsa a simular um assalto em que a vítima fosse morta ao reagir. Carlos Alberto Ghedine foi morto dentro de seu bar.
- Em outra escuta, a polícia descobre que um comparsa de Maradona foi recebido a tiros ao fazer uma cobrança de drogas. O esquema sobre o comando de crimes de dentro da prisão foi publicado por Zero Hora em 22 de dezembro de 2006.
SEQUESTROS
- Maradona é flagrado em escuta orientando um comparsa a sequestrar um dono de postos de combustíveis em São Leopoldo. Manda que ele seja torturado.
- Ele se refere a um sequestro de uma segunda pessoa, que ofereceu a criminosos R$ 60 mil para que o mesmo empresário fosse sequestrado. Ao saber que essa pessoa teria R$ 60 mil disponíveis, Maradona ordena ao parceiro que sequestrem os dois homens.
VINGANÇA
- Agentes que balearam um membro do PCC recolhido à Pasc passaram pela mira de Maradona. Ele ordena, por telefone, que tiros de pistola e de fuzil sejam dados na cabeça dos servidores. A expectativa era de que se os agentes não morressem, ficassem em estado muito grave.
ASSALTOS E OUTROS NEGÓCIOS
- Conversa interceptada pela polícia, em 2006, mostra Maradona e comparsas tramando um assalto. Comentam que em uma cidade (não identificada) não há policiamento a pé, só com viatura. Descrevem que a polícia mais próxima do local que pretendem atacar fica a 47 quilômetros.
- No mesmo ano, um detento de outro presídio conta a Maradona que dois jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) cumprem um castigo naquela instituição. Maradona afirma que a “Febem” (numa referência ao antigo nome da Fase) é o futuro. Diz que é preciso que o grupo comande duas galerias dentro da Fase.
- A quadrilha estaria envolvida, nos dois últimos meses, em um assalto à empresa de Estância Velha e em um assalto a banco em Cambará do Sul.
DE DENTRO DA CADEIA - MANDANDO MATAR
DE DENTRO DA CADEIA - MANDANDO MATAR
MORTES POR ENCOMENDA - Confira conversas travadas por Maradona, a partir da prisão, com comparsas. Zero Hora reproduz as conversas originais, mantendo erros gramaticais. - ZERO HORA 18/04/2011
Maradona dá ordens ao comparsa chamado Café para executar Fabricio Rosa, trabalhador e sem antecedentes, que seria amante da mulher do traficante. Ele usa a expressão beijão, uma gíria para tiros:
Maradona – Beijão, beijão, beijão, daquele jeitão, beijo bem dado, entendeu?
Café – Bem dado na bochecha, e já é.
Maradona – Isso. E daí tu dá mais uma conferida pra não ter imprevisto.
Maradona fala novamente com o comparsa, que recém havia baleado, a mando do traficante, Robson Machado de Deus, o Guinho, que teria se envolvido com a filha dele. O rapaz sobrevive ao ataque:
Café – Eu tava sapecando o cara. Dei um do lado do ouvido, do lado do ouvido. Daí, tá
encostando os homem, meu. Encostou os homem, eu larguei.
Maradona – Tá, mas tu conseguiu acertar ele?
Café – Acertei vários estouros, mas vai saber se ele morreu, meu. Acertei do lado do
ouvido dele. Do lado! Eu vi na cara dele, no lado do ouvido, no tímpano dele, meu.
A Brigada Militar chegou no local logo depois dos disparos e conseguiu prender o integrante da quadrilha comandada por Maradona. Ele foi detido enquanto ainda falava
ao celular:
Maradona – Qual é que foi? (vozes dos policiais militares ao fundo)
Policiais – Levanta as mãos! Levanta as mãos! Levanta as mãos, fica paradinho!
Apesar de levar vários tiros, a vítima não morreu na hora e foi hospitalizada em Novo
Hamburgo. Maradona telefona para a casa de saúde:
Funcionária – Eles ficaram 15 minutos, hoje, tentando reviver ele.
Maradona – E conseguiram?
Funcionária – Conseguiram. Ah, mas não se sabe se vai passar. A médica disse pra família se preparar.
PRESO MANDA E DEBOCHA DAS LEIS E DO SISTEMA
PRESO MANDA E DEBOCHA DAS LEIS E DO SISTEMA
Tráfico debocha das leis. Mesmo preso, líder de quadrilha volta a comandar até homicídios de dentro de presídio de alta segurança no Estado. GUSTAVO AZEVEDO, zero hora 18/04/2011
Em 2006, Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, é flagrado dando ordens para crimes de dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Cinco anos depois, aquela que deveria ser a prisão mais fortificada do Estado volta a ser cenário para comandos do mesmo traficante, líder da quadrilha denominada Os Manos.
Por celular, narcotráfico, assaltos e execuções são determinados. A organização, desmantelada na sexta-feira passada em uma operação da Polícia Civil e do Ministério Público, já havia sido flagrada em ofensiva executada em 2006. Agora, as mesmas atrocidades ordenadas detrás das grades se repetiram, escancarando ainda mais o descontrole total das prisões gaúchas. Em escutas autorizadas pela Justiça e obtidas com exclusividade pelos repórteres Giovani Grizzotti e Cid Martins, exibidas ontem pela RBS TV, Maradona, 32 anos, foi gravado mandando assassinar desafetos, organizando negócios para lavar dinheiro do tráfico e até planejando a candidatura política da mulher como vereadora em Novo Hamburgo (veja ao lado). Em 2006, ele já havia sido flagrado coordenando crimes de dentro da prisão.
– É um deboche. Enquanto não eliminarem o celular das prisões, exemplos como esse vão se repetir sempre – reclamou o delegado Juliano Ferreira, que coordenou a operação de 2006.
Numa tentativa de diminuir a liderança de Maradona, ele chegou a ser levado para a Penitenciária Federal de Catanduvas (PR). Voltou em 2010 para a Pasc, mais forte do que já era, segundo o juiz da Vara de Execuções Criminais, Sidinei Brzuska.
– Lá, ele teve contato com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele não tinha antes. Isso demonstra a incompetência do Estado em administrar a Pasc. O Rio Grande do Sul tem uma penitenciária de alta segurança. Não precisa enviar para Catanduvas. É preciso mudar a gestão da Pasc – aponta o magistrado.
Apesar do risco, Maradona foi transferido novamente, com dois comparsas, para a prisão federal na sexta-feira. A medida teve o apoio da Superintendência dos Serviços Penitenciárias (Susepe). O superintendente do órgão, Gelson Treiesleben, afirma que a ida do criminoso para o Paraná dará tempo para tomar providências que coíbam o uso dos celulares.
– Mudamos a direção da Pasc em janeiro e reforçamos a fiscalização. Esta semana, vamos iniciar os testes com uma empresa gaúcha para montar um sistema de bloqueio do sinal dos celulares na Pasc – adianta Treiesleben.
Maradona, por força de lei, deverá retornar ao Rio Grande do Sul em 2012. Até lá, a polícia e promotores esperam enfraquecer a rede criminosa comandada por ele.
LIDERANÇA CONSTRUÍDA DE DENTRO DA CADEIA
LIDERANÇA CONSTRUÍDA DE DENTRO DA CADEIA
Liderança construída de dentro da cadeia - ZERO HORA 18/04/2011
Primeiro gaúcho a ser transferido para uma penitenciária federal de segurança máxima, Maradona se tornou em um dos criminosos mais perigosos do Estado, mesmo estando trancafiado há sete anos. Na verdade, construiu sua liderança dentro cadeia, agindo por telefone ou orientando a própria família, que se tornou subgerente da quadrilha organizada por ele.
A soma de condenações já ultrapassa a 135 anos. Nos últimos 15 anos, foi condenado por assaltos e homicídios. Começou a cumprir pena em 1997. Em 2009, foi condenado a 40 anos de prisão pela morte, em 2004, de uma menina de quatro anos, alvejada na cabeça durante tiroteio em São Leopoldo. No mesmo ano, entrou para o rol dos mais perigosos do Estado e foi levado para a Pasc. De lá, ordenou a ação que o deixaria no topo entre os bandidos gaúchos. Teria mandado executar, em 2005, o assaltante Dilonei Melara, responsável pela fuga cinematográfica do Presídio Central de 1994. Com a morte, tomou conta da quadrilha Os Manos.
Nascido em Porto Alegre, Maradona tem como base Novo Hamburgo, onde mora a família. No Vale do Sinos, mantém negócios para lavar o dinheiro do tráfico e de assaltos. Seria dono de postos de combustíveis, imóveis, lojas e de uma casa noturna.
Ele teria ampliado sua operação ao formar um consórcio com o Primeiro Comando da Capital (PCC) no Estado. Os Manos teriam dado guarida aos paulistas, em 2005, na tentativa frustrada de cavar um túnel no centro de Porto Alegre para tentar furtar milhões de dois bancos. O laço teria sido reforçado depois que o gaúcho foi encaminhado para Catanduvas. No Paraná, estreitou relações com a cúpula da facção paulista e com o Comando Vermelho, de Fernandinho Beira-Mar.
Traficante fica 24 horas online
As investigações, que tiveram início em dezembro de 2010, conseguiram gravar 80 mil ligações do grupo. Atuando de forma online por 24 horas, Paulo Márcio Duarte da Silva, o Maradona, tinha pelo menos oito telefones de última geração, o que possibilitava também acesso à internet. De dentro da Pasc, ele falava sobre a casa da família dele, que tem 50 cômodos e fica na periferia de Novo Hamburgo.
O chefe da Inteligência do Comando Metropolitano da Brigada Militar, major Adriano Klafke, diz que a organização criminosa chefiada por Maradona é estruturada por meio de lideranças, especialmente instaladas nas penitenciárias do Estado. Elas coordenam tráfico de drogas e de armas, além de grupos de extermínio. Combinam roubo de veículos e investimentos em estabelecimentos comerciais e imóveis para a lavagem de dinheiro. Ele lembra que os veículos são roubados para serem negociados por armas e drogas no Exterior. A investigação detectou que a facção criminosa agia em Novo Hamburgo, Charqueadas, São Leopoldo, Canoas, Arroio dos Ratos e Porto Alegre.
A rota do tráfico internacional de drogas passava pelo Paraguai e Bolívia, vindo por terra para o Rio Grande do Sul. O promotor Amilcar Macedo, de Canoas, diz que Maradona agia como se estivesse solto:
– Comandando atividades criminosas como se estivesse lá no local onde elas estavam ocorrendo.
Na operação policial, 23 pessoas foram detidas, inclusive a mulher e outros familiares de Maradona. As drogas que foram apreendidas foram avaliadas em R$ 1,4 milhão.
HISTÓRICO
Mesmo atrás das celas, Maradona coleciona crimes. Com a ajuda de celulares, coordena cada passo de sua quadrilha. Além de organizar o tráfico, comanda assaltos, sequestros e até execuções:
EXECUÇÕES
- De dentro da prisão, Maradona teria coordenado mais de 12 homicídios até 2006. Depois da temporada dele em Catanduvas e da volta à Pasc, pelo menos outras duas execuções foram comprovadas pelas escutas.
- De dentro da Pasc, ele teria ordenado a morte do assaltante Dilonei Melara, líder do maior motim do Presídio Central, em 1994. Melara foi encontrado morto em Dois Irmãos, no Vale do Sinos, em 2005. Com a morte, Maradona teria tomado a liderança da quadrilha Os Manos.
- Em 2006, Maradona é flagrado por escutas orientando um comparsa a executar a morte de um comerciante de Novo Hamburgo a mando de um empresário da cidade. Maradona orienta o comparsa a simular um assalto em que a vítima fosse morta ao reagir. Carlos Alberto Ghedine foi morto dentro de seu bar.
- Em outra escuta, a polícia descobre que um comparsa de Maradona foi recebido a tiros ao fazer uma cobrança de drogas. O esquema sobre o comando de crimes de dentro da prisão foi publicado por Zero Hora em 22 de dezembro de 2006.
SEQUESTROS
- Maradona é flagrado em escuta orientando um comparsa a sequestrar um dono de postos de combustíveis em São Leopoldo. Manda que ele seja torturado.
- Ele se refere a um sequestro de uma segunda pessoa, que ofereceu a criminosos R$ 60 mil para que o mesmo empresário fosse sequestrado. Ao saber que essa pessoa teria R$ 60 mil disponíveis, Maradona ordena ao parceiro que sequestrem os dois homens.
VINGANÇA
- Agentes que balearam um membro do PCC recolhido à Pasc passaram pela mira de Maradona. Ele ordena, por telefone, que tiros de pistola e de fuzil sejam dados na cabeça dos servidores. A expectativa era de que se os agentes não morressem, ficassem em estado muito grave.
ASSALTOS E OUTROS NEGÓCIOS
- Conversa interceptada pela polícia, em 2006, mostra Maradona e comparsas tramando um assalto. Comentam que em uma cidade (não identificada) não há policiamento a pé, só com viatura. Descrevem que a polícia mais próxima do local que pretendem atacar fica a 47 quilômetros.
- No mesmo ano, um detento de outro presídio conta a Maradona que dois jovens da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) cumprem um castigo naquela instituição. Maradona afirma que a “Febem” (numa referência ao antigo nome da Fase) é o futuro. Diz que é preciso que o grupo comande duas galerias dentro da Fase.
- A quadrilha estaria envolvida, nos dois últimos meses, em um assalto à empresa de Estância Velha e em um assalto a banco em Cambará do Sul.
domingo, 17 de abril de 2011
Universitário é preso após furtar viatura no Axé Brasil, em Belo Horizonte-MG
Universitário é preso após furtar viatura no Axé Brasil, em Belo Horizonte-MG
Segundo a polícia, Atilla Antunes Machado, 26 anos, entrou no veículo militar, ligou o carro e ainda andou alguns metros
Thiago Ricci- Repórter
O Axé Brasil, realizado entre a noite de sexta-feira (15) e a madrugada de sábado (16), em Santa Luzia, na Grande BH, terminou muito mal para um universitário. Ele foi preso após dirigir uma viatura da Polícia Militar que estava em frente ao Mega Space.
Segundo a polícia, Atilla Antunes Machado, 26 anos, entrou no veículo militar (número 14700), ligou o carro e ainda andou alguns metros. Mas a aventura do estudante de engenharia de telecomunicações durou pouco.
Logo depois, ele foi parado pelos militares e levado à Delegacia de Santa Luzia. O estudante estava com sintomas de embriaguez, ainda de acordo com a polícia, e foi parar na cadeia. Ele foi autuado em flagrante por tentativa de furto e levado ao Presídio de Santa Luzia, no Bairro
Audiência discutirá propostas para reformar sistema penitenciário
Audiência discutirá propostas para reformar sistema penitenciário
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado fazer audiência pública para discutir a atual situação do sistema penitenciário e avaliar as condições das penitenciárias federais e estaduais. O debate foi proposto pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) e ainda não tem data marcada.
Francischini argumenta que um dos maiores problemas do atual modelo é o contingenciamento das verbas do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). “A legislação brasileira prevê que 3% de todo o valor arrecadado com loterias e jogos no nosso País devem ser recolhidos para o Funpen”. O deputado explica que, no ano passado, por exemplo, foram repassados R$ 800 milhões para esse fundo, mas somente cerca de R$ 100 milhões foram efetivamente aplicados no sistema penitenciário.
O parlamentar quer discutir na audiência ações para permitir o descontingenciamento do fundo. Ele lembra que esses recursos serão investidos na construção de presídios, melhorias das condições de trabalho dos agentes penitenciários e em ações para garantir condições dignas para os presos.
Fragilidade na segurança
O deputado explica que outro objetivo da audiência é discutir a fragilidade do atual modelo do sistema penitenciário para coibir a ação do crime organizado. Ele cita como exemplo o caso do traficante Fernandinho Beiramar, que, mesmo em um presídio de segurança máxima e com regime disciplinar diferenciado, conseguiu comandar ações criminosas fora da penitenciária por meio de mensagens repassadas por advogados.
Na avaliação de Francischini, essa audiência pública "traz para a Comissão o protagonismo na discussão do sistema penitenciário, com foco no trabalho real e efetivo: dinheiro para o sistema penitenciário e isolamento do crime organizado e da cúpula que comanda o tráfico de drogas no país inteiro”.
Da Redação/PCS
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/SEGURANCA/195363-AUDIENCIA-DISCUTIRA-PROPOSTAS-PARA-REFORMAR-SISTEMA-PENITENCIARIO.html
Detentos que conseguiram fugir de guarnição são recapturados em Sena Madureira
Detentos que conseguiram fugir de guarnição são recapturados em Sena Madureira
Uma ação conjunta desencadeada pelas Polícias Civil, Militar e os Agentes penitenciários de Sena Madureira na tarde de ontem resultou no reencarceramento de dois reeducandos que conseguiram fugir da guarnição quando iriam se submeter a exames de corpo de delito no hospital João Câncio Fernandes. Trata-se de Antônio Josimar Paulino da Silva, 25 anos, conhecido pela alcunha de 'Dadá' e Ecivan Marques de Andrade, 22 anos, vulgo 'Sebo'.
Segundo informações, ao se encontrar na unidade de saúde, eles conseguiram se livrar das algemas e empreenderam fugam pelas ruas da cidade. Rapidamente os agentes foram mobilizados e em um curto espaço de tempo localizaram o paradeiro dos dois. Ambos foram levados para a delegacia e em seguida recambiados a unidade prisional. Por terem fugido, deverão ser penalizados conforme determina a lei.
Dupla também é acusada de agredir colega de cela:
Além da fuga, Antônio Josimar e Ecivan Marques também são acusados de na companhia de mais dois detentos de terem espancado o também presidiário Sebastião Azevedo. O episídio aconteceu no horário da visita e foi preciso os Agentes penitenciários entrarem na cela para evitar o pior.
Mesmo assim, Sebastião Azevedo ainda saiu com um corte na cabeça e outros ferimentos. Depois do ocorrido, vítima e agressores foram levados ao hospital para exames de corpo de delito, foi quando os dois resolveram fugir.
De acordo com o diretor do presídio, Raimundo Gouveia, não fosse a pronta intervenção dos agentes, algo de mais sério poderia ter acontecido com Sebastião Azevedo. 'A equipe pediu para que eles parassem com a agressão, mas não foi atendida, sendo preciso o uso da força moderada para conter a ação,' explicou.
Gouveia também falou sobre a fuga dos presos. 'Conseguiram escapar, mas foram recpturados em tempo hábil e receberão as devidas sanções da lei,' frisou.
Presos tentam entrar em choque com os agentes:
Depois da recaptura de Antônio Josimar e Ecivan Marques, todos os envolvidos na agressão a Sebastião Azevedo foram levados para a cela de sanção disciplinar. Neste momento, eles tentaram se confrontar com os agentes penitenciários. 'Eles partiram pra cima da guarnição, mas foram contidos. A situação agora é de normalidade,' afimou o diretor.
Conforme foi apurado, toda essa insatisfação dos reeducandos se deve ao fato do rigor na fiscalização dentro do presídio pleiteada pelos agentes. Somente essa semana, dois aparelhos celulares e uma arma artesanal (estoque) foram apreendidos.
M.V.
COMENTÁRIO BLOG AGEPEN'S CZS:
Parabéns aos Agentes Penitenciários de Sena Madureira pela competência e a rapidez em resolver os problemas apresentados acima... é nessas horas que a população ver a importâcia de termos, dentro do sistema penal, pessoas preparadas, competentes e com ânimo para realizar seus trabalhos. Resumindo: O que seria da população de Sena se não fosse a competência desses guerreiros (as)?
AS PARA A PRISÃO NOVAS REGRAS PARA A PRISÃO - zero hora 17/04/2011
AS PARA A PRISÃO NOVAS REGRAS PARA A PRISÃO - zero hora 17/04/2011
A prisão preventiva só poderá ser determinada se não for possível substituí-la por nenhuma outra medida alternativa
- O juiz ou o tribunal que determinou a prisão deverá reexaminar o caso, obrigatoriamente, a cada 60 dias.
- As pessoas presas temporariamente deverão ficar separadas dos condenados. Atualmente, isso é uma orientação, mas usualmente descumprida. No Estado, o caso mais célebre é do Presídio Central, onde condenados e provisórios estão trancafiados na mesma cela.
- Se o preso não apresentar os requisitos da prisão preventiva, o juiz deverá conceder a liberdade provisória, mediante fiança ou determinar as medidas alternativas.
- A prisão domiciliar poderá ser concedida a grávidas. Atualmente existem 64 gestantes presas no Estado.
- A prisão preventiva não poderá ultrapassar 180 dias, se decretada no curso da investigação ou antes da sentença condenatória recorrível; ou de 360 dias, se decretada ou prorrogada por ocasião da sentença condenatória recorrível. O CPP em vigor não estipula prazos para a preventiva.
- O texto amplia a prisão preventiva nos crimes de violência doméstica, permitindo o encarceramento de acusados de abusos contra crianças, adolescentes, idosos, enfermos e portadores de deficiência. Antes era restrito à violência contra mulheres.
RESTRIÇÕES À PREVENTIVA
A prisão preventiva pode hoje ser concedida para crimes de reclusão em geral. Pela nova norma, a decretação será restrita para CRIMES DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a quatro anos...
- se tiver sido condenado por outro crime;
- se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência.
- para garantir as medidas protetivas
OUTRAS MEDIDAS
Burocracia - O texto desburocratiza os mandados de prisão. Pela proposta, o juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, dependendo apenas de verificação de autenticidade do documento. A lei atual prevê apenas um recurso totalmente em desuso, o telegrama.
Cadastro - O projeto prevê a criação do Cadastro Nacional de Mandados de Prisão, para permitir que um acusado seja preso em outro Estado com maior agilidade. Hoje, para um foragido ser preso em outra unidade é necessário que o juiz que decretou a prisão entre em contato com o magistrado do local onde a pessoa está.
Fiança - O valor máximo determinado como fiança dobrará de cem para até 200 salários mínimos. Esse montante poderá ser multiplicado por mil vezes, dependendo da condição econômica do preso. O valor de uma fiança poderá ultrapassar os R$ 100 milhões.
MEDIDAS CAUTELARES
O projeto lista ainda 14 tipos de medidas cautelares, para que o juiz tenha alternativas na condenação. São elas:
- Fiança
- Recolhimento domiciliar
- Monitoramento eletrônico
- Suspensão do exercício da profissão, atividade econômica ou função pública
- Suspensão das atividades de pessoa jurídica
- Proibição de frequentar determinados lugares
- Suspensão da habilitação para dirigir veículo automotor, embarcação ou aeronave
- Afastamento do lar ou outro local de convivência com a vítima
- Proibição de ausentar-se da comarca ou do país
- Comparecimento periódico ao juiz
- Proibição de se aproximar ou manter contato com pessoa determinada
- Suspensão do registro de arma de fogo e da autorização para porte
- Suspensão do poder familiar
- Bloqueio de internet
- Liberdade provisória
NOVO CÓDIGO TORNARÁ TORNOZELEIRAS UMA ROTINA
NOVO CÓDIGO TORNARÁ TORNOZELEIRAS UMA ROTINA
NOVO CÓDIGO. Opção pelas tornozeleiras será uma rotina - zero hora 17/04/2011
Com a tendência de aumentar as medidas alternativas, a nova lei poderá forçar os governos a investir na fiscalização do cumprimento das restrições cautelares. As mudanças no Código de Processo Penal ampliam as opções do juiz, que terá a possibilidade de encaminhar criminosos para prisão domiciliar, proibir de circular em determinadas áreas e usar monitoramento eletrônico. Tudo isso, porém, exigirá recursos para funcionar.
– O Estado vai ter de assumir fiscalização, melhorar estrutura. Do contrário, não haverá controle se a medida está sendo cumprida. Não tem como o juiz mandar colocar a tornozeleira se ela não existe. Não tem como o juiz mandar ficar em casa se ninguém vai lá conferir. A adaptação será longa, é preciso mudar uma cultura – aponta o coordenador-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Ricardo Breier.
No Estado, as tornozeleiras deverão se transformar numa das principais medidas utilizadas pelos magistrados. Os equipamentos, que tiveram o uso suspenso em fevereiro, deverão voltar a ser utilizados em maio. Segundo a Susepe, serão 4 mil novos aparelhos, sendo mil para serem implantados já neste ano.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Sem controle, monitoramento, fiscalização e pena rigorosa no caso de desobediência, será mais um instrumento de benevolência e impunidade. Nossos governantes deveriam deixar o amadorismo de lado e começar a criar estrutura e verificar a manutenção do investimento e o nível de aplicação judicial para as leis que elabora. Do contrário, as tornozeleiras serão inúteis e a lei vazia e sem aplicação.
Polícia Civil não vai aceitar policiais militares nas delegacias
PIAUÍ DESEMBARGADOR CONCEDE LIMINAR PARA PM ASSUMIR DELEGACIAS
Polícia Civil não vai aceitar policiais militares nas delegacias
Os delegados da Polícia Civil, que vão se reunir com a diretoria do Sindicado dos Policias Civis do Estado do Piauí, para comunicar que não vão aceitar a presença de policias militares nas delegacias porque a atividade deles é de policia judiciária e os militares fazem policiamento ostensivo.
O desembargador Augusto Falcão Lopes, do Tribunal de Justiça, concedeu liminar para à Secretaria Estadual de Segurança Pública determinando que os policiais militares trabalhem nas Delegacias de Polícia Civil do Piauí em substituição aos policiais civis que entrão em greve por tempo indeterminado na madrugada da próxima sexta-feira. Os policiais civis reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 24%.
Por causa da apreensão no Piauí os diretores da Cobrapol (Cooperação Brasileira dos Policiais Civis) estão chegando a Teresina para mediar uma solução para o conflito que fortaleceu o movimento grevista.
Aécio Neves tem carteira de habilitação apreendida em blitz da Lei Seca
Aécio Neves tem carteira de habilitação apreendida em blitz da Lei Seca
EXPLICA MAS NÃO JUSTICA
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve a sua Carteira Nacional de Habilitação apreendida em blitz da Lei Seca, realizada na madrugada deste domingo, no Leblon. O político foi parado por volta das 3h, na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, e optou por não fazer o teste do bafômetro. Ao verificarem os seus documentos, os fiscais da blitz constataram o vencimento de sua carteira. O documento foi apreendido e o senador foi multado em R$ 957,70.
Aécio só foi liberado ao chamar um amigo para dirigir o seu carro, uma Land Rover. Procurada para comentar o caso, a assessoria de imprensa do senador ainda não foi encontrada.
Na mesma madrugada, o ex-prefeiro de Magé, Charles Cozzolino, também foi parado pela Lei Seca. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e teve habilitação e carro apreendidos, além de ter sido multado em R$ 957,70. A apreensão ocorreu na Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Assinar:
Postagens (Atom)
PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...
-
ISSO NÃO É NOVIDADE, PARA OS GESTORES DA SEGURANÇA PÚBLICA DO BRASIL, DE NORTE AO SUL JÁ CONHEÇEMOS A CARA DOS DIREITOS HUMANOS...
-
SECRETARIO DE DEFESA SOCIAL REUNE-SE COM SINDASPMG E CONFIRMA EDITAL DE 3500 VAGAS DO CONCURSO PARA ASPs PARA O MÊS DE JULHO. vis...
-
A mudança de letra acontece de dois em dois anos . NÍVEL I, LETRA A + 2 anos,B+2anos.C+2,D+2,E+2, ATÉ A J DEPOIS NÍVEL II LETRA .A+2,B,...