segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CARTAS DA LIBERDADE


CARTAS DA LIBERDADE

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Vindas de todo o País, mensagens escritas pelos próprios presos representam 23% dos pedidos de habeas corpus concedidos pelo Supremo Tribunal Federal

Bruna Cavalcanti e Adriana Nicacio

Todo domingo a família do metalúrgico aposentado João Cardoso de Moraes, 54 anos, se reúne para o almoço. Em torno da mesa, seu João, sua mulher, Seni, os filhos Tatiana, Sarah, Thiago e João conversam de forma descontraída. Um assunto, porém, é evitado: os quase três anos que ele passou no Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros, em São Paulo. “Todos nós tentamos esquecer”, afirma seu João. Sem antecedentes criminais, ele foi acusado em 2004 de ser o mandante de dois assassinatos e de uma tentativa de homicídio na cidade onde mora, Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Preso em dezembro de 2006, seu João conta que os primeiros meses foram os piores: “Foi como se o teto de uma casa tivesse caído em cima da minha cabeça. Bateu um desespero”, lembra, chorando. O infortúnio de seu João durou 1.065 dias. Só acabou três meses depois de ele enviar um pedido de habeas corpus, escrito à mão, ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Não se trata de um caso isolado. Dos pedidos de liberdade feitos ao mais alto tribunal do País, 23% chegam por meio de correspondência redigida pelos próprios presos, a maior parte deles cumprindo pena ou esperando julgamento em estabelecimentos prisionais dos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

Cartas provenientes de presídios sempre chegaram ao STF. Na maioria das vezes, eram simplesmente desconsideradas. Em outras, ficavam esquecidas, tomando poeira em armários do tribunal. Em maio de 2008, porém, essa situação mudou, com a criação de um canal direto com o Supremo, a Central do Cidadão. “Começamos a verificar o conteúdo de todas as cartas que recebíamos e observamos que o tratamento dado à maioria delas era muito pobre”, lembra o secretário-adjunto Marcos Alegre Silva, um dos coordenadores do serviço, rebatizado recentemente de Atendimento STF. Atualmente, uma equipe de 14 pessoas faz a triagem e dá encaminhamento à correspondência, que soma uma média de 1,5 mil cartas por mês, 27% delas de presos. “Quando demos início a este serviço, o volume de cartas que recebíamos não era tão grande quanto o que temos hoje”, afirma Marisa Alonso, coordenadora do Atendimento STF.

Seu João decidiu escrever ao Supremo depois de passar mais de dois anos e meio na cadeia, aguardando julgamento. Sem entender absolutamente nada de leis, ele dedicou o tempo ocioso que tinha na prisão aos livros de direito que caíam em suas mãos. “Lá, o que mais o preso tem é tempo para pensar. Por isso, corri atrás e fui estudar”, diz ele, que concluiu apenas o ensino fundamental. “Em pouco tempo, aprendi como redigir um pedido de liberdade e a quem deveria encaminhar o meu recurso.” Seu João contou ainda com a ajuda de um colega de cela, já acostumado a escrever cartas e petições para outros presos. Como ocorre com frequência em presídios brasileiros, por causa da carência de defensores públicos, há presos que se especializam na atividade. “Alguns escrevem muito bem e viram os escribas da cadeia”, comenta o secretário-adjunto do Atendimento STF. Há até aqueles que transformam a atividade em fonte de renda. Não foi o caso do companheiro de cela de seu João. Depois de vender bens, contrair dívidas e investir cerca de R$ 100 mil em honorários de advogados, ele gastou menos de R$ 30 para despachar sua correspondência para o STF.

Um dos trechos da carta de seu João reflete o drama vivido atrás das grades, sem julgamento. “O tempo permanecido no cárcere enquanto aguarda a morosidade do Judiciário paulista, mesmo sendo absolvido posteriormente, ficará como uma mácula insculpida na sociedade como ‘ex-presidiário’, não havendo indenização que poderá sanar este mal”, escreveu. A iniciativa de seu João emocionou sua mulher, que sempre acreditou na inocência do marido, mas já havia perdido a esperança na Justiça. “Ele era a coluna da casa. Quando ele foi preso, fiquei sem chão. Sobrevivemos graças ao artesanato que ele fazia na cadeia e que eu vendia aqui fora. Só confiava mesmo na lei de Deus”, relata Seni, cujo filho mais novo tem hoje 10 anos. Menos de três meses após o pedido chegar ao Supremo, o habeas corpus de seu João foi concedido e ele foi solto. “Não acreditei quando mandaram me soltar. Não conseguia calçar o sapato, vestir a roupa nem pensar em nada. A ficha não caía. As pessoas me chamavam de louco, mas eu sabia que conseguiria”, diz.

Dos 4.700 habeas corpus concedidos pelo Supremo no ano passado, 1.200 tiveram como ponto de partida a correspondência de presos. Nem todas as medidas determinadas pelo tribunal, porém, estão vinculadas a pedidos de liberdade. Da mesma forma, nem todas as cartas envolvem clamor por liberdade ou reclamações quanto à morosidade no andamento dos processos. Há muita denúncia de maus-tratos nos presídios, requisição de transferência de presídio, pedido de defesa por defensor público e até elogios à atuação de ministros do Supremo. “Recebemos muito material interessante, inclusive agradecimentos”, diz um dos responsáveis pelo serviço do STF. “Uma vez um preso escreveu que ficou tão emocionado quando recebeu uma resposta nossa que chorou, pois não acreditava que seria ouvido.”

Embora acreditasse que um dia conseguiria sair da cadeia, seu João às vezes duvidava que seu pedido de habeas corpus, julgado pela Segunda Turma do Supremo, fosse culminar numa mensagem do ministro Celso de Mello ao Tribunal de Justiça de São Paulo, determinando que aguardasse “em liberdade o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória”. Além dessa vitória, hoje João também é considerado um homem inocente. O julgamento, pelo qual aguardou durante quase três anos na cadeia, aconteceu em junho deste ano. A maioria do júri o absolveu das acusações de duplo homicídio qualificado e da tentativa de homicídio. Agora o que ele e sua família mais querem é esquecer o tempo perdido e tocar a vida. “Depois que voltei para casa, passei um mês sem comer e sem dormir direito. O meu filho menor, Joãozinho, ficou traumatizado com tudo o que aconteceu. Nenhum dinheiro vai trazer de volta os dias que perdi ou reverter o dano psicológico que ficou”, diz. Mesmo tentando deixar o passado para trás, seu João sente na pele o preconceito da sociedade e o estigma de ser um ex-presidiário. Depois que ganhou a liberdade, ele começou a trabalhar com compra e venda de automóveis. “No começo, as pessoas me evitavam e foi muito difícil. Agora, as coisas estão se acalmando, embora sinta que muita gente me rejeita”, admite. “Às vezes eu finjo para mim mesmo que durante todo esse tempo que estive fora eu estava na faculdade. E, realmente estava. Era a faculdade da vida.”

Presidente orienta sobre greve


Olá! Pessoal;
Nesta terça-feira, dia 15, está marcado uma assembleia em Brasília para deliberar sobre a nossa luta em defesa de nosso porte de defesa pessoal, penso que A GREVE GERAL SERÁ INEVITÁVEL!
Assim, peço que todos leiam e estudem bastante sobre o assunto.
Claro que instruiremos e informaremos bem a todos e estaremos no comando, com panfletos informativos, etc, de como, quando e até onde devemos ir e agir no movimento. Contudo, melhor ir nos instruindo. Para tanto servimo-nos dos mais experimentados e capacitados para nos guiar. 
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FORÇA E HONRA, POIS A LUTA É POR NOSSAS VIDAS E DE NOSSOS FAMILIARES E LARES.
NA MÁXIMA: Se queres paz, prepare-te para guerra. E não esqueçam, essa luta é por nosso sangue e de nossos familiares.
É chegada a hora de, verdadeiramente, conhecer uns aos outros no calor da batalha. Os fracos certamente ficarão pelo caminho da mesma forma que surgiram novos grandes líderes guerreiros, como fruto forjado na árdua batalha.
Saudações Classistas!

Senado vai discutir porte de arma para agentes fora de serviço.


Senado vai discutir porte de arma para agentes fora de serviço.



Imagem do áudio
veja o texto
LOC: SENADORES ADMITEM DISCUTIR DERRUBADA DE VETO À LEI QUE GARANTIRIA PORTE DE ARMA FORA DO SERVIÇO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS. 

LOC: A CATEGORIA, QUE SE MOBILIZA PARA REVERTER A DECISÃO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF, ALEGA FALTA DE SEGURANÇA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. 

TÉC: O secretário geral da Federação Brasileira dos Servidores Penitenciários, Wesley Bastos, espera que o Congresso Nacional derrube o veto integral ao projeto de lei que liberava o porte de armas fora do expediente para agentes penitenciários. Ele disse que a categoria vai atuar em diversas frentes para manter um direito concedido por alguns estados. 

(Wesley) Estamos discutindo mobilização no Congresso Nacional para a derrubada do veto, paralisações nas diversas unidades prisionais e suspensão de visita. Ninguém vai deixar de andar armado porque a presidente vetou. Ninguém vai deixar de proteger suas famílias. Em vários estados, o porte de arma é permitido fora do serviço. 

REP: Em novembro, o Senado aprovou o projeto que autorizava agentes e guardas prisionais, integrantes das escoltas de presos e equipes de guardas portuários a terem o porte de arma própria ou cedida pela corporação. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que defende esse direito, rebateu o argumento do Ministério da Justiça de que essa liberação poderia aumentar o número de armas em circulação no país. 

(Humberto) O que a presidenta Dilma fez foi tão somente atender à posição do Ministério. Entendo que o número de pessoas que pode ser beneficiada não tem tanta expressão quando discutimos o problema do desarmamento no Brasil. E tem a justificativa de garantir o mínimo de segurança para as pessoas que no dia-a-dia lidam com presos de alta periculosidade. 

REP: Mas no veto, a presidente Dilma Rousseff destacou que casos de ameaças aos agentes serão analisados individualmente para a concessão do porte de arma. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, lembrou que o Senado foi solidário à categoria ao aprovar o projeto liberando o porte de armas. Ele não descartou a derrubada do veto. 

(Paim) Como houve o veto, compete agora ao Congresso se posicionar. Mas a mobilização da categoria é legítima. E o Senado e o Congresso, se aprovaram a lei, compete a eles entoa na apreciação do veto fazer com que a lei seja mantida. 

REP: Desde 2003, o porte de armas no Brasil está proibido. O Estatuto do Desarmamento só libera o porte de arma fora do expediente para integrantes das Forças Armadas, agentes da Agência Brasileira de Inteligência e da Polícia Federal, além de seguranças da Presidência da República.
Hérica Christian.

FONTE: SENADO FEDERAL.

Arrombadores de delegacia são presos em Candeias

A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de participarem de um roubo na Delegacia de Candeias, na região Centro-Oeste de Minas, durante o fim de semana.
Conforme informações da corporação, suspeitos teriam aproveitado que o local não tem plantão no sábado e domingo para invadir a sede do departamento localizado na praça Achilles Langsdorff, na região central da cidade.
Ainda de acordo com a PC, os criminosos reviraram a delegacia, estouraram o cofre e levaram várias armas e munição usados pela equipe da Polícia Civil. Entre o material roubado está um fuzil, uma granada, três escopetas, um colete antibalístico, várias caixas de munição e um carregador.
Nesta manhã de segunda-feira (14) quando a equipe de policiais chegava para o trabalho encontraram o imóvel revirado e sem as armas de uso diário dos policiais. Um inquérito foi aberto e policiais saíram pelas ruas de Candeias para tentar localizar os possíveis envolvidos no roubo.
Segundo assessoria de imprensa da Polícia Civil, durante a operação, houve troca de tiros com dois suspeitos, que não tiveram a identidade divulgada pela polícia.
Com eles, a PC apreendeu drogas, uma motocicleta roubada e munições. O armamento roubado da delegacia ainda não foi localizado.
A PC ainda realiza buscas na região na tentativa de encontrar as armas e os demais envolvidos na ação criminosa.
FONTE: O TEMPO

Terceiro agente penitenciário a ser flagrado em práticas irregulares em 2013 é preso


Terceiro agente penitenciário a ser flagrado em práticas irregulares em 2013 é preso


Do Hoje em dia
Um agente penitenciário, de 32 anos, foi preso nesta segunda-feira (14), em Lagoa Santa, na Grande BH, por suspeita de tráfico de drogas e associação ao tráfico. Ele foi flagrado pelo setor de inteligência do Presídio de Lagoa Santa cometendo ações ilícitas que levantaram a suspeita dos agentes.
A informação é da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), que por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), relatou ainda que o agente havia sido contratado em 2006. O contrado dele será rescindido. Ele foi encaminhado para a delegacia de Polícia Civil em Lagoa Santa, onde ficou à disposição da Justiça.

Outros casos
Este é o terceiro caso de agentes penitenciários envolvidos com tráfico de drogas e outros esquemas irregulares em unidades prisionais de Minas Gerais, oficialmente registrados e divulgados em 2013 pela Seds. No último dia 9, um agente penitenciário do Centro de Remanejamento de Presos de Betim, na Grande BH, suspeito de entregar celulares a detentos da unidade prisional foi afastado do trabalho. Na última quinta-feira (10), um agente penitenciário foi flagrado com dois celulares, um carregador, bateria, chip e maconha, dentro da Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, na Grande BH.

domingo, 13 de janeiro de 2013

DÁ PRA ENTENDER???????????????

AGENTE PENITENCIÁRIO É PRESO ACUSADO DE FRAUDAR CONCURSO



Um agente penitenciário do Rio Grande do Norte (RN) foi preso em flagrante, em Fortaleza, quando realizava prova em nome de outro candidato no concurso público para contratação de 800 agentes penitenciários no Ceará. A prisão foi realizada na Universidade Estadual do Ceará (UECE), onde era aplicada a prova, durante a manhã deste domingo (13).

A Coordenadoria de Inteligência Penitenciária da Secretaria de Justiça (Sejus) constatou que o cartão da prova era falsificado. Anderson Wale Pereira Bras, de 22 anos, respondia a prova que estava no nome de Joaquim Neto de Oliveira, de 30 anos. O verdadeiro candidato foi encontrado nas imediações do local da prova, segundo informações da Polícia Civil.

Os acusados planejavam voltar ao Rio Grande do Norte após a prova.Eles foram encaminhados ao 11º Distrito Policial (DP), no bairro Pan Americano, e podem responder à Justiça pelos crimes de falsidade ideológica e fraude a concurso público, segundo informações da Sejus.

Fonte: Diário do Nordeste
  

Perfil do agente penitenciário


Perfil do agente penitenciário

O Agente Penitenciário realiza um importante serviço público, de alto risco, cuja tarefa principal é salvaguardar a sociedade civil. Ele contribui, também, diretamente, para a execução de um tratamento penal adequado, através da vigilância, custódia e das múltiplas atividades dispensadas à pessoa presa no sistema prisional, durante o período do cumprimento da pena ou de medida de segurança.

Desta forma, é fundamental que os Agentes Penitenciários possuam um perfil compatível para o efetivo exercício da função, além de um engajamento e um sólido compromisso para com a instituição a que pertencem.

As ações dos Agentes Penitenciários devem ser marcadas pelo espírito da legalidade, da ética e por uma visão estratégica e criteriosa, sempre visando corroborar com as mudanças no trato da pessoa presa. É importante, no entanto, ter a humildade de reconhecer a dificuldade, muitas vezes, de transformar criminosos em não criminosos, já que as condicionantes de ordem social, econômica, cultural são mais poderosas que podemos supor.

Finalmente, é necessário que os Agentes Penitenciários, mesmo reconhecendo as contradições inerentes à própria função, tais como as orientações que podem variar conforme os pressupostos ideológicos de cada administração, adotem como critério um comportamento leal, justo e ético na sua função de servidor público.

Qualidades, atitudes e condutas profissionais necessárias ao bom desempenho do agente penitenciário.

Governo Dilma é retrocesso na segurança pública


Governo Dilma é retrocesso na segurança pública

Às vésperas de completar seus 60 anos, Luiz Eduardo Soares resolveu fazer um balanço do tema com o qual vem convivendo cotidianamente há muitas décadas, a segurança pública.
O antropólogo não ficou muito satisfeito. Contabilizou problemas sérios nas esferas municipal, estadual e federal, na atuação da esquerda e da direita, em governos como o de Fernando Henrique Cardoso, "inerte", e no de Dilma, "que representa um retrocesso na área".
Soares não é um crítico de gabinete. Já colocou mãos na massa, tanto no governo do Rio, seu estado natal, quanto no segundo governo Lula, quando foi, por menos de um ano, secretário nacional de Segurança Pública.
Também escritor, co-autor das obras que deram origem aos filmes "Tropa de Elite", ele trabalha atualmente num livro que procura sintetizar sua visão sobre a violência no país, e que deve ser lançado neste semestre pela Companhia das Letras.
Parte das ideias que ele apresentará no trabalho, seu nono livro, aparecem num artigo que ele escreveu para a revista "Interesse Nacional", que será lançada amanhã.
Soares questiona em especial a arquitetura institucional da segurança pública brasileira, que pouco avançou desde a promulgação da Constituição, que completa 25 anos em outubro.
Em entrevista à Folha, ele fala sobre esta inércia que faz do Brasil o "segundo país mais violento do mundo", comenta a retomada do aumento dos homicídios em São Paulo e faz um balanço de cinco anos das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora, do Rio, onde "não há um só crime importante sem a participação da polícia".
 
FOLHA - Em um artigo recém-publicado, o sr. comenta que na Constituição "não ousamos tocar no cordão umbilical que liga as Polícias Militares ao Exército". Por que o sr. acredita que após 25 anos este ponto ainda não tenha sido revisto?
LUIZ EDUARDO SOARES - Esse é o grande enigma. Já escrevi muito a esse respeito, mas nunca me dei por satisfeito. Sempre me pergunto: como é possível que um país que se transforma todo o dia possa enfrentar um de seus maiores problemas, a insegurança pública, com instituições organizadas pelo passado. Claro, na transição era preciso aceitar as imposições dos militares. Mas se passaram 25 anos. Não há como justificarmos nossa inércia com temores de golpes militares.
 
Que forças políticas sustentam essa inércia?
Diria que os conservadores nunca se movimentaram por temerem que a situação se agravasse. Já as esquerdas não foram capazes de formular uma proposta para a segurança pública. De um lado, por preconceito que vem da tradição marxista, que vê polícia como instrumento de dominação de classe. Outros acham que não devemos gastar energia porque para reduzir a violência se deve investir só em educação.
 
E o governo?
Os governos estaduais se sentem constrangidos, como se estivessem sob ameaça das forças policiais. Os governadores acabam adotando discursos mais realistas do que o do rei. Já o governo federal acaba avaliando que mesmo necessárias, as reformas não seriam convenientes. Mais responsabilidade à União significa mais cobrança.
 
Quando o governo Dilma completou nove meses o sr. escreveu um artigo para a Folha classificando o início da gestão como decepcionante em termos de segurança pública. Que avaliação faz hoje?
O governo Dilma representa um passo atrás. Era possível cobrar o governo Lula pela timidez, que não lhe permitiu avançar para promover as reformas, por razões que também imobilizaram Fernando Henrique Cardoso. No segundo governo Lula, foram tomadas medidas significativas. Ainda que insuficiente, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania significou algo. Mas Dilma decepciona porque até os avanços foram desorganizados. É retrocesso sem avanço.
 
O sr. fala em seu artigo sobre a necessidade de reformar o artigo 144 da Constituição. Que pontos teriam de ser mexidos?
O artigo 144 atribui pouca responsabilidade à União com relação à segurança pública. A União tem sob sua responsabilidade somente duas polícias, a Rodoviária e a Federal. Elas são importantes, mas longe de cobrir todo o espectro de desafios que a sociedade enfrenta.
 
E qual o papel do município?
Ele praticamente não existe, o que contradiz o processo histórico brasileiro recente. Depois da Constituição de 1988, municípios passaram a ter envolvimento crescente em áreas como saúde e educação. O artigo 144 diz que municípios só podem formar guardas municipais, cuja missão é cuidar das estátuas e prédios municipais. Mas as guardas municipais estão se proliferando pelo país, como no caso de São Paulo, onde há quase 10 mil guardas.
 
Isso não é inconstitucional?
É polêmico. Qualquer cidadão pode prender qualquer outro cidadão que esteja cometendo um crime, desde que isso seja feito em flagrante. Pode-se argumentar que os guardas municipais só prendem em flagrante, e que quando o fazem agem como cidadãos. Mas é claro que na prática muitos estão armados, usam distintivos e atuam como policiais.
 
De que modo a redistribuição das forças policiais e a intensificação do papel da União poderiam melhorar a segurança?
Para dar um exemplo, a União deveria supervisionar a educação e formação dos policiais. Hoje estes pontos são decididos de modo autônomo pelas instituições de cada Estado. Temos situações como a dos policiais contratados para as UPPs, no Rio, que estão sendo capacitados em três meses.
 
Três meses mesmo para quem nunca foi policial?
Sim. É inacreditável. Nas polícias temos um quadro babélico. Um Estado pode formar um policial em um ano. Outro, em dois meses. Já aconteceu no Rio de policiais serem formados em um mês. E não é só o tempo. Não há nenhuma padronização de currículo. Não defendo a imposição de um currículo único, mas um ciclo básico nacional seria razoável.
 
As UPPs estão prestes a completar cinco anos. Que balanço seria possível fazer delas?
É um projeto muito importante, mas não representa política pública porque não se universaliza. Isso não será alcançado sem reformas. Com as polícias do Rio será impossível. Apesar de terem milhares de profissionais honestos, as polícias do Rio têm outros milhares envolvidos em crimes. Não há um só crime importante no Rio sem a participação da polícia.
 
E qual a sua avaliação do quadro da segurança de São Paulo, que vive a retomada do crescimento dos homicídios?
Para agradar setores da opinião pública que pedem políticas duras e para evitar constrangimentos com as forças policiais, os governos acabaram tolerando a brutalidade policial. Como os números caíram, não por conta da brutalidade, os governos acabaram tolerando a violência. A valorização da Rota pelo secretário anterior endossava certa postura na qual a corrupção não é tolerada, mas a brutalidade sim.
 
A resolução que estabelece que PMs não podem prestar socorro às vítimas é uma mudança importante?
Sim. O novo secretário de São Paulo, que não conheço, me pareceu muito bem intencionado. Esta medida busca claramente conter as chacinas.
 
ARTIGO PUBLICADO EM REVISTA
O artigo "Raízes do Imobilismo Político na Segurança Pública", de Luiz Eduardo Soares, está no número 20 da revista "Interesse Nacional", que chega amanhã às bancas.
Criada pelo embaixador Rubens Barbosa, a publicação trimestral de ensaios sobre política e economia tem, na edição comemorativa de cinco anos, textos sobre o mensalão, reforma tributária e uma avaliação econômica da Era Lula.
Entre os destaques, estão artigos de Jorge Arbache, assessor da presidência do BNDES, e do jurista Miguel Reale Júnior.


FOLHA DE SÃO PAULO

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ESTA NA HORA DE IR PARA LUTA!

COM O VETO DA NOSSA PRESIDENTA DA REPUBLICA, E HORA DE IRMOS A LUTA?
CREVE GERAL EM TODO O BRASIL JA!

DRAUZIO VARELA ELOGIA TRABALHO DE AGENTES PENITENCIÁRIOS.mp4


SINDICATOS QUE PRELIMINARMENTE E POR DECISÃO DA FEBRASP DECIDIRAM DEFLAGAR MANIFESTAÇÕES EM REPÚDIO AO VETO PRESIDENCIAL.

 VEJAM ALGUNS  DOS SINDICATOS:



http://www.sindsistema.com.br

http://www.sindaspmg.org.br

http://www.sindasp.org.br

http://www.sifuspesp.org.br

http://www.sindaspce.org.br

http://singeperon.com.br

http://www.sindaspes.com.br

http://www.sindspenmt.com.br

http://sindicato-grupo-penitenciario-amapa.blogspot.com

http://rn-sindasp.blogspot.com

http://sindasppernambuco.blogspot.com

http://agepen-ac.blogspot.com

http://www.site.sinpoljuspi.com

http://sindsecappb.blogspot.com

http://www.sinsap.com.br

Deputado critica veto a porte de arma para guarda prisional fora do serviço


Deputado critica veto a porte de arma para guarda prisional fora do serviço

Dep. Jair Bolsonaro (PP-RJ)
Bolsonaro: agentes penitenciários e guardas prisionais continuarão à mercê das ameaças de detentos.
O veto integral da presidente Dilma Rousseff ao projeto (PL 5982/09) que autorizava o porte de armas fora do serviço a agentes penitenciários e guardas prisionais não foi bem recebido pelo autor da proposta, deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Segundo ele, com o veto, publicado nesta quinta-feira (10), 80 mil trabalhadores vão continuar à mercê de pressões de criminosos nos presídios brasileiros.
Na opinião de Bolsonaro, o porte de arma garantiria a segurança das famílias de guardas e agentes, ameaçadas constantemente. “Esses profissionais têm uma vida muito vigiada. É comum ouvirmos um presidiário falar para um agente penitenciário: ‘olha, você mora em tal endereço, tem uma esposa que se chama tal e três filhos que estudam em tal escola. Se não deixar passar determinado produto para mim, já sabe qual será consequência’. Mesmo com essa pressão toda, o agente não pode ter um simples revólver 38 ou uma pistola 380?”, indagou.
O agente penitenciário tem a função de vigiar e garantir o cumprimento das normas do estabelecimento prisional. É o profissional que escolta os detentos e zela pela segurança de funcionários e visitantes no presídio. Atualmente, a permissão para o porte de arma fora do expediente alcança vários setores da segurança pública. Integrantes das Forças Armadas, policiais federais, agentes vinculados à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e à Presidência da República são alguns dos beneficiados.
Cultura de paz
De acordo com o Executivo, o veto ao projeto foi baseado em pareceres do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, que julgaram o texto contrário à política nacional de combate à violência.
Arquivo/ Renato Araújo
Luiz Couto
Couto apoia o veto: projeto contraria o Estatuto do Desarmamento.
O deputado Luiz Couto (PT-PB), que votou contra o PL 5982/09 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), concorda com o veto da presidência. Conforme o parlamentar, a aprovação do projeto entraria em contradição com o Estatuto do Desarmamento.
"Sabia de antemão que a nossa presidente iria vetar porque, não vetando, seria uma incoerência. É claro que o governo não iria dar guarida àqueles que acham que podem resolver a questão da segurança pública com arma. O veto foi o resultado daquilo que o Executivo está fazendo: desarmar e construir uma cultura de paz", disse.
Apreensão da CNH
Outro veto de Dilma também publicado hoje barrou o projeto de lei (PL 6070/05) que tentava alterar o Código de Trânsito Brasileiro para pôr fim ao recolhimento da habilitação de quem fosse flagrado dirigindo veículo de categoria diferente da autorizada na sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Com a decisão, a punição para o condutor infrator continua valendo.

Íntegra da proposta:



AQUI EM SÃO JÃO DEL REY ESTÃO

ATIRANDO CONTRA CASA DE ASPS


sabado deu 10 tiros,terca oito e ontem ainda 

nao sabemos.

SUA CASA VAIS CAIR VAGABUNDO ,TRANSVESTIDO DE ANJO DA GUARDA PRISIONAL.

Dilma e Franklin Martins Confessam Seus Crimes no Regime Militar

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


AGENTES  de presídios da Grande BH são flagrados facilitando entrada de drogas e celulares



Delegado se revolta com soltura de 72 homicidas presos em um ano em Santa Luzia

Em desabafo, Cristiano Xavier diz que sensação é de "insegurança" e "impunidade"
Do R7 MG, com Record Minas | 09/01/2013 às 20h54
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— A sensação de insegurança e de impunidade, ela é muito grande, a gente prende as pessoas aqui, os homicidas, em vários crimes bárbaros aqui na cidade, e eles ficam rindo, dando tchau para as câmeras, falando que o crime compensa.
O desabafo é do delegado titular da Delegacia de Homicídios de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, Cristiano Xavier. Segundo ele, todos os 72 presos por homicídio na cidade em 2011 acabaram soltos pela Justiça do município. O motivo seria a lentidão do processo, já que há apenas uma juíza disponível para analisar os casos da cidade inteira.
Conforme Xavier, além da desmotivação dos policiais em continuar a prender os criminosos, testemunhas também são colocadas em risco com a liberdade em um espaço tão curto de tempo conseguidas pelos criminosos.
— Além da desmotivação da própria polícia em ter que trabalhar novamente em caso que a gente já efetuou prisões as próprias testemunhas, familiares das vítimas ficam indignados, vêm aqui até a delegacia pedindo providências, para que essas pessoas sejam julgadas no prazo legal e sejam condenadas pelos crimes que cometeram.
A sobrecarga da juíza responsável faz com que, de acordo com o delegado, ainda estejam sendo julgados casos de 2004. O atraso faz com que cerca de 400 acusados estejam em liberdade, aguardando a vez de serem levados a julgamento.
Procurado, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que, em fevereiro, um novo juiz deverá ser designado para assumir uma das varas criminais de Santa Luzia.
Tudo que você precisa saber agora está a um clique de distância: nova home do portal R7
 

Agentes penitenciárias denunciam diretor de presídio por assédio sexual mg


Agentes penitenciárias denunciam diretor de presídio por assédio sexual

Mulheres afirmam que eram castigadas e torturadas caso recusassem às ofertas
Do R7 MG, com Record Minas | 10/10/2012 às 05h30
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Agentes penitenciárias que trabalhavam no presídio masculino de Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, denunciam que sofriam assédio moral e sexual por parte do diretor da unidade. Segundo as mulheres, que preferiram não se identificar, para não serem castigadas, elas afirmam que eram obrigadas a dar privilégios a detentos.
Conforme uma das agentes, a lista de crimes cometidos por Murilo Pereira da Silva, de 47 anos, é grande.
— Assédio sexual, assédio moral, tortura a presos, saída irregular de viaturas, soltava preso à noite para roubar pra ele.
Uma outra mulher diz que, por se recusar a sair com o diretor, teria sofrido perseguições.
— Ele me chamou pra "mim" dormir com ele, mas como eu não aceitei, ele começou a me perseguir dentro do presídio. Me colocava em posto fixo, sendo que tinha revezamento de posto.
Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional, Murilo da Silva está afastado do cargo de diretor desde o dia 13 de setembro, para que as investigações possam ser feitas e as denúncias apuradas.

TODA CLASSE TEM UMA HISTÓRIA PARA CONTAR,O SISTEMA PRISIONAL TEM APENAS 1O ANOS . UM DIA OLHAREMOS PARA TRAZ E VEREMOS COMO ERÁ DIFÍCIL MAIS NÃO IMPOSSIVIL.AVANTE GUERREIROS DIREITO SE CONQUISTA NÃO SE GANHA.



QUEM NÃO TEM UMA HISTÓRIA PARA CONTAR DE LUTAS, DIFICULDADES. MAS  SÃO  ELAS  QUE FAZEM A HISTÓRIA.
Foto

CAMPANHA VOTE CONTRA O PT EM 2014 COMEÇA JÁ!



VAMOS AGUARDAR PELO POSICIONAMENTO DAS ENTIDADES DE CLASSE SOBRE O VETO DA "EX-GUERRILHEIRA" SOBRE O PL 87/2011, NO ENTANTO ASPS DE TODO PAÍS SUGIRO DE ANTEMÃO  COMEÇARMOS UMA CAMPANHA MACIÇA PELAS REDES SOCIAIS CONTRA OS PETRALHAS MÃES-DE-LADRÃO. O VOTO É A NOSSA MELHOR  ARMA! VAMOS USÁ-LA DE MANEIRA INTELIGENTE, NÃO ELEGENDO NINGUÉM QUE PROTEGE BANDIDO!

Policia Civil mineira agora tem "Carcarazim".


Policia Civil mineira agora tem "Carcarazim".

Carcarazim, o pequeno caçador da PC Mineira. Uma aeronave em tamanho reduzido poderá atuar como a visão aérea do Policiais Civis mineiros em operações em que isso ajude na operacionalidade. O pequeno helicóptero poderá transmitir imagens em tempo real ajudando na tomada de decisão estratégica por parte dos comandantes da operação. Libertação de reféns e captura de fugitivos são exemplos de atividades que poderão ser desenvolvidas.

Agente é flagrado com celulares, chip, carregador e maconha em penitenciária NEVES


Dois celulares, um carregador, bateria, chip e maconha. Esse foi o material encontrado com um agente penitenciário dentro da Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, nesta quinta-feira (10). É o segundo caso envolvendo agentes flagrados com celulares em unidades carcerárias da região metropolitana em dois dias anunciado Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds).

Em nota foi informado que o homem já estava sendo monitorado pelo setor de Inteligência e pela direção da unidade. Militares foram acionados para registrar o boletim de ocorrência. O caso será investigado pela Polícia Civil.

Outro caso

Um outro agente penitenciário do Centro de Remanejamento de Presos de Betim, na Grande BH, suspeito de entregar celulares a detentos da unidade prisional foi afastado do trabalho. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (10) pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), por meio da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), embora o afastamento do agente tenha ocorrido na quarta-feira (9). Segundo a Seds, Pedro Henrique Soares Martins vai responder a um processo administrativo e criminal.
(*) Com informações da Seds.

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...