Agentes penitenciários de MS criam 'engenhoca' para vistoriar local difícil
Equipamento tem câmera de infravermelho que é conectada a monitor. Responsável diz que vão aprimorar para ser usado em locais molhados.
27/09/2015 17h47 - Atualizado em 27/09/2015 17h47
Agentes conseguem ter acesso a espaço entre
telhado e laje (Foto: Divulgação/ Agepen)
telhado e laje (Foto: Divulgação/ Agepen)
Dois agentes penitenciários do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Segurança Máxima de Campo Grande, usaram a tecnologia e a experiência do dia a dia para criar um equipamento que ajuda a vistoriar lugares de difícil acesso como espaço entre o telhado e a laje.
A invenção foi montada utilizando uma câmera de infravermelho, do sistema de videomonitoramento da unidade prisional, presa a uma haste de madeira e conectada a um monitor portátil que serve de visor.
Segundo o diretor da penitenciária, João Bosco Correia, somente na primeira vistoria com o auxílio da “engenhoca” foram apreendidos 15 celulares, 65 porções de drogas, sete chips, três roteadores, dois cartões de memória e uma balança de precisão.
A ideia surgiu com o servidor Dirceu Belmar Monis que pensava uma estratégia para vistoriar lugares de difícil visualização. Até então utilizavam espelho e lanternas que não eram tão eficientes. Primeiro, Monis comprou, por conta própria, uma câmera para fazer o teste. Otimista com o resultado, procurou o responsável pelo sistema de videomonitoramento que topou o desafio.
'Engenhoca' tem câmera de infravermelho presa
a cabo (Foto: Divulgação/ Agepen)
a cabo (Foto: Divulgação/ Agepen)
Responsável pelo sistema de monitoramento de câmeras, Abraão Rodrigues de Paula, ressaltou que ainda está buscando aperfeiçoar o equipamento. O próximo passo é reduzir o tamanho do equipamento para acessar mais estreitos. Além disso, os agentes também estudam uma forma de acessar locais molhados.
Primeiro passo
Monis é servidor de carreira há 10 anos. O agente contou que sempre buscou melhorar as revistas. O primeiro passo da invenção foi dado quando trabalhava no Estabelecimento Penal de Paranaíba, região leste de Mato Grosso do Sul, e idealizou um equipamento que na época batizaram de “pescador”.
Monis é servidor de carreira há 10 anos. O agente contou que sempre buscou melhorar as revistas. O primeiro passo da invenção foi dado quando trabalhava no Estabelecimento Penal de Paranaíba, região leste de Mato Grosso do Sul, e idealizou um equipamento que na época batizaram de “pescador”.
Era um tipo de anzol usado para busca de objetos e materiais proibidos escondidos em vasos sanitários. A invenção é usada até hoje na unidade prisional e já auxiliou em apreensões de quatro aparelhos celulares, quatro carregadores e três fones de ouvido realizada no presídio do interior no último dia 1º de setembro.