JOVEM MORTO POR AGENTE PENITENCIÁRIO NO RJ PODE TER SIDO CONFUNDIDO COM UM ASSALTANTE
Jefferson da Paz Costa, de 22 anos, foi encontrado dentro de um canal, em Ramos, na zona norte do Rio. O técnico de informática foi morto a tiros por um agente peniteciário. A vítima pode ter sido confundida com um assaltante.
Segundo polícia, rapaz foi confundido com criminoso
O agente penitenciário Maico Vinicio da Silva, 27 anos, que atirou em Jefferson da Paz Costa, de 22 anos, vai responder o processo de homicídio doloso (quando há intenção de matar) em liberdade por ter ajudado nas investigações.
Segundo o delegado Geniton Lopes, da Divisão de Homicídios (DH), Jefferson foi morto com um tiro de pistola calibre 380. e não com um tiro de fuzil disparado por um PM, conforme relato da família do rapaz.
Ainda de acordo com Lopes, Jefferson estava com amigos quando o agente foi abordado por um bandido e um menor na Rua André Pinto, em Ramos, que queriam roubar sua moto.
Após a reação do policial, que sacou a arma, ele correu para o mesmo lado dos criminosos. O adolescente se escondeu em um valão e Jefferson não conseguiu entrar, momento em que o agente penitenciário atirou.
As investigações foram concluídas através de imagens de circuito interno da rua e pelos depoimentos do agente, do menor apreendido e dos amigos de Jefferson.
“Jefferson nada tem a ver com o assalto. Ele estava com amigos voltando para casa ali perto e ficou no meio do tiroteio entre o agente e os bandidos. Ele correu, o que é natural, porque ninguém fica para ver o que está acontecendo e acabou ficando no meio dos criminosos”, explicou Lages.
O delegado anunciou uma reprodução simulada no local, na próxima terça-feira.
Jefferson foi sepultado na tarde desta terça-feira no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Cerca de 150 pessoas, em clima de indignação, participaram do cortejo.
"Um tiro covarde estraçalhou meu filho e acabou com a vida de uma família inteira", desabafou a copeira Sebastiana Eloísa da Paz Costa, de 52 anos. Ela disse que PMs teriam tentado se livrar do corpo, atirando-o em um valão.
De acordo com familiares e amigos, uma vizinha ouviu o rapaz pedir clemência ao assassino. "Por favor, não me mata, não sou bandido. Moro aqui na rua de trás (Rua Pereira Landim), sou trabalhador", teria suplicado Jefferson. Conforme a vizinha, o policial que o perseguiu gritou: "Nessa hora, todo mundo é trabalhador", dispatando o tiro contra o rapaz.
POR Maria Inez Magalhaes
O DIA RJ
Poatado por Luciano Cunha
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