Porteiro condenado por estupros ganha liberdadeNo dia 16, uma mulher que o havia reconhecido como estuprador voltou atrás e o inocentou, apontando o ex-bancário Pedro Meyer como autor do crime
Publicação: 05/05/2012 07:35 Atualização:
Em prisão domiciliar desde 2001, o ex-porteiro Paulo Antônio Silva, de 66 anos, condenado a 16 anos por dois estupros, conseguiu ontem liberdade condicional. No dia 16, uma mulher que o havia reconhecido como estuprador voltou atrás e o inocentou, apontando o ex-bancário Pedro Meyer como autor do crime. Depois de assinar o termo de liberdade na Justiça, o ex-porteiro reafirmou inocência. “Esperei minha liberdade por 15 anos. Desde 2 de abril de 1997 minha vida parou”, disse.
Para ele, passar 15 anos na prisão sem ter culpa alguma foi como viver na escuridão, que começa a clarear agora. “Perdi minha vida, a família, o trabalho e a liberdade. Perdi dinheiro, e não fiquei com a minha mãe no momento final da vida dela, quando mais precisava de mim”, disse.
Na segunda-feira, o advogado dele, Eurípedes Barbosa, vai se reunir com a delegada Margareth Rocha. “Vou buscar informações dos crimes atribuídos ao ex-bancário, reconhecido por uma das vítimas que antes culpou meu cliente. Vou entrar com ação de revisão criminal ”, disse.
Na prisão domiciliar, o ex-porteiro só poderia sair de casa para trabalhar, ir ao médico ou se apresentar à Justiça. Agora, com a liberdade condicional, ele pode sair de casa, desde que cumpra algumas exigências, como não se ausentar da Grande BH sem prévia autorização da Justiça; comunicar mudança de endereço; recolher-se à residência antes das 22h; e não frequentar bares.
No entanto, mesmo antes do benefício, o preso já saía de casa, conforme constatou o Estado de Minas. O próprio advogado dele confirma: “Não há uma fiscalização efetiva. Quem tem de fiscalizar é a polícia e o Poder Judiciário, que não tem gente especializada para isso”, disse Eurípedes. O Fórum Lafayette informou que cabe à PM fiscalizar detentos em prisão domiciliar.
Para ele, passar 15 anos na prisão sem ter culpa alguma foi como viver na escuridão, que começa a clarear agora. “Perdi minha vida, a família, o trabalho e a liberdade. Perdi dinheiro, e não fiquei com a minha mãe no momento final da vida dela, quando mais precisava de mim”, disse.
Na segunda-feira, o advogado dele, Eurípedes Barbosa, vai se reunir com a delegada Margareth Rocha. “Vou buscar informações dos crimes atribuídos ao ex-bancário, reconhecido por uma das vítimas que antes culpou meu cliente. Vou entrar com ação de revisão criminal ”, disse.
Na prisão domiciliar, o ex-porteiro só poderia sair de casa para trabalhar, ir ao médico ou se apresentar à Justiça. Agora, com a liberdade condicional, ele pode sair de casa, desde que cumpra algumas exigências, como não se ausentar da Grande BH sem prévia autorização da Justiça; comunicar mudança de endereço; recolher-se à residência antes das 22h; e não frequentar bares.
No entanto, mesmo antes do benefício, o preso já saía de casa, conforme constatou o Estado de Minas. O próprio advogado dele confirma: “Não há uma fiscalização efetiva. Quem tem de fiscalizar é a polícia e o Poder Judiciário, que não tem gente especializada para isso”, disse Eurípedes. O Fórum Lafayette informou que cabe à PM fiscalizar detentos em prisão domiciliar.