Promotor de São José da Lapa, Marcos Valério Cohen, ganhou título de cidadão honorário e jantar de vereadores
CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DA LAPA/DIVULGAÇÃO
Título foi assinado pelos vereadores Vanderlei José, Rogério Geraldo, Élio Bráz e José Haroldo
O promotor de Justiça, Marcos Valério Costa Cohen, do Ministério Público Estadual (MPE) de Minas, recebeu da Câmara Municipal de São José da Lapa, a 25 quilômetros de Belo Horizonte, o título de cidadão honorário da cidade. A honraria, no entanto, foi entregue por um grupo de vereadores que figura como réu em processos de mau uso de dinheiro público (improbidade administrativa), que o próprio promotor Marcos Valério move no Tribunal de Justiça.
Depois da solenidade, o promotor participou de uma confraternização junto com os réus no Restaurante Fazendinha, com direito a música ao vivo, churrasco e cerveja, de acordo com informação divulgada pela assessoria da Câmara Municipal de São José da Lapa.
Ainda conforme a assessoria da Câmara Municipal, a farra foi patrocinada pelo ex-prefeito da cidade Delmo Antônio Pretinho dos Santos, que também é alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo promotor Marcos Valério, que o acusa de direcionamento de licitação nas áreas cível e criminal.
O requerimento solicitando a entrega do título de cidadania honorária ao promotor foi assinado pelos vereadores Vanderlei José (DEM), Rogério Geraldo (DEM), Élio Bráz (PR) e José Haroldo (PP).
Só José Haroldo não está sendo processado pelo integrante do MPE. Os demais são acusados de gastos abusivos da verba indenizatória e de terem recebido ressarcimento considerados ilegais durante viagens para congressos.
O promotor Marcos Valério refutou, ontem, que sentiu algum constrangimento. Segundo ele, a sua presença na solenidade demonstra "amadurecimento na relação institucional". "Eles (vereadores) entenderam que o MP tem um papel importante para a sociedade. Estou há nove anos na comarca e não tenho o rabo preso com ninguém. As minhas investigações avançaram, inclusive com propositura de denúncia. Se fosse o contrário, se eu não tivesse processado ninguém", alegou.
O promotor confirmou que participou da confraternização no restaurante, mas não soube dizer quem pagou a conta. "Ouvi dizer que foi o ex-prefeito Delmo Pretinho", afirmou.
Falando pelo grupo de vereadores, Rogério dos Santos (DEM) explicou porque seus colegas aprovaram o requerimento em homenagem ao promotor. "É uma pessoa que tem nos ajudado muito. No meu caso, ele ajudou a tirar uns postes que ficavam no meio da minha rua há vários anos
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