terça-feira, 30 de novembro de 2010
Minas pesquisa presos no estado ligados a criminosos do Rio
Pedro Ferreira -
Pedro Rocha Franco -
Publicação: 30/11/2010 06:34 Atualização:
A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) iniciou um levantamento de todos os presos do Rio de Janeiro que cumprem pena em unidades prisionais de Minas. De acordo com o subsecretário Genilson Zeferino, há cerca de 40 mil condenados recolhidos em penitenciárias do estado e a pesquisa será importante para que autoridades entendam a migração de modalidades de crimes e de criminosos para o estado, principalmente oriundos do Rio. O trabalho deve ficar pronto amanhã. A polícia já sabe que muitos traficantes mineiros têm ligação com os criminosos do Rio, como Roni Peixoto, tido com braço direito de Fernandinho Beira-Mar e apontado por especialistas como introdutor do crack nos aglomerados de BH. Ele está recolhido na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Grande BH.
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Policiais fazem revista em carros na Zona da Mata Outro indício da ligação de bandidos do Rio com traficantes mineiros foi a prisão há oito anos, em Mar de Espanha, na Zona da Mata, de V.L.L., na época com 54 anos, apontada como madrinha de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, um dos chefes do tráfico de drogas no Complexo do Alemão e também tido como um dos mandantes da série de ataques na capital fluminense, o que desencadeou a ocupação das 15 favelas que compõem o morro na Zona Norte carioca. Ela seria administradora de uma fazenda e de uma madeireira na região, usadas para lavar dinheiro do tráfico.
Segundo o inspetor Gilberto Bracelares, do Departamento Antidrogas de BH, é de São Paulo a maioria dos traficantes que migram para Minas. A informação tem como base prisões de bandidos e apreensões de drogas. “Prendemos mais traficantes paulistas do que fluminenses”, diz Bracelares. Ainda de acordo com ele, há casos de traficantes mineiros que tentam criar ramificações em outros estados, lembrando a prisão de Ronaldo Sargento no Rio, no fim do ano passado.
denúncias O comandante do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cícero Nunes, pede aos mineiros que fiquem atentos ao surgimento de suspeitos em suas comunidades que possam ser traficantes foragidos do Rio. “Sabemos que ha deslocamento de criminosos. Queremos tranquilizar Minas. O sistema de inteligência da PM está alerta e temos feito operações de maneira integrada nas entradas do estado”, disse o coronel. “Se o cidadão perceber a presença de estranhos suspeitos, deve avisar a PM pelo telefone 181. É uma denúncia anônima.”
Segundo o comandante, o sistema de combate à criminalidade de Minas Gerais é diferente do adotado no Rio. Ele afirma que, antes de a polícia carioca entrar na Vila Cruzeiro, havia ficado 500 dias sem ter acesso à comunidade. “Sabemos que, se deixarmos os aglomerados sem a presença da polícia por 500 dias, vamos ter problemas tão graves quanto os de lá. A nossa polícia está perto das comunidades, interagindo e fazendo policiamento. Não é só chegar, entrar e sair. A presença da PM é permanente, por meio do Gepar (Grupo Especializado em Patrulhamento em Áreas de Risco), e temos reduzido a criminalidade”, disse o coronel
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