Quer viver um dia de
prisioneiro? Opções de passeio não faltam. Além de visitas monitoradas a lugares
que já foram presídios famosos, é possível se hospedar em antigas prisões, hoje
transformadas em hotéis que garantem um bom conforto a seus hóspedes. Conheça
alguns desses lugares.
Cela da prisão de Alcatraz, que após fechar suas portas em
1963, reabriu como atração turística uma década mais
tarde
Alcatraz para turistasNinguém que ponha o pé em San
Francisco quer perder um passeio pelo mítico e misterioso presídio de Alcatraz,
do qual, segundo a lenda, ninguém podia escapar.
A prisão, conhecida
pela dureza de seu regime e a periculosidade de seus reclusos, fechou suas
portas em 1963. Embora se acredite que foi a fuga de um prisioneiro o motivo do
fechamento da prisão, a decisão já estava tomada um tempo antes, pois era caro
demais mantê-la aberta.
Depois de desativada, a prisão voltou a se abrir dez anos depois, desta vez
transformada em uma atração turística visitada a cada ano por milhares de
viajantes que podem contemplar como era a vida dos reclusos.
Presídio de UshuaiaEm plena Patagônia, a cerca de poucos
metros do Canal de Beagle, se ergue intacta a construção de pedra que já foi o
presídio de Ushuaia. A prisão foi construída com as mãos dos primeiros 23 presos
que depois a habitariam.
Em seu auge chegou a abrigar a 800 presidiários, mas foi fechada
prematuramente em 1947 quando se considerou que a cadeia desprestigiava a
cidade.
Conta a lenda que atrás de suas grades habitou Carlos Gardel, embora nunca
tenham sido obtidos documentos que provassem sua estadia. Hoje, qualquer um pode
visitar suas instalações, escutar histórias macabras sobre as torturas aos
reclusos mais perigosos e contemplar fotografias da época.
Grupo de visitantes no Ghost Tour de Port Arthur Historic
Site
Port Arthur, na TasmâniaOutra das prisões mais famosas
por sua crueldade foi a de Port Arthur situada na ilha australiana da Tasmânia.
O presídio foi pioneiro em incluir as torturas psicológicas, por isso que foi
construído em 1850 um prédio chamado Separate Prison, no qual os reclusos
ficavam totalmente isolados por muros de pedra.
A estética da prisão foi conservada desde então. Ao entrar nela, um guarda lê
as normas e o regulamento carcerário como era lido a cada um dos reclusos que
ali chegavam.
A visita se transforma em uma reprodução fidedigna de como viviam os
presidiários que cumpriram pena em Port Arthur e para os mais atrevidos há
visitas noturnas que percorrem os locais que, segundo contam as histórias
locais, continuam sendo habitadas pelos espíritos de presos que morreram
torturados.
The Liberty Hotel Deixando de lado a funcionalidade
primordial de uma prisão, o certo é que muitos dos prédios que foram construídos
para abrigar os presos são autênticas obras de arte arquitetônicas que foram
transformadas em hotéis de luxo com todo tipo de atenção e comodidade.
Entrada principal do Liberty Hotel
Tal é o caso do Liberty Hotel, situado em Boston, em pleno centro histórico e
com vistas para o rio. Sob a estrutura da antiga prisão construída em 1851
reluzem hoje quartos luxuosos, muito longe da "estética carcerária".
Hostel Celica, na Eslovênia
Quarto do Hostel Celica
(Eslovênia)
Para dormir em uma prisão não é preciso muito dinheiro. Em Liubliana se
encontra uma antiga prisão militar que data de 1883, a época do império
Autro-Húngaro.
Quando a Eslovênia se tornou independente da Iugoslávia em 1991, o presídio
se transformou no Hostel Celica. Desde então, suas 20 celas foram decoradas de
forma diferente e no térreo foi criada uma galeria de arte na qual são
organizadas atividades culturais.
Você encararia um desses passeios? Deixe sua opinião.
http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,EMI269208-16367,00-TODOS+PARA+A+PRISAO.html