terça-feira, 17 de março de 2015

Força Nacional chega a Natal para auxiliar na segurança de presídios
Reforço para a segurança em presídios desembarcou nesta terça-feira (17). Série de rebeliões começou na quarta-feira (11); 11 unidades já foram alvos.
17/03/2015 10h45 - Atualizado em 17/03/2015 14h43
Por Fernanda Zauli
Do G1 RN
Homens da Força Nacional chegaram a Natal em um Hércules da FAB (Foto: Georgia Câmara)Homens da Força Nacional chegaram a Natal em um Hércules da FAB (Foto: Georgia Câmara/PM)
Setenta e nove homens da Força Nacional desembarcaram em Natal na manhã desta terça-feira (17) para reforçar a segurança nas unidades prisionais potiguares, onde ocorre uma série de rebeliões desde a semana passada.
A previsão, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é que a tropa chegue a 200 militares ainda nesta terça. Há um acordo para que até 300 homens da Força Nacional atuem no Rio Grande do Norte. O pedido de reforço foi feito pelo governador Robinson Farias ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Desde a última quarta-feira (11), presos se revoltaram em onze unidades prisionais. Até o final desta manhã, duas ainda não estavam com a situação controlada: a Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, e o Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi. O Rio Grande do Norte possui atualmente 33 unidades prisionais.

Os militares da Força Nacional chegaram em um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) às 10h35. Eles seguem para o local onde ficarão alojados e, em seguida, já iniciam o trabalho nas unidades prisionais.
Além disso, dois helicópteros cedidos pelo Ministério da Justiça chegam a Natal também nesta terça.
Calamidade
O governador decretou situação de calamidade do sistema prisional do estado. A decisão considerou a destruição feita pelos rebelados de mil vagas, divididas entre Alcaçuz (450), Penitenciária Estadual de Parnamirim (250) e Cadeia Pública de Natal (300).
Com o decreto, medidas de emergência podem ser adotadas, e foi determinada a criação de uma força tarefa.
A situação das unidades prisionais levou àexoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho.
Presos do CDP de São Paulo do Potengi foram contidos e acomodados na quadra da unidade (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Presos do CDP de São Paulo do Potengi foram contidos e acomodados na quadra da unidade (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Pedidos dos presos
Detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas.
Uma TV e um ventilador em cada uma das celas, roupas e tênis para jogar bola na quadra e material de artesanato estão entre as reivindicações dos detentos do presídio estadual Rogério Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Os pedidos dos presos estão em uma carta obtida com exclusividade pelo G1.
A Secretaria de Segurança Pública afirmou, nesta segunda-feira (16), que "não vai negociar com preso".
Detentos atearam fogo dentro do Pereirão, em Caicó (Foto: Sidney Silva/G1)Detentos atearam fogo dentro do Pereirão, em Caicó (Foto: Sidney Silva/G1)
Unidades atingidas
Além do Pereirão, houve revoltas em quatro unidades na Zona Norte de Natal: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).
Também foram registradas rebeliões no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, emNísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).
Nesta terça, começou uma revolta de presos do Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, cidade da região Agreste potiguar.
Ainda hoje, um preso foi esfaqueado dentro de Alcaçuz, maior unidade prisional do RN. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi enviada ao local, mas a entrada da ambulância ainda estava sendo negociada com os detentos pela manhã.
Transferências de presos
Na manhã desta terça-feira (17), cerca de 90 presos foram transferidos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal. O destino dos detentos não foi revelado por uma questão de segurança. Ao longo do dia, presidiários de outras unidades também serão removidos.
Presos encerram rebelião em Alcaçuz no fim de tarde desta quarta (11) (Foto: Divulgação/Sejuc)Presos durante rebelião em Alcaçuz na última
quarta (Foto: Divulgação/Sejuc)
MP investiga falta de vagas
O Ministério Público do Rio Grande do Norteinstaurou inquérito civil para investigar a falta de vagas nos presídios do estado. O inquérito vai apurar medidas usadas pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão do sistema penitenciário estadual. Segundo o MP, não há unidades prisionais suficientes no estado.
De acordo com o MP, a população carcerária no RN é de, aproximadamente, 7.650 pessoas, e o Estado disponibiliza cerca de 4 mil vagas. Devido à recente série de rebeliões nos presídios, o órgão investigará as condições estruturais das unidades prisionais e a gestão do sistema penitenciário.
A "grave ineficiência funcional dos agentes públicos responsáveis pela gestão deste sistema" é citada na publicação do Diário Oficial local como um dos principais motivos para a superpopulação carcerária.
Terceiro incêndio ocorreu no terminal do Golandim, em São Gonçalo do Amarante (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)Terceiro incêndio ocorreu no terminal do Golandim
(Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)
Ataques a ônibus
A Secretaria de Segurança Pública investiga se a onda de rebeliões tem relação com a série de ataques a ônibus iniciada na tarde desta segunda na Grande Natal. Até o momento, a Polícia Militar doRio Grande do Norte registrou quatro ocorrências nos mesmos moldes.
De acordo com a PM, criminosos ordenaram que funcionários e passageiros deixassem os veículos e atearam fogo nos ônibus.

A cena se repetiu no bairro Petrópolis, na Zona Leste; no conjunto Vale Dourado, na Zona Norte; no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana; e em Parnamirim, também na Grande Natal.

Os ataques levaram as empresas de ônibus a recolher a frota de veículos mais cedo. Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, os táxis da cidade foram autorizados a realizar lotações durante a noite e madrugada para atender a população. O Sindicato dos Rodoviários do RN informou que os ônibus voltaram a circular às 5h desta terça.
Carro da PM
Um carro da Polícia Militar do Rio Grande do Norte foi incendiado na noite desta segunda-feira (16) na zona Oeste de Natal. O veículo estava dentro de uma oficina na avenida Amintas Barros, no bairro do Bom Pastor. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).
"O carro estava parado dentro da oficina porque passa por conserto. Alguém descobriu isso, entrou no local e ateou fogo nela", informou a assessoria da Sesed. Não se sabe qual o tamanho da destruição do veículo e quem ateou fogo nele.
Ônibus foi incendiado na Avenida Hermes da Fonseca, em Petrópolis (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)Ônibus foi incendiado na Avenida Hermes da Fonseca, em Petrópolis (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)

ATENÇÃO,SISTEMA PRISIONAL; ALERTA DE REBELIÕES ; ORDEM ILEGAL NÃO SE CUMPRE,O QUE DEVO FAZER ENTÃO ?????COMUNIQUE O FATO A DIREÇÃO, POR COMUNICADO , FIQUE COM UMA VIA ,USE O PAPEL, NINGUÉM QUER SEGURAR B.O !!!!!! USE O PAPEL , FALTA DE ATITUDE PARA SANAR UM B.O CHAMA OMISSÃO !!!!

SISTEMA

Minas entra em alerta contra volta de rebeliões em prisões

Nos últimos seis dias, cinco motins foram registrados; Ministério Público discute movimentos

FUGA EM VAZANTE
Vazante. Onze presos fugiram da unidade prisional de Vazante; até ontem nenhum havia sido recapturado
PUBLICADO EM 17/03/15 - 03h00

Presos do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, na região Oeste da capital, fizeram um motim durante a manhã. À tarde, foi a vez dos detentos do presídio de Jaboticatubas, na região Central. Com as ações desta segunda, somam-se ao menos seis movimentos em unidades prisionais nos últimos seis dias. O número e a concentração de ações em um curto intervalo de tempo são preocupantes, na opinião de especialistas, que alertam para o risco da volta de rebeliões em série, como era realidade do Estado em um passado não tão distante. Segundo eles, a superlotação, pano de fundo de todos os movimentos, é o principal ingrediente para as rebeliões. O Ministério Público já discute ideias para reverter o quadro.


Minas é o segundo Estado com a maior população carcerária do país. Conforme o último levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de junho de 2014, é também o segundo no Brasil em superlotação de prisões: o déficit de vagas chega a 32.354.



Apenas nos últimos quatro meses do ano passado, o déficit carcerário subiu 33%, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Em setembro, O TEMPO fez uma série de reportagens mostrando a realidade do sistema prisional e a falta de 18,8 mil vagas. Ao fim de 2014, esse número havia subido para 25 mil: a média foi de cem prisões por dia nesse período.



Dados do último dia de 2014 mostram que o Estado tinha na época 65.330 detentos – 30.349 eram presos provisórios, que ainda aguardavam julgamento. Para a promotora de Justiça Nívea Mônica Silva, não há uma diferenciação entre os presos. “O mais grave é que o preso provisório fica junto com o condenado. Não tem classificação adequada. Sobretudo, porque há muito mais pessoas presas que a capacidade de gestão do Estado. Isso acaba gerando mais insatisfação em todos os níveis”, argumenta.



Guaracy Mingardi, analista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, acredita que os motins são um primeiro passo para as rebeliões mais violentas, mais comuns em Minas Gerais entre meados dos anos 90 e o início dos anos 2000. Insatisfações rotineiras, como a falta de água, uma das reclamações dos presos do Ceresp Gameleira, são exacerbadas pelo excesso de presos, conforme explica o analista.



“Em geral, há uma série de pessoas em um espaço que cabe metade deles. Isso aumenta a tensão. Se alguém que fala mais alto consegue reclamar e planejar alguma coisa, pode gerar uma rebelião. Normalmente isso acontece porque o Estado não percebe que chegou a esse ponto”.



A falta de vagas nas prisões mineiras gera ainda outros problemas. Até o ano passado, 11 mil pessoas estavam em prisões domiciliares pela falta de vagas nos presídios. No caso dos procurados pela Justiça, de acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), até o ano passado eram 60 mil foragidos – se essas prisões fossem cumpridas, a população carcerária dobraria. 



Entenda
Motim x Rebelião. No primeiro caso, trata-se de um tipo de desobediência, revolta ou tumulto. O segundo acontece quando o grupo consegue tomar o controle da unidade prisional. Normalmente há reféns.


Últimos casos
Nesta segunda. Detentos do Ceresp Gameleira e de Jaboticatubas colocam fogo em roupas e colchões, reclamando superlotação e a falta de água. Os motins são controlados.



15.3. Presos destruíram parte da cadeia de Vazante, no Noroeste. Um agente foi ferido, e 11 detentos fugiram. A superlotação do local – que tinha 51 presos, onde cabem 20 – foi a principal motivação. Cinco detentos foram recapturados.



14.3. A suspeita de meningite no presídio Floramar, em Divinópolis, na região Central, causou a suspensão das visitas na unidade no último sábado. Os presos se revoltaram.



10.3. Um princípio de rebelião atingiu o Ceresp de Betim, na região metropolitana. Presos queimaram colchões e reclamaram de superlotação e falta de água. Após o motim, a Justiça mandou transferir 532 homens. Deputados visitaram o local nesta segunda, verificaram que a unidade tem 850 presos além da capacidade e vão encaminhar relatório à Seds.

Reforço da PM vai para a rua no fim de 2016


A região metropolitana terá reforço de 1.400 policiais a partir do fim de 2016. O comandante da PM, coronel Marco Bianchini, assinou nesta segunda a autorização para contratação do efetivo. Até dezembro de 2015, a seleção será finalizada, e os aprovados começam a academia no início do ano que vem.



O grupo faz parte dos 9.000 militares prometidos pelo governo – 3.000 deles já foram autorizados; os outros 1.600 vão para o interior. O anúncio foi na abertura do Programa Educacional de Resistência às Drogas. Anualmente, a PM promove encontros com estudantes sobre drogas. Mais de 3.000 instituições serão atendidas em 500 municípios do Estado.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Reunião dos Agentes penitenciários contratados do Norte de Minas com o Deputado Cabo Julio









Policiais civis em greve entregam armas após medida do governo no TO
Categoria está completando 20 dias de paralisação em todo o estado. Na capital foram entregues cerca de 600 armas, munições e outros objetos.
16/03/2015 14h28 - Atualizado em 16/03/2015 14h52
Do G1 TO
Armas entregues pelos policiais civis estão em poder do Estado (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Armas entregues pelos policiais civis estão em poder do Estado (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Os policiais civis em greve no Tocantinsentregaram as armas na manhã desta segunda-feira (16), em todo o estado. Somente na capital os policiais entregaram cerca de 600 armas, munições e demais objetos que são instrumentos de trabalho da categoria. A entrega aconteceu em frente à Secretaria da Segurança Pública (SSP), na praça dos Girassóis, centro da capital.
Os agentes penitenciários também fizeram a entrega das armas e de todos os outros equipamentos que são usados em operações especiais dentro da Casa de Prisão Provisária dePalmas (CPPP).
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol), todo o efetivo da polícia vai paralisar as atividades por completo e até mesmo para os serviços essenciais. "Efetuar prisão em flagrante não tem como mais, pois a ferramenta essencial da polícia civil estará retida pelo Estado", afirma o presidente do Sinpol, Moisemar Marinho.
Os policiais tiveram que entregar as armas e outros objetos por conta de uma portaria conjunta entre a Secretaria de Segurança Pública (SSP) e a Secretaria de Estado da Defesa e Proteção Social (Sedeps), assinada na última sexta-fera (13).
Medida
A portaria determina o retorno imediato ao trabalho de todos os agentes públicos que fazem parte da polícia civil em greve. Caso não ocorra o retorno fica determinado que a categoria entregue as armas num prazo máximo de 24 horas. Se as armas não forem devolvidas a consequência natural será a atuação da Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público no caso.
Policiais civis entregaram as armas após medida do governo no Tocantins (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Policiais civis entregaram as armas após medida
do governo (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Entenda o caso
Em greve desde o dia 25 de fevereiro, os policiais cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. A medida foi regulamentada em abril de 2014, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro através de decretos publicados no Diário Oficial do Estado (DOE). Em todo o Tocantins, de acordo com o Sinpol-TO, são aproximadamente 1,6 mil policiais em greve.
O secretário estadual de Administração do Tocantins, Jeferson Barros, anunciou na última terça-feira (10) que os dias não trabalhados dos policiais civis que continuarem em greve serão descontados na folha de pagamento.
A medida do governo foi tomada após uma decisão judicial da desembargadora Maysa Vendramini que considerou a greve ilegal e determinou a volta dos policiais ao trabalho num prazo de seis horas. O sindicato dos policiais foi notificado da decisão, mas mesmo assim a categoria decidiu continuar com a greve e informou que vai recorrer da decisão

Detentos agridem agente penitenciário e fogem da cadeia de Vazante (MG)

Cinco foram recapturados e outros seis permanecem foragidos
Thaís Mota, do R7
Onze presos fugiram da cadeia de VazanteRadio Montanheza/Reprodução
Onze presidiários que cumprem pena na cadeia pública de Vazante, na região noroeste de Minas Gerais, conseguiram fugir na manhã de domingo (15). Até a manhã desta segunda-feira (16), cinco já haviam sido recapturados e outros seis permaneciam foragidos.  
De acordo com a Polícia Civil, os detentos teriam serrado as grades da cela e, no momento em que um agente penitenciário servia o café aos presos, eles o agrediram com barras de ferro e conseguiram fugir.  
Ainda conforme a PC, quatro dos fugitivos foram recapturados pela PM (Polícia Militar) imediatamente após a fuga e um deles foi localizado algum tempo depois e foi levado de volta à cadeia.   
Após o fato, a Suapi (Subsecretaria de Administração Prisional), órgão ligado à Seds (Secretaria de Estado de Defesa Civil), interviu e está providenciando a transferência de alguns presos. No entanto, o órgão não vai informar quantos estão sendo transferidos e para quais presídios serão levados.  
Além da agressão ao agente penitenciário, que foi socorrido ao Hospital Municipal de Vazante e não corre risco de morte, os detentos ainda destruíram parte do setor administrativo da cadeia.  
Recentemente, uma rebelião realizada no mesmo estabelecimento prisional motivou uma varredura nas celas. Na ocasião, a Polícia Civil apreendeu serras e aparelhos de celular.

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