Apesar de pequena trégua, Santa Catarina já soma cem ataques violentos.
A Secretaria de Segurança informou que 75 pessoas já foram presas desde o início da crise. No período, dois suspeitos foram mortos em confrontos com a polícia e um agente prisional foi assassinado – crime ainda não solucionado.
A Secretaria da Justiça, responsável pelos presídios, informou que nas duas ondas de violência similares, ocorridas em 2012 e 2103, de autoria confirmada do PGC, a motivação era a busca de regalias nas cadeias. Desta vez, os ataques estariam ocorrendo porque os criminosos queriam o fim do combate ao narcotráfico nas ruas, que é a fonte de renda da organização.
Histórico
O PGC orquestrou as duas ondas incendiárias notáveis vividas pelo Estado em novembro de 2012 (58 ataques, 27 ônibus incendiados em 16 cidades) e janeiro/fevereiro de 2013 (111 ataques em 36 cidades, com 45 ônibus queimados).
A violência acabou depois que a Força Nacional de Segurança ocupou os presídios, isolou os líderes e transferiu 40 deles para cadeias fora de Santa Catarina. Cerca de 120 pessoas foram presas e acusadas pelos crimes.
Em maio, 83 pessoas foram condenadas pelos ataques a penas que, somadas, chegam a mil anos.