Confusão aconteceu na noite desta quinta-feira (13), em Vila Velha.
Agente penitenciário escoltava preso de alta periculosidade.
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O agente penitenciário Esdra Endlich disse, nesta sexta-feira (14), que efetuou dois disparos para acertar os pneus do carro da Guarda de Trânsito de Vila Velha, após ter avisado na primeira abordagem dos guardas que estava escoltando um preso de alta periculosidade do Pronto-Atendimento da Glória ao Centro de Triagem de Viana (CTV), por isso não poderia parar.
Uma confusão envolvendo guardas de trânsito de Vila Velha e agentes da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) acabou em tiros na noite desta quinta-feira (13), na Avenida Carlos Lindenberg, em Vila Velha, na Grande Vitória. Testemunhas contaram que dois tiros foram disparados a poucos metros do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e ninguém ficou ferido.
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O agente afirma que estava com o sinalizador luminoso ligado, quando avançou o sinal vermelho em um local sem trânsito, em velocidade próxima a 70 km/h. Segundo Esdra, o carro da guarda de trânsito perseguiu o carro da Sejus duas vezes. "Na primeira, os guardas pediram para a gente encostar e mostrar os documentos. Argumentei que estava com um preso de alta periculosidade e que não poderia parar. Comuniquei o Ciodes. Fecharam a viatura e eu avisei que essa atitude poderia ser considerada ameaça, com risco de resgate de preso. Pouco depois, outra viatura deles bloqueou nosso carro. Nesse momento efetuei dois disparos para acertar os pneus do carro deles e prossegui. Utilizei uma carabina 556, uma arma mais precisa. Agi dentro da legalidade, do modo como fui treinado, para evitar o risco de resgate do preso", conta.
O secretário de Estado de Justiça, Sérgio Alves Pereira, confirmou que os agentes faziam o transporte de um preso do Centro de Triagem de Viana que passou mal e estava sendo levado para o Pronto Atendimento (PA) da Glória, em Vila Velha. Segundo o secretário, o veículo que foi utilizado era de grande porte, modelo Transit, devidamente sinalizado e com sinais luminosos e sonoros. "Quando se trata de veículo e serviço de escolta, é necessário a utilização tanto de armas portáteis quanto de grosso calibre. Esse armamento é em decorrência dos riscos", explica.
O secretário afirmou que os agentes se portaram de acordo com as orientações da Sejus e que "qualquer medida só será adotada após análise conclusiva dos fatos". Segundo o secretário, um inquérito policial deve ser determinado pelo delegado de polícia, que pode pedir a perícia da arma.