Presídios do Ceará registram rebeliões, morte de presos e fuga
Pelo menos cinco detentos morreram, segundo Sejus. Caos no sistema penitenciário se agravou com a greve dos agentes.
23/05/2016 08h45 - Atualizado em 23/05/2016 11h08
Rebeliões, morte de presos, corpos carbonizados, pavilhões destruídos. O fim de semana nos presídios do Ceará foi de violência, depois que os agentes penitenciários do estado iniciaram uma greve, no sábado (21). As visitas aos detentos foram suspensas, e familiares bloquearam a BR-116 por diversas vezes também no domingo (22). A Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus) confirma quepelo menos cinco presos morreram, em decorrência de conflitos entre os próprios detentos.
Na manhã desta segunda-feira (23), um túnel foi encontrado na Unidade Prisional CPPL I, em Itaitinga, e o Batalhão de Choque confirmou a fuga de detentos durante a madrugada. Nesta manhã, é feito um levantamento para contar quantos detentos fugiram.
O caos no sistema penitenciário se agravou no sábado (21), quando agentes penitenciários iniciaram uma greve. Presos se rebelaram em cinco unidades prisionais da Região Metropolitana. Houve quebra-quebra, pneus e cadeiras queimadas.
Na manhã desta segunda-feira (23), um túnel foi encontrado na Unidade Prisional CPPL I, em Itaitinga, e o Batalhão de Choque confirmou a fuga de detentos durante a madrugada. Nesta manhã, é feito um levantamento para contar quantos detentos fugiram.
O caos no sistema penitenciário se agravou no sábado (21), quando agentes penitenciários iniciaram uma greve. Presos se rebelaram em cinco unidades prisionais da Região Metropolitana. Houve quebra-quebra, pneus e cadeiras queimadas.
Como as visitas nas penitenciárias foram suspensas, mulheres de detentos realizaram protestos. Pneus foram queimados e foram registrados bloqueios na rodovia BR-116, que dá acesso ao complexo prisional de Itaitinga, a 32 km de Fortaleza, no sábado e no domingo. Do lado de fora do complexo, familiares buscavam informações e narraram barulho de tiro e fumaça vindo dos presídios, o que agravava a tensão.
Dois detentos foram mortos no sábado (21) em uma das quatro unidades de Itaitinga. Outros três foram mortos no domingo (22) na unidade de Caucaia.
Dois detentos foram mortos no sábado (21) em uma das quatro unidades de Itaitinga. Outros três foram mortos no domingo (22) na unidade de Caucaia.
Menos de 24 horas depois de iniciada a greve, os agentes penitenciários encerraram a paralisação após um acordo com o Governo do Estado. A categoria aceitou a proposta de reajuste na Gratificação por Atividades e Riscos (Gaer), que era de 60%, para 100%. O reajuste será pago de forma escalonada até novembro de 2018.
A Sejus afirma que ainda vai calcular os prejuízos causados pelas rebeliões, mas classificou a situação como "um dano irreparável ao estado". O secretário Hélio Leitão informou que uma operação é realizada para apurar os fatos. Em coletiva na noite do sábado, disse que os agentes em greve impediram o acesso da Polícia Militar aos presídios, criando uma "situação delicada", e que os agentes impediram as visitas do fim de semana. "Isso gerou indignação e aconteceram rebeliões", avaliou.
A Sejus avaliou que rebeliões de "porte importante" aconteceram na CPPL I, II, II e IV, e no presídio feminino foi de "pequena monta". Não há previsão de que os presos sejam transferidos para outras unidades.
O Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) foi enviado aos locais para avaliar os prejuízos e os danos ao patrimônio nas unidades prisionais. Conforme a Sejus, o departamento irá contabilizar os estragos nestas unidades para que em seguida sejam iniciados os reparos.
O vice-presidente do Conselho Penitenciário do Ceará, Cláudio Justa, avaliou que a situação do sistema prisional do estado era de uma "bomba relógio" e critica que a administração estadual, mesmo sabendo da gravidade do contexto, "negligenciou a situação".
O procurador-geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, determinou a instauração de procedimento investigatório para apurar autoria e responsabilidades dos crimes de homicídio e danos ao patrimônio públicono sistema penitenciário do Ceará.
A Sejus afirma que ainda vai calcular os prejuízos causados pelas rebeliões, mas classificou a situação como "um dano irreparável ao estado". O secretário Hélio Leitão informou que uma operação é realizada para apurar os fatos. Em coletiva na noite do sábado, disse que os agentes em greve impediram o acesso da Polícia Militar aos presídios, criando uma "situação delicada", e que os agentes impediram as visitas do fim de semana. "Isso gerou indignação e aconteceram rebeliões", avaliou.
A Sejus avaliou que rebeliões de "porte importante" aconteceram na CPPL I, II, II e IV, e no presídio feminino foi de "pequena monta". Não há previsão de que os presos sejam transferidos para outras unidades.
O Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE) foi enviado aos locais para avaliar os prejuízos e os danos ao patrimônio nas unidades prisionais. Conforme a Sejus, o departamento irá contabilizar os estragos nestas unidades para que em seguida sejam iniciados os reparos.
O vice-presidente do Conselho Penitenciário do Ceará, Cláudio Justa, avaliou que a situação do sistema prisional do estado era de uma "bomba relógio" e critica que a administração estadual, mesmo sabendo da gravidade do contexto, "negligenciou a situação".
O procurador-geral de Justiça, Plácido Barroso Rios, determinou a instauração de procedimento investigatório para apurar autoria e responsabilidades dos crimes de homicídio e danos ao patrimônio públicono sistema penitenciário do Ceará.
Presos incendiaram colchões da CPPL, em Itaitinga (Foto: Arquivo Pessoal)