Atualizado em 25/02/2016 06:53
Reforma administrativa elimina sete órgãos do governo de Minas
Editoria de Arte
O governador Fernando Pimentel (PT) pretende extinguir a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e outras seis unidades da administração estadual. Criará uma secretaria, a de Administração Prisional, e fundirá dois outros órgãos. Essa é a síntese da reforma administrativa que deve ser enviada nos próximos dias à Assembleia Legislativa com o intuito de economizar R$ 1 bilhão ao ano.
Conforme informações obtidas com exclusividade pelo Hoje em Dia, a ideia do governador é acabar com duas pastas. Além do Desenvolvimento Econômico, será extinta a Secretaria-Geral da Governadoria, cujo titular é Eduardo Serrano.
No Desenvolvimento, ocupa o cargo Altamir Rôso, indicado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg). A pasta tem por objetivo promover ações que resultem na atração de empreendimentos ao Estado. A função será compartilhada com outras secretarias e unidades do governo, como a de Obras Públicas e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig).
Fundações
No campo das fundações, serão extintas a Ruralminas e a Hidroex. Essa última estava sob o guarda-chuva da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, mas foi alvo de críticas por parte do atual governo. Foi criada em 2009, ao custo de R$ 200 milhões, para promover o desenvolvimento de tecnologia e pesquisa em águas. Mas abriga um grande centro, a Cidade das Águas, de 1 milhão de m², no Triângulo Mineiro, que, segundo governistas, está ocioso e inacabado. O complexo pode abrigar unidades de ensino.
Também será extinta a Fundação Helena Antipoff bem como o Instituto de Geoinformação e Tecnologia (IGTEC), e o escritório de representação em Brasília, que já havia perdido, no ano passado, o status de secretaria.
Sob o comando da Secretaria de Obras, o Departamento de Obras Públicas (Deop) e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) serão fundidos.
Fazenda
Outra alteração afetará as secretarias da Fazenda e do Planejamento. A folha de pagamentos não será mais administrada pelo Planejamento, que tem como titular Helvécio Magalhães. Caberá à Fazenda, comandada por José Afonso Bicalho, cuidar das questões salariais do governo.
Esta será a segunda reforma administrativa promovida por Pimentel desde que assumiu a gestão do Estado. Na primeira, criou quatro pastas e retirou o status de primeiro escalão de outras três. Agora, a expectativa é de que sejam extintos cargos comissionados.