TUMULTO
Presos queimam colchões para reclamar de superlotação no Ceresp Betim
Detentos reclamam da quantidade de presos na unidade, acima da capacidade do presídio; Seds afirma que situação foi controlada
PUBLICADO EM 10/03/15 - 16h24
Os detentos do Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, queimaram colchões e ameaçaram quebrar as grades das celas na tarde desta terça-feira (10), como forma de protesto contra a superlotação e as condições precárias da unidade. Eles querem que o diretor da unidade os receba para uma reunião. O local, que tem capacidade para 404 pessoas, atualmente abriga 1.350.
“O movimento começou ontem (nessa segunda) à noite. Colocamos fogo nos colchões porque o diretor do presídio não nos dá atenção”, disse um preso que conversou com a a reportagem de O TEMPO. Segundo ele, até as 14h30, os detentos estavam sem café da manhã e sem almoço.
“Cada cela tem capacidade para seis presos. Hoje, somos em 21. Temos três minutos de água de manhã e dez à noite. Não dá tempo nem para tomar banho nem lavar roupa. E os presos só tem uma muda de roupa, uma camisa e uma bermuda. Quando não seca, ficam pelados. Não temos água. O cheiro é muito ruim, o vaso fica cheio de fezes porque não tem água. Não dá para viver assim”, disse o detento.
Segundo o preso, a disponibilidade de água para os presos já era restrita antes do racionamento. O problema da superlotação, segundo ele, piorou depois que a unidade foi transformada em centro de remanejamento.
“Há seis camas em cada cela, que cabem dois presos em cada. O restante dorme no chão. Não dá para viver assim”, denuncia.
Resposta
Segundo a Seds, agentes de segurança do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Betim, controlaram o fogo colocado em pedaços de colchão e atirados ao pátio da unidade na tarde desta terça-feira.
“A situação teve início por volta das 13h30 e foi resolvida aproximadamente em 30 minutos. O Comando de Operações Especiais (Cope) da Subsecretaria de Administração Prisional foi acionado para realizar buscas nas celas”, diz a nota.
Ainda segundo a Seds, a direção da unidade irá instaurar um Procedimento Interno para apurar o ocorrido.
“A situação teve início por volta das 13h30 e foi resolvida aproximadamente em 30 minutos. O Comando de Operações Especiais (Cope) da Subsecretaria de Administração Prisional foi acionado para realizar buscas nas celas”, diz a nota.
Ainda segundo a Seds, a direção da unidade irá instaurar um Procedimento Interno para apurar o ocorrido.
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