Tensão toma conta de penitenciárias de MS
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Vistoria foi realizada na manhã desta segunda-feira (23)
Foto: Arquivo / Capital News
Foto: Arquivo / Capital News
Pânico e terror. Esta é a atual sensação dos agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul.Após a morte do agente Carlos Augusto Queiroz de Mendonça, 44 anos, a tensão dentro das penitenciárias aumentou em todo o estado, e os presos têm ameaçado uma rebelião em massa. Na manhã desta segunda-feira (23), a tropa de choque da polícia militar fez uma varredura na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Foram apreendidos celulares, carregadores, drogas, entre outras coisas.
A informação é de que tenham sido apreendidos 79 celulares (56 jogados no pátio do presídio o restante dentro das celas), 60 chips, 55 carregadores, quatro cabos USB, dois cartões de memória, quatro fones de ouvido, uma balança de precisão, 121 gramas de cocaína, 294 gramas de pasta base, 1, 360 quilos de maconha e ainda 640 gramas de drogas não identificadas.
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Segundo uma fonte de dentro da penitenciária, que não quis se identificar, houve revolta dos presos e a tropa de choque teve de usar bombas de efeito moral para conter os detentos.
Neste domingo (22), familiares de detentos saíram da unidade chorando e denunciaram que alguns presos estavam armados e ameaçando uma rebelião, porém durante a ação da tropa de choque, não foram encontradas armas.
Início da revolta
A primeira ameaça de revolta de presos ocorreu no dia 7 de janeiro na penitenciaria de Segurança Média de Três Lagoas. Fontes da penitenciária, confirmaram que a revolta dos presos era com relação à presença de cerca de 50 internos que respondem por crimes de estupro no complexo.
A primeira ameaça de revolta de presos ocorreu no dia 7 de janeiro na penitenciaria de Segurança Média de Três Lagoas. Fontes da penitenciária, confirmaram que a revolta dos presos era com relação à presença de cerca de 50 internos que respondem por crimes de estupro no complexo.
Na época, a assessoria da Agência do Sistema Penitenciário de MS (Agepen), informou que não houve nenhum “quebra-quebra”, e que o que havia na realidade era uma movimentação por parte de alguns internos que solicitavam a retirada de detentos que estavam no local por terem cometido crimes sexuais. Os presos deram o prazo de 16h para a transferências dos colegas, a solicitação foi acatada e eles foram encaminhados para diferentes unidades do estado.
No dia 11 de janeiro, internos da penitenciária de Segurança Máxima de Dourados teriam ameaçado se rebelar caso presos transferidos do Presídio de Segurança Média de Três Lagoas permanecessem no local.
Já no dia 17 e 18 de janeiro agentes penitenciários, desconfiaram de uma possível rebelião e um ‘pente fino’ com o apoio da Polícia Militar, foi realizado no raio II, e várias armas artesanais foram encontradas nas celas.
No dia 19 de janeiro funcionários da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul) de Campo Grande visitaram as instalações da máxima. Sobre a visita a assessoria de imprensa informou que, servidores estiveram no presídio apenas para catalogar as armas apreendidas durante a ação.
Pedido de socorro
Mais de 150 agentes penitenciários participaram de uma manifestação realizada no dia 12 de fevereiro, em frente ao prédio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). A manifestação ocorreu logo após o sepultamento do agente Carlos Augusto Queiróz de Mendonça, de 44 anos, morto a tiros em Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, na manhã de 11 de fevereiro. Os servidores exigiram melhores condições de trabalho e ampliação do efetivo carcerário.
Mais de 150 agentes penitenciários participaram de uma manifestação realizada no dia 12 de fevereiro, em frente ao prédio da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen). A manifestação ocorreu logo após o sepultamento do agente Carlos Augusto Queiróz de Mendonça, de 44 anos, morto a tiros em Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, na manhã de 11 de fevereiro. Os servidores exigiram melhores condições de trabalho e ampliação do efetivo carcerário.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap), André Luiz Santiago, as principais reivindicações são com relação às condições de trabalho, melhorias na estrutura física das unidades e principalmente aumento do efetivo. “É um absurdo termos que trabalhar com um efetivo tão baixo, sem qualquer tipo de segurança, estamos correndo risco sim, todos nós estamos”, disse o presidente com relação a função de agente penitenciário.
Fonte: Luana Rodrigues - Capital News
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