Leonardo Morais/Hoje em Dia
presidio de governador valadares
Cela ficou parcialmente destruída após ser incendiada

Pelo menos seis presos da cadeia pública de Governador Valadares, no Leste do Estado, sofreram queimaduras depois que um colega de cela ateou fogo no próprio colchão, na manhã desta quarta-feira (25). As chamas se alastraram no compartimento, ferindo outros detentos.
Os presos são da cela 8, bloco B, e foram socorridos por agentes penitenciários. O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foram acionados e chegaram junto com vários parentes dos presidiários, que se aglomeraram na portaria na unidade prisional em busca de notícias.
Segundo uma dona de casa, que há oito meses acompanha o marido na prisão, as celas estão superlotadas, falta ventilação, a água é quente e a comida servida é de má qualidade e quase sempre estragada.
Os presos, segundo uma outra mulher que buscava informações do irmão, também pedem revisão dos processos e de transferência. "São tratados como bichos e fizeram isso para chamar atenção das autoridades", diz. Ela acredita que o número de feridos é maior que o anunciado pelos agentes.
Por meio de nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que a confusão começou por volta das 9 horas após alguns detentos colocarem fogo nos colchões. Seis presos tiveram queimaduras e, destes, dois foram encaminhados para o Pronto-Socorro da cidade para atendimento.
"A direção-geral do Presídio acionou a Policia Militar para lavrar o Boletim de Ocorrência e as investigações ficarão a cargo da Polícia Civil. A unidade também instaurou um Procedimento Interno para apurar as circunstâncias do ocorrido e avaliar possíveis danos ao patrimônio", informou a Suapi. 
Superlotação
Um agente penitenciário inforomou que a cadeia, com capacidade para 240 detentos, estaria hoje com 900. "Ainda não explodiram tudo porque tentamos amenizar os problemas que enfrentam permitindo um telefonema para a familia e tratando bem", diz