São Paulo
Greve de agentes penitenciários afeta 60 presídios em SP
Categoria conta com 30.000 agentes. Metade já aderiu a greve, que afeta todo o Estado de São Paulo
Penitenciária Presidente Venceslau, um dos 158 presídios do Estado de São Paulo (Alex Silva/AE)
Agentes penitenciários paulistas entraram em greve na manhã desta segunda-feira. A paralização já afeta sessenta dos 158 presídios do Estado de São Paulo. Ao menos 15.000 profissionais aderiram à greve até o momento. "É metade da categoria, que tem 30.000 agentes", afirma Daniel Grandolfo, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo (Sindasp), que tem sede em Presidente Prudente e 7.000 associados.
Ele prevê a adesão total nas próximas horas. "Começou (a greve) com 20 presídios, nós esperamos a adesão em todas as unidades", explica, observando que a greve cresce também na capital. As principais reivindicações são reajuste salarial de 20% e mudanças nas promoções. "Até agora, o governo do Estado não ofereceu nenhum reajuste. Nós queremos também a redução de classes. Existem oito níveis de promoção, o agente precisa trabalhar 35 anos para chegar ao nível oito e isso é humanamente impossível. A nossa proposta é reduzir de oito para seis níveis, o que pode ser alcançado com 25 anos de serviço", conta o sindicalista.
Apesar da paralização, Grandolfo afirma que os agentes não deixarão de atender os presos. "Serviços essenciais serão mantidos, os detentos terão atendimento médico, alimentação e banho de sol. Alvará de soltura também será cumprido”. O presidente do sindicato está percorrendo presídios no Oeste paulista, onde estão localizadas 23 unidades prisionais.
Superlotação - Todos os 158 presídios do Estado comportam mais presos que a capacidade total, segundo o presidente do Sindasp. "A capacidade dos 158 é para 118 mil presos e, atualmente, estão com 210.000”.
A greve será discutida nesta terça-feira em uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
(Com Estadão Conteúdo)
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