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Doze presos serão autuados em flagrante após a rebelião na Penitenciária Agro-industrial São João (PAISJ), em Itamaracá, Grande Recife, que deixou dois detentos mortos e oito feridos. Eles serão levados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Imbiribeira, Zona Sul da capital, e posteriormente encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana. Eles devem responder por dano ao patrimônio e tentativa de homicídio, informou o secretário-executivo de Ressocialização, coronel Romero Ribeiro.
Em visita à unidade na tarde desta quinta (13), ele comentou que o tumulto foi provocado por internos do pavilhão G. Os detentos se rebelaram no início da manhã desta quarta, reivindicando a substituição da direção da penitenciária e reclamando da qualidade da comida e do uso de tornozeleiras eletrônicas. Atualmente, a unidade de regime semiaberto abriga 1.870 presos, mas só tem capacidade para 650.
“Neste tumulto, que foi em apenas um pavilhão, tivemos dois mortos e oito feridos, dos quais cinco já retornaram [ao presídio]. Conseguimos identificar 12 líderes de grupos que causaram o tumulto e eles vão ser encaminhados ao DHPP. Como foram autuados em flagrante, esses detentos vão para o Cotel. Vamos abrir uma sindicância na Secretaria e o inquérito vai indicar como os óbitos aconteceram”, disse o coronel Romero Ribeiro. Internos denunciaram que os dois mortos foram vítimas de tiros efetuados pela Polícia Militar.
Questionado sobre a saída do diretor, o secretário-executivo de Ressocialização disse que o planejamento da unidade será reavaliado. “Estamos reavaliando todos os procedimentos, mas a rotina deve continuar, até porque essa unidade não tem problemas há muitos anos. É uma unidade tida como tranquila aqui em Pernambuco. Uma coisa é certeza: vamos ter mais agentes penitenciários aqui, vamos ter mais segurança. Atualmente, cerca de 40 pessoas trabalham aqui. É importante dizer que foram os próprios agentes que controlaram a situação, com o Batalhão de Choque participando para auxiliar na revista, que foi muito minuciosa. Foram encontrados celulares", explicou.
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Sobre a superlotação da penitenciária, que abriga quase três vezes mais presos do que comporta, Ribeiro limitou-se a dizer que, devido ao regime semiaberto, internos deixam a unidade de segunda a sexta para atividades externas. “É importante dizer que essa é uma unidade de regime semiaberto, com cerca de 500 trabalhando diariamente, então nem sempre esses 1.870 estão aqui." O coronel acrescentou que as visitas conjugais, que ocorrem aos sábados, e as familiares, aos domingos, estão mantidas.
Tiros, bombas e fumaça
A confusão começou por volta das 7h30 e só foi controlada perto das 11h, após a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque). Internos subiram no telhado da unidade e exibiram armas artesanais, pedaços de paus e faixas pedindo a saída do diretor. Durante o tumulto, foi possível ouvir barulho de tiros e bombas e ver fumaça em um dos pavilhões.
Tiros, bombas e fumaça
A confusão começou por volta das 7h30 e só foi controlada perto das 11h, após a chegada do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque). Internos subiram no telhado da unidade e exibiram armas artesanais, pedaços de paus e faixas pedindo a saída do diretor. Durante o tumulto, foi possível ouvir barulho de tiros e bombas e ver fumaça em um dos pavilhões.
Os feridos foram socorridos e levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Igarassu e o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, ambos no Grande Recife. Cinco receberam alta médica. Por questão de segurança, a Seres preferiu não informar o estado de saúde nem os nomes dos três feridos que continuam em atendimento. Os dois presos mortos – Valmir Antônio da Silva e Dinavan Oliveira da Silva - foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, área central da capital.
Familiares fazem passeata
Cerca de 60 parentes de presidiários se reuniram em frente ao presídio nesta quarta. A maioria – mulheres e mães dos detentos – também pediu a saída do atual diretor da unidade. "Desde a entrada de Ricardo [Luiz Pereira] somos tratadas como se fôssemos animais, com os agentes maltratando a gente nos dias de visita. Não nos deixam mais trazer feira, meu filho tem que comer a comida horrível que eles servem aí", disse Maria Helena Souza, mãe de um dos presos.
Os familiares fizeram uma passeata em frente ao presídio, gritando "fora diretor". Quando uma viatura da Seres chegou ao local, eles fizeram uma barreira e impediram a passagem do veículo. No entanto, resolveram liberar após perceber que havia assistentes sociais no carro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados do Sistema Penitenciário de Pernambuco, Nivaldo de Oliveira Júnior, o atual diretor está apenas sendo mais rigoroso. "Antes a situação aqui era mais leniente, aí as famílias e os presos se acostumaram. Agora não, o diretor Ricardo é mais rígido, por isso estão estranhando, pois não estão acostumados com o que deve ser".
Cerca de 60 parentes de presidiários se reuniram em frente ao presídio nesta quarta. A maioria – mulheres e mães dos detentos – também pediu a saída do atual diretor da unidade. "Desde a entrada de Ricardo [Luiz Pereira] somos tratadas como se fôssemos animais, com os agentes maltratando a gente nos dias de visita. Não nos deixam mais trazer feira, meu filho tem que comer a comida horrível que eles servem aí", disse Maria Helena Souza, mãe de um dos presos.
Os familiares fizeram uma passeata em frente ao presídio, gritando "fora diretor". Quando uma viatura da Seres chegou ao local, eles fizeram uma barreira e impediram a passagem do veículo. No entanto, resolveram liberar após perceber que havia assistentes sociais no carro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados do Sistema Penitenciário de Pernambuco, Nivaldo de Oliveira Júnior, o atual diretor está apenas sendo mais rigoroso. "Antes a situação aqui era mais leniente, aí as famílias e os presos se acostumaram. Agora não, o diretor Ricardo é mais rígido, por isso estão estranhando, pois não estão acostumados com o que deve ser".
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