sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

"BANG-BANG" NO MEIO DA RUA "Tende a piorar", diz policial civil sobre briga com militares Para Sindipol, não há "clima" para convivência; associação de PMs diz que confusão foi ‘vexame’ e defende integração Publicado no Super Notícia em 04/02/2011 Avalie esta notícia » DOUGLAS COUTO falesuper@supernoticia.com.br A A FOTO: MAGALI SIMONE - 2.2.2011 Moradores ficaram assustados com a confusão MAGALI SIMONE - 2.2.2011 Moradores ficaram assustados com a confusão O confronto entre as polícias Militar e Civil ocorrido anteontem após uma operação em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, repercutiu ontem no Estado. Para o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol), a confusão seria o estopim de uma rixa antiga, uma crise anunciada. "E daqui para frente, tende a piorar. Não há o menor clima para as duas corporações conviverem juntas. É rezar para nada de pior acontecer", disse o vice-presidente do Sindpol, Antônio Marcos Pereira. Anteontem, cerca de 150 policiais, alguns armados, envolveram-se na confusão cercada de xingamentos e armas apontadas uns contra os outros. Segundo Pereira, os militares tentam "passar o rolo compressor" sobre os civis. "Não aceitamos mais ser ultrajados. Apesar de eles terem 50 mil homens, nós somos dez mil com vergonha na cara e coragem de defender a nossa dignidade", disse Pereira. Apesar de admitir que esse tipo de conflito aumenta a sensação de insegurança da população, o sindicalista culpou o Estado pelo clima de tensão. O governo daria, segundo o Sindipol, tratamento diferenciado às polícias. Do outro lado, a Associação Praças da Polícia Militar (Aspra) classificou de "vexame público" todo conflito ocorrido anteontem e culpou os agentes da civil por terem iniciado a briga. "São posturas de policiais que não respondem pela maioria, mas, infelizmente, demonstram total despreparo", disse o presidente da Aspra, Luiz Gonzaga Ribeiro, que promete encaminhar ao governo um manifesto de indignação solicitando uma ação enérgica no Estado. Apesar da confusão, a Aspra defendeu a integração das polícias, modelo que vem sendo implantado há 13 anos. "Esse processo requer um amadurecimento, mas posso afirmar que a resistência maior é da Civil, que acha que estaria perdendo autonomia", disse. FOTO: alisson gontijo Sete integrantes foram apresentados ontem alisson gontijo Sete integrantes foram apresentados ontem Quadrilha pega quando confusão começou é apresentada A quadrilha que manteve reféns um gerente de banco e sua mulher e obrigou o funcionário a sacar R$ 250 mil de um banco em Contagem, na região metropolitana da capital, foi apresentada ontem. Durante a prisão de cinco dos sete integrantes do grupo, na tarde de anteontem, houve a confusão generalizada entre policiais civil e militares. De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha que sequestrou o gerente tem oito integrantes e um deles, conhecido como Paulista, seria o líder do grupo e continua foragido. Com os suspeitos, foram apreendidos três revólveres calibre 38, R$ 95 mil em dinheiro, quatro celulares, três veículos – uma Strada, um Santana Quantum e um Astra –, além do carro do gerente do banco. A polícia negou a informação de que Paulista teria conseguido fugir quando os outros suspeitos foram presos. (Jaqueline Araújo)

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