sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Detentos da Nelson Hungria teriam feito sete reféns em rebelião


A rebelião na Nelson Hungria completou 30 horas. Os detentos afirmam que cinco presos seriam informantes da direção da unidade e foram mantidos reféns.

Detentos chegam a acordo e encerram rebelião na Nelson Hungria

Professora e agente mantidos reféns foram liberados após 31 horas
Enzo Menezes, do R7 MG | 22/02/2013 às 15h50

Após 31 horas, termina rebelião na Penitenciária Nelson Hungria


Os dois reféns foram libertados pouco depois das 16h.

A rebelião, no pavilhão 1, começou às 9h desta quinta-feira.

Pedro CunhaDo G1 MG
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Terminou às 16h desta sexta-feira (22) a rebelião que envolveu 90 presos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As duas pessoas que eram mantidas reféns desde as 9h desta quinta-feira (21) deixaram o presídio poucos minutos depois das 16h. A professora e o agente penitenciário passam por atendimento médico. Os presos aceitaram o acordo proposto por um gabinete de crise, com autoridades policiais e do governo, em uma reunião que foi realizada na tarde desta sexta.
Detentos passam por revista após fim da rebelião na Penitenciária Nelson Hungria em Contagem (Foto: Reprodução/TV Globo)Detentos passam por revista após fim da rebelião na Penitenciária Nelson Hungria em Contagem (Foto: Reprodução/TV Globo)
De acordo com a Secretaria de Defesa Social, um dos itens do acordo foi a garantia da integridade física dos rebelados. A secretaria ainda informou que o diretor da penitenciária não será afastado. Esta era uma das exigências da rebelião. Apesar de não ter sido atendida, a Corregedoria garantiu que vai apurar as denúncias de espancamento feita pelos detentos que participaram do motim.
O comitê ainda acordou que nenhum dos rebelados será transferido da unidade. Outro pronto de reivindicação dos detentos, que era sobre a visita de mulheres grávidas foi atendido. Agora, elas voltam a fazer a visita convencional, sem a presença de um agente penitenciário. Antes da rebelião, como as grávidas não podem ser submetidas ao raio-x na revista, elas eram direcionadas a uma sala reservada, e a visita acontecia na presença de um agente.
Segundo a secretaria, os 103 presos do pavilhão 1 estão sendo levados para outros pavilhões para que os danos causados ao prédio 1 sejam reparados. A visita para os presos está mantida normalmente para este fim de semana.
Os 103 presos que estão no pavilhão 1, onde aconteceu a rebelião, ficaram sem luz e sem o fornecimento de alimentos desde esta quinta-feira (21), quando começou o motim, inclusive os dois reféns. O Complexo Penitenciário Nelson Hungira tem capacidade para 1.664 presos, e abriga, atualmente, 1.970, segundo a Suapi. A rebelião foi liderada por Daniel Cipriano, de 29 anos. Ele tem seis condenações, sendo cinco por roubo e uma por homicídio, e cumpre pena na unidade desde agosto de 2011.
Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, acabou por volta das 16h (Foto: Reprodução/TV Globo)Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, acabou por volta das 16h (Foto: Reprodução/TV Globo)
Integrigade física
As negociações foram retomadas por volta das 10h desta sexta-feira (22). Na chegada, o coronel Antônio Carvalho, do comando do policiamento especializado da Polícia Militar, disse que a integridade dos reféns está preservada. Ele afirmou que nenhuma medida precipitada pode ser tomada se isso colocar em risco a segurança das pessoas mantidas em cárcere pelos detentos. "Estamos focados na integridade física das pessoas que estão lá dentro",  disse.
Neste segundo dia de rebelião, houve sinal de fumaça dentro do pavilhão 1 durante a manhã. Na porta do presídio, um advogado informou que cinco detentos que são a favor da direção atual do presídio também teriam sido tomados como reféns, mas a informação não foi confirmada pela polícia.
No fim da manhã desta sexta-feira (22), integrantes de um gabinete de crise criado para negociar o fim da rebelião informaram que os presos rebelados descumpriram um primeiro acordo de libertação dos dois reféns.
De acordo com as autoridades policiais e do governo, uma ata atesta a negociação, que foi feita nesta quinta-feira (21). O gabinete concordou em atender quatro reivindicações do presos, segundo o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira: visita convencional para grávidas, sem presença de agente penitenciário; tratamento aos detentos pelos nomes; revisão de penas e garantia de que os rebelados não serão transferidos. Posteriormente os detentos pediram a troca da direção do presídio, o que não foi atendido pelo comitê. "Não deram justificativa para isso", disse Oliveira.
A rebelião alterou a rotina dos presos nos demais pavilhões, onde o banho de sol foi cortado. O comitê de crise informou também que avalia se haverá visitas neste fim de semana.
De acordo com a Seds, 210 policiais militares, 30 agentes penitenciários do Comando de Operações Especiais (Cope), além de autoridades da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) e da Polícia Civil estão envolvidos na ação.
Reivindicações
O subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, disse que os presos reclamam da demora na autorização de visitas e na proibição da entrada de mulheres grávidas nos pavilhões. Atualmente, as visitas por grávidas são feitas em uma sala especial, com a presença de um agente penitenciário. Os detentos ainda se queixam da direção do presídio, de espancamento e pedem revisão de pena.

Sobre a denúncia dos presos de que eles estariam sofrendo espancamento, Oliveira disse que nunca ouviu nenhuma denúncia deste tipo na unidade, mas que vai apurar. O subsecretário ainda falou que a revista geral em cada cela é feita rotineiramente no presídio. E que está previsto para o fim do ano a instalação de equipamentos de bloqueio de sinal de telefones celulares na unidade.
Goleiro Bruno
No pavilhão 1 estão presos condenados por por crimes como tráfico de drogas, furto e roubo. Este fica ao lado de onde está detido o goleiro Bruno Fernandes, pavilhão 4. Bruno é réu no processo de desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. Além de Bruno, está detido pavilhão 7 o amigo dele Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
Na noite desta quinta-feira, o promotor do caso Eliza Samudio, Henry Wagner, chegou à penitenciária. Indagado sobre o que iria fazer no local, ele disse: ”vou me interar”.
Começo da rebelião
Durante a manhã, os presos saíram das celas e ocuparam o pátio. Eles queimaram colchões e usaram pedaços de tecidos para tentar escapar do pavilhão pelo telhado. Bombas de efeito moral foram usadas para evitar uma possível fuga, segundo major Sérgio Dourado, da Polícia Militar. Os detentos também usaram o que parece ser roupa de cama para escrever as palavras "opressão" e "sistema" no chão do pátio do pavilhão.
O motim começou quando a professora, que é uma das reféns, dava aula para alguns dos detentos, pelo ensino fundamental, e era escoltada pelo agente, que também está em poder dos rebelados. Ele chegou a ser ameaçado por presos com uma barra de ferro. Segundo o coronel, este foi o momento de maior tensão da rebelião.
A auxiliar de enfermagem Júlia Delfim, que é amiga da professora feita refém, disse que a professora gostava de dar aulas para os presidiários.  A professora teria lhe dito que. em 12 anos de profissão dentro da Nelson Hungria, não houve nenhum registro de confusão entre ela e os detentos.
Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)No início da rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, presos escreveram "opressão" e "sistema" com o que parecia roupa de cama no pátio do pavilhão 1 (Foto: Reprodução/Globocop/TV Globo Minas)

Saída de diretor vira impasse para fim de rebelião em presídio de Contagem (MG)



Saída de diretor vira impasse para fim de rebelião em presídio de Contagem (MG)

Rayder Bragon
Do UOL, em Contagem (MG)

  • Léo Fontes/O Tempo/Estadão Conteúdo
    Detentos rebelados sobem no telhado da penitenciária de segurança de Contagem (MG)
    Detentos rebelados sobem no telhado da penitenciária de segurança de Contagem (MG)

O AGENTE ALEXANDRE DESABAFA E CLAMA SOCORRO


Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria já dura mais de 24 horas

Negociações foram retomadas na unidade por volta das 10h
Márcia Costanti, do R7 MG | 22/02/2013 às 10h03
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A rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde o goleiro Bruno Fernandes está detido, já dura mais de 24 horas. As negociações foram retomadas por volta das 10h, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social. O contato havia sido suspenso na madrugada de hoje (22) depois que os cerca de 90 rebelados entregaram o rádio que utilizavam para se comunicar e foram dormir.
Duas pessoas continuam sendo mantidas reféns no local. Uma professora que trabalha há 12 anos na escola da unidade e um agente penitenciário. Os detentos afirmaram estar armados e ameaçaram estuprar a professora. Omotim acontece no Pavilhão 1 e começou depois que uma grávida foi impedida de entrar para visitar o marido. Na tarde de ontem (21), os negociadores decidiram cortar água e luz no presídio. Informações iniciais dão conta de que o fornecimento foi reestabelecido, mas a Seds não confirma.

Rebelião na Nelson Hungria

Após 24 horas de rebelião, polícia retoma negociações com presos em Contagem (MG)


Após 24 horas de rebelião, polícia retoma negociações com presos em Contagem (MG)

Do UOL, em São Paulo*
 


TRIBUNAL DE JUSTIÇA - PE CONFERE PORTE DE ARMA PRIVILEGIADO PARA AGENTES PENITENCIÁRIOS AINDA QUE FORA DE SERVIÇO

Professora e agente foram rendidos na sala onde acontecem aulas de ensino regular


Guardas municipais cruzam os braços em BH
22/02/2013 08h48
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TABATA MARTINS
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Parte dos integrantes da Guarda Municipal de Belo Horizonte cruzou os braços e participa de uma manifestação na manhã desta sexta-feira (22). O grupo está reunido em frente à sede da Guarda Municipal, que é localizada na avenida dos Andradas, no centro da capital mineira.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado de Minas Gerais (Sindiguardas-MG), Pedro Ivo Bueno, pelo menos 40% do efetivo escalado participa do movimento e a categoria reivindica reajuste salarial, posse de armas, adicional de risco, aumento do vale lanche de R$ 1,50 para R$ 6  e imediata retirada dos militares reformados da Polícia Militar do comando da guarda. “Toda a categoria está totalmente insegura em atuar como guardas municipais, uma vez que, só nos últimos seis meses, já ocorreram mais de 10 atentados contra os guardas na capital mineira”, diz Pedro Ivo Bueno.

Rebelião já dura 24 horas e negociações são retomadas na Nelson Hungria

Rosildo Mendes - Hoje em Dia


Carlos Rienck/Hoje em Dia
Rebelião já dura 24 horas e negociações são retomadas na Nelson Hungria
Rebelião foi iniciada por volta das 9 h desta quinta; negociações são retomadas nesta sexta-feira

As negociações para a liberação dos reféns e o encerramento da rebelião dos detentos do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, serão retomadas nesta manhã de sexta-feira (22). Militares do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) tentam conter uma movimentação de presos de outros pavilhões, que também teriam iniciados uma reivindicação, segundo um tenente do Gate.
A rebelião que já dura 24 horas e começou por volta das 9h dessa quinta-feira (21) no Pavilhão 1 do Complexo Prisional. Durante uma aula, os presos renderam um agente penitenciário e uma professora. Há suspeita de que outros cinco detentos mais próximos à diretoria da unidade prisional tenham sido dominados e estejam entre os reféns. No entanto os militares do Gate não confirmam. Durante a noite da quinta-feira, umônibus foi queimado no Anel Rodoviário. Um bilhete com as inscrições "Opressão ao Sistema" foi encontrado dentro do coletivo, o que reforça a hipótese de que o incêndio tenha sido orquestrado por cúmplices dos detentos rebelados.

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Sdes), os 90 detentos envolvidos estão sem água e sem luz desde o início da revolta. Eles também não se alimentam desde a quinta-feira. Duzentos e dez militares e 30 agentes penitenciário do Comando de Operações Especiais (Cope) estão envolvidos na ação e tentam dar fim à rebelião.

No início da noite dessa quinta-feira, os presos ameaçaram soltar os reféns, mas mudaram de ideia após não verem atendida a exigência de troca do diretor do presídio. Segundo a Secretaria, os detentos estariam reclamando de superlotação e da mudança na rotina para entrada de grávidas que tentam visitá-los. À tarde, os rebelados exigiram a saída dos helicópteros que sobrevoavam a penitenciária e pediram mais bateria para o rádio de um agente penitenciário que está sendo utilizado pelos presos para a negociação.
Dentre os detidos na penitenciária Nelson Hungria estão o goleiro Bruno Fernandes, Frederico Flores, apontado como líder do “Bando da Degola”, Marcos Antunes Trigueiro, o homem que ficou conhecido como “Maníaco de Contagem”. Nenhum desses estaria, contudo, na ala onde ocorre a revolta dos presos. O promotor Henry Vasconcelos, que acompanha o caso do goleiro, esteve na unidade prisional nesta

Negociações param na Nelson Hungria e ônibus é queimado no Anel

Ana Clara Otoni, Pedro Rotterdan.Thaís Mota e Maristela Bretas*


Luiz Cláudio Salustiano - colaborador
Ônibus queimado no Anel por ordem dos presos
Ônibus queimado no Anel Rodoviário por ordem de detentos da Penitenciária Nelson Hungria
"Opressão do sistema". Estas eram as palavras escritas no bilhete encontrado ao lado do ônibus da linha 4501 (Califórnia II/São Paulo) incendiado no início da madrugada desta sexta-feira (22) no Anel Rodoviário, altura do bairro Califórnia, região Noreste da Capital. Três homens ainda não identificados teriam entrado no coletivo onde estavam o motorista, o trocador e uma passageira e ordenado que eles saíssem, Em seguida, jogaram gasolina e atearam fogo. O óleo que vazou do tanque do ônibus atingiu um Palio prata e parte da rede elétrica próxima, que também ficaram danificados. Viaturas do Corpo de Bombeiros trabalharam no combate as chamas, mas o coletivo ficou totalmente destruído.
 
A ação ocorreu pouco depois que as negociações entre presos e agentes do Grupo de Ações Táticas (Gate) teriam sido encerradas, no final da noite de quinta-feira na penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de BH, onde desde as 9 horas aproximadamente cem presos se rebelaram, mantendo um agente penitenciário e uma professora como reféns. De acordo com parentes de detentos que aguardam do lado de fora da penitenciária, a ordem de incendiar o coletivo teria partido dos rebelados do pavilhão I.
 
Também à noite foi formado um gabinete da crise com representantes da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), polícias Civil e Militar., Ministério Público e Tribunal de Justiça, para coordenar as ações e colocar um  fim à rebelião, o que poderá acontecer na manhã desta sexta-feira;
 
Mais cedo, as negociações com os presos chegaram a avançar, com a possibilidade da rebelião ser encerrada ainda na quinta-feira. Representantes dos presos passaram a tarde e noite conversando com Agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) por rádio e pessoalmente. Na noite de quinta-feira foi cortado o abastecimento de água e energia elétrica, nos pavilhões onde os presos se rebelaram. Desde cedo, a comida já havia sido cortada.
 
No início da madrugada, mais de 250 homens da PM reforçavam a segurança no local, utilizando um gerador de energia e alguns refletores, além de uma ambulância do Corpo de Bombeiros.
 
Parentes dos detentos que aguardam um desfecho da rebelião do lado de fora da penitenciária informaram à reportagem do Hoje em Dia que presos de outros pavilhões teriam iniciado uma greve de fome, informação não confirmada pela Seds.

Aproximadamente, cem detentos mantêm um agente penitenciário e uma professora como reféns dentro da unidade prisional, desde o início da revolta.Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Renato André de Paula e Eliana da Silva estavam na sala de aula da escola regular que funciona dentro da unidade quando foram rendidos. À noite, a professora chegou a passar com problemas de pressão, foi medicada e já se recuperou, mas permanece em poder dos detentos.
 
 

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...