terça-feira, 16 de agosto de 2011


Polícia de Elite: COE treina duro para chegar aonde os outros não conseguem

  • destacar vídeo
  • espalhe por aí
Dê sua nota:280 exibições
Na segunda reportagem da série Polícia de Elite, conheça o trabalho do COE (Comandos e Operações Especiais). O grupo de elite de São Paulo é especializado em fazer resgates em áreas de alto risco, como salvar vidas na mata. Para isso, os policiais treinam exaustivamente todos os dias e precisam passar por um curso que exige muito sacrifício e resistência física. Assista!

Cadeias lotadas


Lugar de bandido é na cadeia, diz o povo. Concordo, não tem cabimento deixar solto alguém que mata, assalta ou estupra, mas faço um reparo ao dito popular: lugar de bandido é na cadeia desde que haja lugar.

No sábado passado, o jornalista André Caramante publicou na Folha de São Paulo  um relato sobre a superpopulação nos presídios: "Diariamente cem pessoas deixam as prisões paulistas, enquanto outras 137 são encarceradas". Não é preciso ser gênio em matemática para avaliar as dimensões da bola de neve: se a cada dia a massa carcerária sofre um acréscimo de 37 presos, em um mês serão 1.110 a mais.

Os técnicos recomendam que as cadeias não tenham mais de 800 detentos, para evitar indisciplina, fugas, dificuldade de vigilância, perda de controle e aparecimento de facções dominadoras. Com 1.110 presos a mais a cada mês que passa, deveríamos construir três presídios novos de dois em dois meses, ou seja, 18 por ano.

Sem levar em conta as dificuldades logísticas e a má vontade dos municípios que movem montanhas para impedir a instalação de prisões nas proximidades, analisemos apenas os custos de construção: se uma cadeia nova não sai por menos de R$ 30 milhões, para levantar as 18 gastaríamos R$ 540 milhões por ano. Quantas escolas faríamos com esse dinheiro?

Para não aborrecê-lo com mais números, caríssimo leitor que resistiu até agora, vou deixar de lado as despesas com a folha de pagamento dos funcionários e todos os custos de manutenção.

Graças às medidas tomadas pela Secretaria da Segurança nos últimos anos, a polícia de São Paulo ganhou mais competência. A continuar assim, à medida que esse processo de modernização e moralização se aprofundar, mais gente será presa. Vejam o paradoxo: a sociedade quer polícia atuante e todos os bandidos atrás das grades, mas não terá recursos para aprisioná-los em condições minimamente civilizadas. Como sair do impasse?

Ainda que mal compare: quando um produto abarrota o mercado, o que fazem os produtores? Diminuem a produção.

Violência urbana é doença multifatorial e contagiosa, que nas camadas mais pobres adquire características epidêmicas. Em sua gênese estão implicados fatores tão diversos como escolaridade, consumo de drogas ilícitas, desemprego, impunidade, condições de moradia, falta de espaço para lazer e muitos outros aspectos.

Os estudos mostram que correm mais risco de se tornar violentos aqueles que viveram pelo menos uma das seguintes situações: 1) falta de afeto e abusos físicos ou psicológicos na primeira infância; 2) falta de orientação familiar e de imposição de limites durante a adolescência; 3) convivência com pares envolvidos em atos de violência.


Por Drauzio Varella, Médico e Escritor - Jornal "A Folha de S. Paulo" de 30/07/2011.

Lei Antifumo não vale nas cadeias, e carcereiros e presos não-fumantes têm de conviver com fumaça

Arthur Guimarães
Do UOL Notícias
Em São Paulo 

Enquanto o povo paulista "livre" completará em agosto dois anos sob as regras da Lei Antifumo, o sistema penitenciário de São Paulo segue alheio às restrições ao cigarro e, ao contrário do que ocorre nos restaurantes e demais estabelecimentos fechados, continua a colocar em risco a saúde dos chamados fumantes passivos.

Tanto os presos não-fumantes como os cerca de 30 mil agentes penitenciários são constantemente submetidos à convivência com uma população carcerária de 170 mil indivíduos que abriga fumantes “compulsivos", já que uma resolução do governo estadual isentou os presos de seguir a nova legislação (os carcereiros, por sua vez, hoje só podem fumar em ambientes abertos).

Imagine um ambiente apertado, sem ventilação, com 30, 40 homens sem ter o que fazer e que fumam para passar o tempo. Eles fumam muito. Compulsivamente. É uma fumaceira tão grande, mas tão grande, que a gente, algumas vezes, tem dificuldade de visualizar o interior da cela”, afirma Daniel Grandolfo, diretor do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp).
Segundo ele, que não consome cigarros e trabalha na penitenciária Wellington Rodrigo Segura, em Presidente Prudente, interior do Estado, a “contaminação” tem início logo de manhã, quando é feita a contagem dos detentos. “Eu já começo a ‘fumar’ logo às 8h. Eles tomam café naquele ambiente. E a fumaça vai direto para a gaiola que ficamos. Não tem jeito”, diz ele.


No final do turno, assim como acontecia com os paulistas que freqüentavam ambientes fechados antes da Lei Antifumo, a prova da má qualidade do ar fica impregnada nas roupas. “Quando eu chego em casa, minha camisa está pura ‘carniça’. Vou direto para o banho. A vida do agente está sendo comprometida”, argumenta o carcereiro, dizendo já ter feito reivindicações, via sindicato, às autoridades paulistas – todas sem resposta.

Presos não-fumantes

Ao lado dos agentes penitenciários, sofrem os presos não-fumantes. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), não há dados que apontem em quantos eles são no Estado. O órgão afirma que “as direções de unidades prisionais têm destinado celas para presos não fumantes”, mas não informa em quais presídios nem fornece outros números sobre a suposta segregação.

De toda forma, o próprio sindicato, além de entidades que atuam nas penitenciárias, negam que essa separação seja uma política generalizada. “Entro em presídios mais de uma vez por semana. E nunca vi cela em separado para não-fumantes”, afirma Haeidi Cerneka, da coordenação nacional da Pastoral Carcerária. “Isso não existe”, complementa Grandolfo, do Sindasp.

Na prisão, a situação é agravada por peculiaridades do sistema prisional. Como os maços são culturalmente uma moeda de troca na cadeia, o volume de cigarros que entra e sai é sempre grande.


Características dos grupos que dominam as cadeias também têm influência no quadro. “O PCC, por exemplo, proíbe o consumo de crack na prisão. Então o viciado que entra, para suportar a ‘fissura’, fuma cigarro um atrás do outro”, explica José de Jesus Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária.

Além disso, como acontece na penitenciária Wellington Rodrigo Segura, em Presidente Prudente, os membros da chamada Seita Satânica consomem charutos feitos de fumo de corda em seus rituais. “A fumaça que eles produzem é grossa e forte”, diz Grandolfo, do Sindasp.

Posição oficial

Procurada e solicitada a agendar uma entrevista com alguma autoridade sobre o tema, a SAP afirmou que “a pauta está prejudicada, uma vez que não possuímos dados estatísticos sobre o assunto”.

O órgão, alegando questões de segurança, não autorizou a entrada do repórter em prisões do Estado.

A SAP informou que está fazendo, a pedido do UOL Notícias, um levantamento sobre a incidência de problemas pulmonares em presos. De toda forma, anunciou que não há data para término da pesquisa, que será publicada assim que repassada ao repórter.

á a Secretaria Estadual de Saúde, uma das pastas responsáveis pela implementação e discussão da Lei Antifumo, informou que “as prisões têm administração própria e que, por isso, não têm de cumprir a lei, assim como consta na lei”.

Apesar de questionada, a secretaria não entrou no mérito da possível ameaça da liberação do fumo à saúde dos presos não-fumantes e carcereiros.

fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/07/15/livre-de-restricao-fumo-nas-cadeias-ameaca-saude-de-carcereiros-e-presos-em-sao-paulo.jhtm

Lei permite, mas só 19% dos presos trabalham no Brasil

Funap trabalhador
Trabalhador da Funap trabalha em
uma oficina em um presídio de São Paulo
Trabalho e estudo reduzem pena dos detentos e podem desafogar presídios superlotados
Falta de interesse, poucas parcerias e medo. Essas são algumas razões para que apenas 19% dos 496.251 presos brasileiros trabalhem e só 8% deles estudem. Números que deveriam aumentar por um punhado de motivos. Ao ter uma ocupação, os detentos ganham dinheiro, aprendem uma profissão, recuperam a auto-estima e ainda desafogam os presídios, já que a pena é reduzida para quem trabalha e estuda.
A obrigatoriedade para que todas as unidades prisionais brasileiras ofereçam cursos profissionalizantes e oportunidade de emprego aos detentos está na LEP (Lei de Execuções Penais), que deixa claro: os presos que trabalham têm sua pena reduzida em um dia para cada três trabalhados. Já os que estudamreduzem um dia para cada 12 horas de frequência escolar.
CONTINUE LENDO NO R7

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE REALIZA I DIA DE SAÚDE NA PENITENCIÁRIA DE TEÓFILO OTONI

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação de Promoção e Assistência à Saúde, realizou, na última sexta-feira (12), na Penitenciária de Teófilo Otôni o “I Dia de Saúde”. Foram realizadas diversas atividades, como monitoramento de pressão arterial e teste de glicemia em todos os privados de liberdade e funcionários. O evento contou também com a apresentação da peça “Casos e Causos”, pelo grupo de teatro “Poltrona 6”.

Todos os privados de liberdade fizeram monitoramento de pressão arterial e teste de glicemia

O denomiação “I Dia de Saúde” surgiu da necessidade de realizar trabalhos de promoção da saúde e prevenção de agravos em diversos âmbitos. Os eventos relacionados ao atendimento ao público carcerário serão realizados periodicamente. De acordo com o enfermeiro Camilo Corrêa Godinho, que é referência técnica do Sistema Prisional de Teófilo Otôni, é importante que sejam realizados trabalhos nesse sentido. “A função de uma unidade prisional não é privar as pessoas de sua liberdade, mas, sim, prepará-las para a volta à sociedade após terem cumprido a pena que lhes foi aplicada” -disse. Camilo ainda ressaltou que espera também que “essas pessoas estejam prontas para o convívio em sociedade, respeitando as regras impostas”.

Diversos privados de liberdade participaram das atividades



PRESO COMETE SUICÍDIO NA PENITENCIÁRIA DE SOBRAL


Uma tarde de suicídio na Penitenciária Industrial Regional de Sobral localizada na CE-178, no trecho que liga Sobral a Groaíras. O CASO - O blog tomou conhecimento que o presidiárioJosé Carlos, conhecido porLaureano, 37 anos, foi encontrado sem vida no quarto de sua vivência, com uma corda de lençol amarrado ao pescoço. O fato ocorreu por voltas das 15:30hs desta segunda feira(15). O SAMU foi acionado as pressas para as providências cabíveis e que teria já encontrado Laureano morto. A direção da PIRES fará uma investigação para saber das causas reais desta morte. Há suspeitas de suicidio. A PIRES - Construída com recursos do Ministério da...
LEIA MAIS »


REBELIÃO EM PRESÍDIO DEIXA 39 DETENTAS FERIDAS


Rebelião em presídio no ES deixa 39 detentas feridas - FOLHA.COM, 16/08/2011 às 01h12.

Uma rebelião no Presídio Feminino de Tucum, em Cariacica (região metropolitana de Vitória), deixou 39 presas feridas na tarde desta segunda-feira (15). De acordo com a Sejus (Secretaria de Estado da Justiça), a maior parte delas sofreu intoxicação ao respirar a fumaça que saía dos colchões em que puseram fogo.

Todas as feridas foram encaminhadas para hospitais da região. Uma delas está em estado grave, de acordo com a secretaria.

Segundo a assessoria da pasta, a rebelião começou por volta das 16h, quando as detentas atearam fogo aos colchões da unidade. De acordo com a Sejus, as presas protestaram porque não queriam ser transferidas para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Xuri, em Vila Velha (região metropolitana de Vitória), temendo que o sistema de segurança da unidade fosse mais eficaz. A transferência estava prevista para acontecer na semana de vem.

A rebelião foi controlada com a ajuda de policiais militares e do Corpo de Bombeiros por volta das 17h.

O fogo, no entanto, danificou a estrutura do prédio e a transferência das presidiárias teve de ser adiantada. Cerca de 300 detentas foram levadas provisoriamente para a Penitenciária Semiaberta de Vila Velha, também em Xuri. Ainda esta semana as detentas começam a ser transferidas para no novo CDP feminino, cuja inauguração deve ocorrer na quarta-feira (17).


25 detentas feridas em motim no ES continuam internadas - FOLHA.COM, 16/08/2011

Parte das 39 detentas feridas em um motim na tarde de segunda-feira (15) no Presídio Feminino de Tucum, em Cariacica (região metropolitana de Vitória), já tiveram alta --25 delas, no entanto, continuam internadas. Uma está em estado grave.

De acordo com a Sejus (Secretaria de Estado da Justiça), a maior parte delas sofreu intoxicação ao respirar a fumaça que saía dos colchões em que puseram fogo.

A rebelião começou por volta das 16h, quando as detentas atearam fogo aos colchões da unidade. De acordo com a Sejus, as presas protestaram porque não queriam ser transferidas para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Xuri, em Vila Velha (região metropolitana de Vitória), temendo que o sistema de segurança da unidade fosse mais eficaz. A transferência estava prevista para acontecer na semana de vem.

A rebelião foi controlada com a ajuda de policiais militares e do Corpo de Bombeiros por volta das 17h.

O fogo, no entanto, danificou a estrutura do prédio e a transferência das presidiárias teve de ser adiantada. Cerca de 300 detentas foram levadas provisoriamente para a Penitenciária Semiaberta de Vila Velha, também em Xuri.

O novo CDP feminino deve ser inaugurado amanhã, e as detentas começam a ser transferidas para lá a partir da semana que vem.

Fenômeno popular, Bope é uma
"religião" para policiais

  • destacar vídeo
  • espalhe por aí
Dê sua nota:3.122 exibições
Na primeira reportagem da série Polícia de Elite, conheça por dentro a rotina do batalhão que virou um fenômeno popular depois de tomar as telas do cinema em Tropa de Elite. Para quem pertence à tropa, o Bope é vivido como uma religião, em que há princípios bem delineados. Em 33 anos de atuação, apenas 12 "caveiras" morreram em combate e poucos se feriram. Os treinos exaustivos de resgate, tiros e progressão em comunidades explicam as poucas baixas. O coronel reformado Paulo César Amendola é conhecido como o mentor do Batalhão de Operações Especiais. Para ele, era preciso haver alguma marca que colocasse medo nos bandidos e, assim, a faca fincada na caveira virou o símbolo. E para superar a pressão, agora a corporação conta com quatro mulheres. Assista!

Detentas fazem rebelião em presídio
de Vitória (ES)

  • destacar vídeo
  • espalhe por aí
Durante a rebelião, 39 detentas ficaram intoxicadas com a fumaça dos colchões queimados. As internas teriam feito um protesto por causa de uma transferência para uma penitenciária com regras mais rígidas.

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...