quarta-feira, 17 de agosto de 2011


Borracheiro que executou a ex senta no banco dos réus

Fábio Willian Silva, que matou a cabeleireira Maria Islaine de Morais com 8 tiros à queima-roupa, pode pegar 30 anos de prisão


EUGÊNIO MORAES
Fábio Willian
Julgamento de Fábio Willian começa às 8h30 de sexta, no Fórum Lafayette, em BH
RENATO COBUCCI
Fábio Willian
Corpo de Maria Islaine de Moraes foi sepultado na Região Central de Minas
         
O borracheiro Fábio Willian Silva, acusado de matar a ex-mulher com oito tiros à queima-roupa, começa a ser julgado a partir da próxima sexta-feira (19). O crime ocorreu em janeiro do ano passado e ganhou repercussão nacional. As cenas foram gravadas por um circuito interno de vigilância do estabelecimento onde a vítima trabalhava.

O julgamento ocorrerá no Fórum Lafayette, no Barro Preto, Região Central de Belo Horizonte, a partir das 8h30, e será presidido pelo juiz Cristian Gomes Lima. O réu está detido no Presídio Inspetor José Martins Drummond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de BH, e responde por homicídio qualificado. Se condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.

A cabeleireira Maria Islaine de Morais, na época com 31 anos, foi fuzilada por Fábio Willian Silva, com quem foi casada por cinco anos. Segundo a polícia, ela estava em seu salão de beleza, na Rua Álvaro Camargos, no Bairro Santa Mônica, Região de Venda Nova, quando o ex-marido, que estava armado com uma pistola 9 milímetros, invadiu o estabelecimento e atirou contra ela. O acusado foi preso no dia seguinte, no distrito de Biquinhas, município de Morada Nova de Minas, na Região Central do Estado. Eles estavam separados há cerca de um ano e meio.

Por causa das constantes desavenças entre o casal, a mulher já teria feito oito queixas contra o ex-marido, tendo inclusive conseguido uma ordem judicial para que Fábio Willian mantivesse 300 metros de distância dela. A irmã da vítima, Maria Ronilda Moraes de Freitas, teria dito que Maria Islaine tentou suicídio, em 2009, em função dos problemas enfrentados pelo casal.

As imagens do crime gravadas pelo circuito interno mostram o borracheiro alterado. De pé, do lado de fora do salão, ele provoca a mulher verbalmente. Neste momento, Maria Islaine fazia escova no cabelo de uma cliente. Em seguida, ele sai, volta com a arma, aponta-a para a mulher e atira várias vezes. Foram quatro tiros no peito, três nas costas e um na cabeça. Outras três pessoas estavam no local no momento do crime.

Após o assassinato, sai correndo e foge na picape Strada placa HAE-9934, que estava parada na porta do salão e, de acordo com a Polícia Militar, pertence ao pai do borracheiro.

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Preso troca de lugar com irmão e foge de penitenciaria em Itajaí (SC)

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O detento trocou de roupa e identidade com o irmão adolescente durante o horário de visita e fugiu da cadeia pela porta da frente. Ele estava preso por assalto a mão armada e furto. A troca foi percebida após quase 12 horas da fuga e o adolescente foi liberado por ter menos de 18 anos.

Policiais militares matam guarda civil com mais de dez tiros em Osaco (SP)

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O guarda civil foi morto em 2009, mas a reconstituição do crime foi feita apenas nesta terça-feira (16). Veja como foi feita a reconstituição e o que a esposa da vítima diz a respeito do crime.

Polícia de Elite: COE treina duro para chegar aonde os outros não conseguem

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Na segunda reportagem da série Polícia de Elite, conheça o trabalho do COE (Comandos e Operações Especiais). O grupo de elite de São Paulo é especializado em fazer resgates em áreas de alto risco, como salvar vidas na mata. Para isso, os policiais treinam exaustivamente todos os dias e precisam passar por um curso que exige muito sacrifício e resistência física. Assista!

Cadeias lotadas


Lugar de bandido é na cadeia, diz o povo. Concordo, não tem cabimento deixar solto alguém que mata, assalta ou estupra, mas faço um reparo ao dito popular: lugar de bandido é na cadeia desde que haja lugar.

No sábado passado, o jornalista André Caramante publicou na Folha de São Paulo  um relato sobre a superpopulação nos presídios: "Diariamente cem pessoas deixam as prisões paulistas, enquanto outras 137 são encarceradas". Não é preciso ser gênio em matemática para avaliar as dimensões da bola de neve: se a cada dia a massa carcerária sofre um acréscimo de 37 presos, em um mês serão 1.110 a mais.

Os técnicos recomendam que as cadeias não tenham mais de 800 detentos, para evitar indisciplina, fugas, dificuldade de vigilância, perda de controle e aparecimento de facções dominadoras. Com 1.110 presos a mais a cada mês que passa, deveríamos construir três presídios novos de dois em dois meses, ou seja, 18 por ano.

Sem levar em conta as dificuldades logísticas e a má vontade dos municípios que movem montanhas para impedir a instalação de prisões nas proximidades, analisemos apenas os custos de construção: se uma cadeia nova não sai por menos de R$ 30 milhões, para levantar as 18 gastaríamos R$ 540 milhões por ano. Quantas escolas faríamos com esse dinheiro?

Para não aborrecê-lo com mais números, caríssimo leitor que resistiu até agora, vou deixar de lado as despesas com a folha de pagamento dos funcionários e todos os custos de manutenção.

Graças às medidas tomadas pela Secretaria da Segurança nos últimos anos, a polícia de São Paulo ganhou mais competência. A continuar assim, à medida que esse processo de modernização e moralização se aprofundar, mais gente será presa. Vejam o paradoxo: a sociedade quer polícia atuante e todos os bandidos atrás das grades, mas não terá recursos para aprisioná-los em condições minimamente civilizadas. Como sair do impasse?

Ainda que mal compare: quando um produto abarrota o mercado, o que fazem os produtores? Diminuem a produção.

Violência urbana é doença multifatorial e contagiosa, que nas camadas mais pobres adquire características epidêmicas. Em sua gênese estão implicados fatores tão diversos como escolaridade, consumo de drogas ilícitas, desemprego, impunidade, condições de moradia, falta de espaço para lazer e muitos outros aspectos.

Os estudos mostram que correm mais risco de se tornar violentos aqueles que viveram pelo menos uma das seguintes situações: 1) falta de afeto e abusos físicos ou psicológicos na primeira infância; 2) falta de orientação familiar e de imposição de limites durante a adolescência; 3) convivência com pares envolvidos em atos de violência.


Por Drauzio Varella, Médico e Escritor - Jornal "A Folha de S. Paulo" de 30/07/2011.

Lei Antifumo não vale nas cadeias, e carcereiros e presos não-fumantes têm de conviver com fumaça

Arthur Guimarães
Do UOL Notícias
Em São Paulo 

Enquanto o povo paulista "livre" completará em agosto dois anos sob as regras da Lei Antifumo, o sistema penitenciário de São Paulo segue alheio às restrições ao cigarro e, ao contrário do que ocorre nos restaurantes e demais estabelecimentos fechados, continua a colocar em risco a saúde dos chamados fumantes passivos.

Tanto os presos não-fumantes como os cerca de 30 mil agentes penitenciários são constantemente submetidos à convivência com uma população carcerária de 170 mil indivíduos que abriga fumantes “compulsivos", já que uma resolução do governo estadual isentou os presos de seguir a nova legislação (os carcereiros, por sua vez, hoje só podem fumar em ambientes abertos).

Imagine um ambiente apertado, sem ventilação, com 30, 40 homens sem ter o que fazer e que fumam para passar o tempo. Eles fumam muito. Compulsivamente. É uma fumaceira tão grande, mas tão grande, que a gente, algumas vezes, tem dificuldade de visualizar o interior da cela”, afirma Daniel Grandolfo, diretor do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo (Sindasp).
Segundo ele, que não consome cigarros e trabalha na penitenciária Wellington Rodrigo Segura, em Presidente Prudente, interior do Estado, a “contaminação” tem início logo de manhã, quando é feita a contagem dos detentos. “Eu já começo a ‘fumar’ logo às 8h. Eles tomam café naquele ambiente. E a fumaça vai direto para a gaiola que ficamos. Não tem jeito”, diz ele.


No final do turno, assim como acontecia com os paulistas que freqüentavam ambientes fechados antes da Lei Antifumo, a prova da má qualidade do ar fica impregnada nas roupas. “Quando eu chego em casa, minha camisa está pura ‘carniça’. Vou direto para o banho. A vida do agente está sendo comprometida”, argumenta o carcereiro, dizendo já ter feito reivindicações, via sindicato, às autoridades paulistas – todas sem resposta.

Presos não-fumantes

Ao lado dos agentes penitenciários, sofrem os presos não-fumantes. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), não há dados que apontem em quantos eles são no Estado. O órgão afirma que “as direções de unidades prisionais têm destinado celas para presos não fumantes”, mas não informa em quais presídios nem fornece outros números sobre a suposta segregação.

De toda forma, o próprio sindicato, além de entidades que atuam nas penitenciárias, negam que essa separação seja uma política generalizada. “Entro em presídios mais de uma vez por semana. E nunca vi cela em separado para não-fumantes”, afirma Haeidi Cerneka, da coordenação nacional da Pastoral Carcerária. “Isso não existe”, complementa Grandolfo, do Sindasp.

Na prisão, a situação é agravada por peculiaridades do sistema prisional. Como os maços são culturalmente uma moeda de troca na cadeia, o volume de cigarros que entra e sai é sempre grande.


Características dos grupos que dominam as cadeias também têm influência no quadro. “O PCC, por exemplo, proíbe o consumo de crack na prisão. Então o viciado que entra, para suportar a ‘fissura’, fuma cigarro um atrás do outro”, explica José de Jesus Filho, assessor jurídico da Pastoral Carcerária.

Além disso, como acontece na penitenciária Wellington Rodrigo Segura, em Presidente Prudente, os membros da chamada Seita Satânica consomem charutos feitos de fumo de corda em seus rituais. “A fumaça que eles produzem é grossa e forte”, diz Grandolfo, do Sindasp.

Posição oficial

Procurada e solicitada a agendar uma entrevista com alguma autoridade sobre o tema, a SAP afirmou que “a pauta está prejudicada, uma vez que não possuímos dados estatísticos sobre o assunto”.

O órgão, alegando questões de segurança, não autorizou a entrada do repórter em prisões do Estado.

A SAP informou que está fazendo, a pedido do UOL Notícias, um levantamento sobre a incidência de problemas pulmonares em presos. De toda forma, anunciou que não há data para término da pesquisa, que será publicada assim que repassada ao repórter.

á a Secretaria Estadual de Saúde, uma das pastas responsáveis pela implementação e discussão da Lei Antifumo, informou que “as prisões têm administração própria e que, por isso, não têm de cumprir a lei, assim como consta na lei”.

Apesar de questionada, a secretaria não entrou no mérito da possível ameaça da liberação do fumo à saúde dos presos não-fumantes e carcereiros.

fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/07/15/livre-de-restricao-fumo-nas-cadeias-ameaca-saude-de-carcereiros-e-presos-em-sao-paulo.jhtm

Lei permite, mas só 19% dos presos trabalham no Brasil

Funap trabalhador
Trabalhador da Funap trabalha em
uma oficina em um presídio de São Paulo
Trabalho e estudo reduzem pena dos detentos e podem desafogar presídios superlotados
Falta de interesse, poucas parcerias e medo. Essas são algumas razões para que apenas 19% dos 496.251 presos brasileiros trabalhem e só 8% deles estudem. Números que deveriam aumentar por um punhado de motivos. Ao ter uma ocupação, os detentos ganham dinheiro, aprendem uma profissão, recuperam a auto-estima e ainda desafogam os presídios, já que a pena é reduzida para quem trabalha e estuda.
A obrigatoriedade para que todas as unidades prisionais brasileiras ofereçam cursos profissionalizantes e oportunidade de emprego aos detentos está na LEP (Lei de Execuções Penais), que deixa claro: os presos que trabalham têm sua pena reduzida em um dia para cada três trabalhados. Já os que estudamreduzem um dia para cada 12 horas de frequência escolar.
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SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE REALIZA I DIA DE SAÚDE NA PENITENCIÁRIA DE TEÓFILO OTONI

A Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenação de Promoção e Assistência à Saúde, realizou, na última sexta-feira (12), na Penitenciária de Teófilo Otôni o “I Dia de Saúde”. Foram realizadas diversas atividades, como monitoramento de pressão arterial e teste de glicemia em todos os privados de liberdade e funcionários. O evento contou também com a apresentação da peça “Casos e Causos”, pelo grupo de teatro “Poltrona 6”.

Todos os privados de liberdade fizeram monitoramento de pressão arterial e teste de glicemia

O denomiação “I Dia de Saúde” surgiu da necessidade de realizar trabalhos de promoção da saúde e prevenção de agravos em diversos âmbitos. Os eventos relacionados ao atendimento ao público carcerário serão realizados periodicamente. De acordo com o enfermeiro Camilo Corrêa Godinho, que é referência técnica do Sistema Prisional de Teófilo Otôni, é importante que sejam realizados trabalhos nesse sentido. “A função de uma unidade prisional não é privar as pessoas de sua liberdade, mas, sim, prepará-las para a volta à sociedade após terem cumprido a pena que lhes foi aplicada” -disse. Camilo ainda ressaltou que espera também que “essas pessoas estejam prontas para o convívio em sociedade, respeitando as regras impostas”.

Diversos privados de liberdade participaram das atividades


PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...