SINDASP-MG leva denúncias da Nelson Hungria à SUAP
Na última quinta-feira (4), o SINDASP-MG esteve reunido com o chefe de gabinete da Subsecretaria de Administração Prisional (SUAP), Samuel Marcelino de Oliveira Junior, e com o diretor da unidade prisional Nelson Hungria, José Carlos Danúzio, a fim de expor e discutir algumas denúncias encaminhadas ao sindicato por agentes da unidade.
Logo no inicio do encontro, o SINDASP-MG, representado pelo vice-presidente, Alan Nogueira, o diretor executivo, Carlos Alberto Nogueira, e o advogado, Cleo Ferrari, apresentou os pontos levantados pelos funcionários e ouviu a administração da unidade.
A primeira questão discutida foi a alimentação, na qual os funcionários alegam falta de higiene no preparo e armazenamento dos alimentos. Na ocasião, Danúzio afirma que os agentes não possuem acesso à cozinha e que os alimentos são preparados com acompanhamento de nutricionistas. Além disso, o diretor diz que há uma fiscalização periódica no setor. O chefe de gabinete da SUAP sugeriu que fosse encaminhada uma equipe técnica ao local para realizar um relatório da atual situação.
O segundo ponto levantado foi o não cumprimento do banco de horas. Os agentes reclamaram da falta de acesso à folha de ponto e que o tempo de translado das escoltas não é contado como horas trabalhadas. O advogado do Sindicato também lembrou que este tempo pode ser contado como hora extra e que, neste caso, a resolução nº 37/85 prevê o pagamento adicional de 50% (cinquenta por cento).Como não há nenhuma determinação clara neste sentido, Samuel se propõe a solicitar ao departamento de Recursos Humanos uma regulamentação em relação às viagens.
Outra questão que será revista é a transferência e contratação dos agentes de carreira. Com base na denúncia de que a unidade possui um numero de agentes contratados superior aos de carreira, foi levantada a questão sobre as formas de contratação e escolha das funções. A SUAP e o SINDASP-MG sugeriram que a seleção seja feita de forma mais criteriosa e menos subjetiva, de forma que os funcionários passem por um exame psicológico antes de assumir funções em que haja necessidade do porte de arma.
Além disso, outros pontos foram ouvidos pelo diretor, mas não tiveram intervenção da SUAP como má qualidade no transporte e a falta de apoio do Grupo de Intervenção Rápida (G.I.R.) no período do banho de sol.