segunda-feira, 26 de setembro de 2011


Médicos não cumprem carga horária
em presídios de SP, segundo MPF

Investigação mostra que alguns médicos pesquisados possuem muitos vínculos
Do R7
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Após investigação da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo foi constatado que 48,30% dos médicos aparentemente não cumprem a jornada de trabalho nos presídios. A informação é do MPF (Ministério Público Federal).


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Servidores da Procuradoria da República em Marília, interior do Estado, pesquisaram os vínculos profissionais de 176 médicos que atuam em penitenciárias para verificar se o horário de atendimento em clínica particular condizia com o período em que o profissional estaria prestando serviço público.


De acordo com o MPF, após essa consulta, verificou-se que apenas 28,40% dos médicos têm horários no serviço privado que permitem o atendimento nas unidades prisionais.


Consultas aos dados compilados pelo Departamento de Informática do SUS (Datasus) apontaram que alguns médicos pesquisados possuem uma quantidade excessiva de vínculos privados ou com a administração pública. E, por isso, seria impossível atender o número de clínicas discriminadas no sistema, segundo o MPF.


Caso seja constatado que os médicos não cumprem a jornada de trabalho, eles poderão ser responsabilizados criminalmente e, também, por improbidade administrativa.

STF nega recurso contra suspensão da greve dos professores de MG

Desembargador do TJMG determinou retorno imediato às funções.
Categoria está em greve há 111 dias.

Do G1 MG
O Supremo Tribunal Federal (STF) indeferiu, nesta segunda-feira (26), um recurso protocolado pelo Sindicato Único dos Trabalhos em Educação em Minas Gerais (Sind-UTE/MG) contra liminar que determina a suspensão imediata da greve da categoria e exige o retorno dos professores às suas funções. A decisão foi do desembargador Roney de Oliveira do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em audiência no dia 16 de setembro.
No dia 21 de setembro, o TJMG confirmou o recebimento de dois recursos protocolados pelo sindicato. Um deles pedia a reconsideração do desembargador sobre a liminar. O tribunal também recebeu um agravo regimental que pede a análise dos demais desembargadores da vara, caso Oliveira não derrube a liminar. A paralisação da categoria começou no dia 8 de junho no estado e já dura 111 dias.

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domingo, 25 de setembro de 2011


Sem crime, mas com pena em regime fechado

Dezesseis famílias vivem cercadas por muros de complexo penitenciário que eles viram ser erguidos. Hoje passam por revista, como seus 17 mil vizinhos presos

POR DIOGO DIAS
Rio - Dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, cada dia é vivido à espera da liberdade. Especialmente por aqueles que, apesar de não terem sido condenados por crime algum, ‘cumprem pena’ no local. Cercadas pelos altos muros dos presídios, 16 famílias sofrem com as privações do sistema penitenciário. Convivem com a inconveniência de ter a casa revistada e, assim como os 17 mil vizinhos presidiários, dependem dos agentes para receber visitas.

As famílias já moravam no terreno antes da construção do complexo, formado por 23 unidades prisionais. Aos poucos, viram o número de presídios aumentar até que todo o conjunto foi cercado por muros e guaritas. Esquecidos dentro da área de segurança máxima, os moradores lutam por indenização para seguir a vida em outro lugar.
“Morar em um complexo de presídios é horrível. Já entraram na minha casa para procurar drogas e agora colocaram um agente em frente à minha porta. É muito constrangimento sair de manhã e dar de cara com um guarda me vigiando. Parece até que sou uma das presas”, reclama a moradora X.
As ‘visitas’ de agentes penitenciários são mais frequentes em algumas casas, mas não surpreendem moradores. Acostumados com as rígidas regras que garantem a segurança do complexo, eles abrem as portas para os agentes sem discutir.

“Já revistaram minha casa 12 vezes, mas nunca encontraram nada. Os guardas falam que receberam denúncia e perguntam se podem entrar para fazer revista. Como não tenho nada a temer e não devo nada a ninguém, autorizo”, conta o comerciante Héber da Silva Vilela, 60 anos, que mora lá há quase 30.

Já as visitas de parentes e amigos podem ser mais complicadas, dependendo do plantão. X. conta que até sua mãe, na época com 65 anos, foi barrada na portaria. “Eles só falam que é ordem, mas não explicam o porquê. Depende de quem está na guarita”, conta.
Festa com lista de CPFs na guarita
Os moradores sabem que dependem dos guardas em seu dia a dia. Festas de aniversário, por exemplo, precisam ser muito bem planejadas para não terminarem antes de começar. Os mais precavidos mandam relação com nome e CPF de cada convidado para os agentes da guarita. Eventuais problemas no acesso de alguém que é esperado podem nem chegar ao conhecimento do aniversariante, já que o sinal de celular é bloqueado.
Para evitar constrangimento, X. já não recebe mais visitas: “É muita humilhação. Pedi para ninguém ir mais na minha casa para evitar o risco de ser barrado ou revistado. Isso quando um guarda não cisma com algum morador”.
Sem previsão para pagar indenização
Moradores querem deixar o complexo, mas dependem da indenização. Poucos conseguem alugar imóveis perto dali mesmo tendo casa própria em Gericinó. Há 4 anos, a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária teria fotografado as casas e prometido indenizar todos.
“Falaram que vão nos indenizar conforme as fotos. Por isso, não fazemos melhorias. Não vou investir e depois perder dinheiro”, diz Héber, cujo quarto tem reboco caindo. A Seap confirma não ser “conveniente” fazer obras agora, mas não dá prazo para a desapropriação, que depende de “exigências”.
Convivência incompatível e insegura

Para Elizabeth Sussekind, professora de Direito da PUC-Rio e UniRio, o estado deveria ter retirado os moradores antes de começar a construir o complexo. Para ela, a presença deles compromete a segurança das unidades.
“A primeira coisa deveria ser desalojar moradores e remunerá-los. Eles não escolheram morar dentro de um sistema prisional. Foi o sistema que escolheu o terreno deles. Os dois são incompatíveis”, afirma. Em nota, a Seap diz que os moradores recebem tratamento digno e que não há permissão para revistar suas casas.

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/9/sem_crime_mas_com_pena_em_regime_fechado_194700.html



Professores em vigília na ALMG ficam sem água e acesso aos banheiros da Casa
Dois professores que há seis dias só bebem água tinham reserva em garrafas, mas foram privados do acesso ao banheiro
24/09/2011 17h26
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ANA CLARA OTONI
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FOTO: ALEX DE JESUS/O TEMPO
Professores ficaram sem água devido a lavagem caixa d’água da ALMG.
Os professores que fazem vigília na porta da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, devido à greve que completa hoje 109 dias ficaram sem água e acesso aos banheiros externos da ALMG neste sábado (24). Os dois professores fazem greve de fome há seis dias estavam no local e também tiveram transtornos por causa da privação. “A sorte é que tínhamos nossas garrafinhas de água na reserva”, afirmou o técnico em educação Abdon Geraldo Guimarães, de Varginha, no Sul de Minas - que há quase uma semana só bebe água.

O educador contou que só foram avisados formalmente da falta d’água pelos funcionários da ALMG, quando já haviam notado a ausência da distribuição. “Ficamos a manhã inteira sem poder usar os banheiros. É um absurdo não terem avisado a gente que ia faltar água aqui”, indignou-se Abdon. A distribuição só foi normalizada às 15h, segundo o grevista. Guimarães contou que algumas pessoas chegaram a usar os banheiros por não saberem do problema na distribuição. "É complicado, né? A gente não tinha como fazer as nossas necessidades fisiológicas", disse.

Segundo o deputado estadual Rogério Correia (PT) foi feita uma limpeza na caixa d’água da ALMG e, que por isso, a distribuição de água ficou comprometida. “Espero que tenha sido coincidência (a falta d’água durante o período de vigília dos professores), não quero fazer juízo de valor”, afirmou o deputado. Segundo o parlamentar, um médico tem avaliado diariamente os professores que fazem greve de fome.
Pelo twitter, vários usuários comentaram o fato. O usuário @ezequialdias comentou "Água na ALMG foi cortada ... coitado dos nossos colegas que estão em vigília... Ajude-os!". A internauta @marizapaiva também denunciou a falta de água na Casa Legislativa de Minas. @marizapaiva "Governo corta água na ALMG onde os professores fazem vigília. Greve/108 dias". O deputado Rogério Correia (PT), também se manifestou na rede social: @rogeriocorreia_ Vou acionar apoio. RT@mcriscostabh "Água na ALMG foi cortada...coitado (sic) dos nossos colegas que estão em vigília...Ajude-os!".

A reportagem tentou fazer contato com a assessoria da ALMG, mas não obteve retorno.

Guarda Municipal realiza escutas ilegais

Controle de subordinados é feito com escutas clandestinas e monitoramento constante do uso da internet. Base aliada na Câmara conseguiu abafar CPI para investigar denúncias.

Com a função constitucional de cuidar da segurança de bens e serviços da prefeitura, a Guarda Municipal de Belo Horizonte ganhou, sob a tutela dos militares, também uma função típica de polícia. De acordo com site do Executivo, é o PM reformado Antônio Eleotério Ferreira quem comanda a Gerência de Inteligência, um setor que, segundo relatório concluído pela Câmara Municipal, tem servido para práticas de arapongagem, vigiando desafetos com escutas clandestinas e monitoramento de páginas da internet. Apesar das fotos dos equipamentos, anexadas à investigação, o órgão nega.


A denúncia de uma escuta clandestina na guarda foi justamente a principal motivadora da criação da comissão especial da Câmara Municipal. A primeira tentativa era de criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). De olho no peso político de uma CPI, que tem acesso a documentos sigilosos, parte da base governista do Legislativo teria se mobilizado para “abafar” o caso, transformando-a em comissão especial, com menos poder de investigação.


Guarda Municipal vira quintal de desmandos de PM reformados

Sede da Guarda Municipal na avenida dos Andradas, onde trabalha a maior parte dos militares reformados.




Ex-policiais reformados que exercem cargos de confiança usam o órgão para privilegiar parentes e amigos, direcionar contratos e beneficiar fundação de assistência social da PM.


Aposentado da PM e comissionados na prefeitura lotam a Camara Municipal para prestar apoio a Cel Bicalho Secretário de Segurança Urbana que responedeu a acusações de irregularidades em sua administração.

Instituição civil com orçamento de R$ 83 milhões, a Guarda Municipal de Belo Horizonte virou um quintal de militares reformados da PM mineira, acusados de direcionar contratos, empregar parentes e vigiar subordinados com escutas clandestinas. Aposentados, mas ainda em idade produtiva, pelo menos 20 ex-policiais ganharam cargos de livre nomeação no órgão e, alçados a postos de comando, importaram regras de sua corporação de origem, além de assegurar privilégios a colegas e familiares. As irregularidades são investigadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que cobra explicações à prefeitura. 
O caso foi denunciado por comissão especial da Câmara Municipal , que concluiu relatório sobre o esquema montado pelos militares. Uma das principais beneficiadas é a Fundação Guimarães Rosa, criada pela Ação Feminina de Assistência Social da Polícia Militar, que obteve, sem licitação, pelo menos nove contratos da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial (SMSEG). Responsável pela guarda, a secretaria é comandada pelo ex-policial Genedempsey Bicalho Cruz. Os contratos, que totalizam R$ 13.043.843,07, previam a organização de concurso público, capacitação dos guardas e prestação de serviços técnicos.



















Audiência pública debate irregularidades na Guarda Municipal




















As investigações da Câmara concluíram que os militares da guarda atuavam dos dois lados do balcão. Pelo menos dois conselheiros da Fundação Guimarães Rosa (FGR) ocupavam, ao mesmo tempo, cargos na guarda: o atual corregedor, Roberto Rezende, e o coronel José Martinho Teixeira, então comandante. Rezende já era nomeado na secretaria quando a instituição assinou contrato com a FGR, da qual era também conselheiro, em 24 de maio de 2004, de R$ 290.801,39, para seleção, treinamento e capacitação de 180 guardas. Já Martinho comandava a guarda, quando a fundação foi novamente contratada, por R$ 539.329,92, para “prestações de serviços técnicos”, em 16 de julho de 2008.
Prefeitura de Belo Horizonte. 

Mesma reclamação feita pelo Ministério Público. Na última quinta-feira, o promotor João Medeiros encaminhou nova solicitação de documentos que tragam o procedimento administrativo que culminou na dispensa de licitação para os contratos. "É preciso que a prefeitura explique por que não houve a licitação para os contratos", justificou o promotor. O primeiro pedido foi enviado em 1º de julho, quando a prefeitura solicitou um prazo maior para prestar as informações. Dois meses já se passaram e ainda não houve qualquer resposta.


"As informações que estou pedindo já foram postergadas uma vez, mas prefiro acreditar que seja por causa do acúmulo de requisições que a prefeitura recebe", afirmou João Medeiros. Desta vez o pedido é para entrega imediata dos documentos. Um descumprimento por parte da prefeitura pode sujeitar o prefeito Marcio Lacerda a responder a um inquérito civil público.

Fonte:http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2011/09/25/interna_politica,252483/guarda-municipal-vira-quintal-de-desmandos-de-pm-reformados.shtml


sábado, 24 de setembro de 2011

TV Alterosa | Agente penitenciário dorme em presídio

MUITO ESTRANHO


CONCURSO AGENTE PENITENCIÁRIO MG 2012

by ADMIN on 20/07/2011
O Concurso Agente Penitenciário MG 2012 tem realização prevista para o primeiro semestre de 2012 no Estado de Minas Gerais. O Concurso Agente Penitenciário MG 2012 tem por finalidade preencher vagas nas unidades prisionais do Estado.
Concurso Agente Penitenciário MG 2012O edital para o concurso de Agente Penitenciário deve ser lançado em breve pela Secretária de Estado e Defesa Social – SEDS, que tem urgência em suprir a demanda operacional nas unidades prisionais do Estado.
Com um salário aproximado de R$ 1.776,97, o Agente Penitenciário trabalha 40h semanais em regime de dedicação exclusiva e tem como principais atribuições as de garantira a ordem e a segurança nos estabelecimentos prisionais, desempenhar ações de vigilância interna e externa, realizar operações de escolta armada de presos, revistas em visitantes e familiares em dias de visita, redigir relatórios de comunicações internas, dentre outras.
Os requisitos básicos para quem deseja realizar o concurso de Agente Penitenciário MG 2012 são: ter nível de ensino médio completo (2º grau) estar em dia com as obrigações militares, ter boa conduta social. Os aprovados nos concurso de agente penitenciário 2012 passarão por treinamento ministrado pela SEDS, onde aprenderão sobre Direitos Humanos, primeiros socorros, legislação institucional, direitos e deveres do condenado, Lei de Execução Penal, etc.
Após o curso, os aprovados serão nomeados agentes penitenciários sendo lotados nas unidades prisionais estaduais de Minas Gerais. Para maiores informações sobre o concurso de agente penitenciário MG 2012 os interessado devem consultar o endereço eletrônico

fonte
http://www.sitedeconcursos.org/concurso-agente-penitenciario-mg-2012.html






CONCURSO AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL 2012
O Concurso para Agente Penitenciário Federal 2012 está prestes ser lançado pelo Depen. Está previsto para o ano de 2012 a realização do concurso para o cargo de Agente Penitenciário Federal. Segundo o Ministério da Justiça, o órgão responsável pela administração prisional federal e pelos presídios federais, Departamento Penitenciário Nacional – Depen, existe urgência em contratar novos agentes penitenciários e, por esse motivo o concurso federal deve acontecer já no primeiro semestre de 2012.
A remuneração atual de um agente penitenciário federal é de R$ 3.254,04 (três mil, duzentos e cinquenta e quatro reais e quatro centavos) referentes ao vencimento básico, acrescido de Gratificação de Desempenho de Atividade de Agente Penitenciário Federal. As principais atribuições do agente penitenciário são: realizar a vigilância interna e externa nas unidades prisionais Federais, realizar escolta armada de presos para audiências, consultas em hospitais, realizar revistas em celas e em qualquer visitante que comparecer nas unidades prisionais, além de cuidar da parte burocrática da instituição.
agente penitenciário federal 2012
Para realizar o concurso de agente penitenciário federal 2012 o candidato deve possuir o ensino superior completo, ter boa conduta social, gozar de boa saúde física e mental, estar em dia com as obrigações militares (ser for do sexo masculino) e eleitorais. Consta como requisito ainda carteira nacional de habilitação em categoria B para direção de veículos automotores.
Os aprovados no concurso agente Penitenciário Federal 2012passarão por um curso de formação por um período de seis meses, que atualmente é de responsabilidade do Ministério da Justiça e ministrado na Academia Nacional de Polícia, sob jurisdição da Polícia Federal.
concurso público dispõe de duas fases, sendo a 1ª composta por 4 etapas, todas elas em caráter eliminatório. São elas: prova objetiva prova de aptidão física, prova de aptidão psicológica e investigação para verificação de antecedentes criminais, também eliminatória.
Durante o curso de formação o candidato recebe remuneração e auxilio médico e dentário, além de fardamento. Para obter mais informações sobre o concurso de agente penitenciário federal 2012, os interessados podem consultar o endereço eletrônico do Ministério da Justiça, o Depen/MJ.
conclui. (Diário do Pará).

Ex-agente fala sobre o cotidiano na Colônia Penal.


Após denúncias amplamente divulgadas pela mídia sobre a adolescente de 14 anos que afirma ter sido violentada durante quatro dias na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Izabel, ontem à tarde, um ex-agente prisional contou em entrevista exclusiva ao DIÁRIO sobre a experiência traumática provocada pela convivência de quase um ano no complexo penitenciário, até ser exonerado ao adquirir síndrome do pânico, em virtude da pressão psicológica dentro do sistema penal.

Ainda receoso em ser vítima da violência, o ex-servidor pediu para manter a sua identidade preservada. Em 30 de outubro do ano passado, após flagrar um dos internos com cerca de 1,5 kg de maconha prensada no interior de um dos alojamentos, o agente prisional foi agredido a golpes de terçado no interior da Colônia Agrícola Heleno Fragoso.

Os agentes iniciaram a revista solicitando aos internos que permanecessem do lado de fora dos quartos, enquanto vasculhavam o local. “Já na primeira sala, ao suspender o colchão para ver o que tinha embaixo, encontrei a‘barra’ de maconha prensada e outro interno escondido”, disse o ex-funcionário.

Ainda segundo ele, o interno escondido seria o fornecedor da droga e estava foragido há alguns dias do sistema penal e só retornava à Colônia Agrícola para vender entorpecentes aos presos.

“Enquanto saíamos de Heleno Fragoso com o detento, a Kombi que estava eu, o preso, o chefe de segurança e o motorista foi cercada por três presos com terçados em punho, pedindo para que soltassem o ‘irmão’ deles”, relembrou.

Coagidos com a emboscada, o ex-agente contou que um dos detentos efetuou um golpe forte que quebrou um dos vidros laterais do veículo, outra terçadada atingiu a cabeça dele e logo em seguida veio a terceira, desferida próxima da nuca.

TRANSFERÊNCIA ( o agente de segurança é sempre transferido)

Um mês depois, o agente foi transferido para o Centro de Recuperação Feminino (CRF) e, no decorrer dos meses, afastou-se da função por ter adquirido transtornos psicológicos. “A psicóloga diagnosticou um quadro de Síndrome do Pânico e pediu meu afastamento das atividades, fiquei recebendo benefício do INSS. Em abril deste ano, fui exonerado com a justificativa de ter cumprido o período contratual de um ano”, afirmou.

Em relação aos fatos evidenciados atualmente na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, o ex-funcionário diz: “todos esses problemas são mais antigos do que se imagina. Os agentes prisionais já vinham denunciando há muito tempo essa ‘liberdade’ que os presos são agraciados na Colônia”.

Após a denúncia da adolescente sobre os abusos sexuais sofridos no interior da área penal, ele revela ainda que conversou com seus colegas de profissão que trabalhavam nas ala
s do anexo penitenciário quando ocorreu o crime. “Eles me contaram que viram em uma das noites, por volta das 18h, seis presos deixando a colônia, como os funcionários não dispõem de armamentos, não impediram a saída dos detentos, apenas comunicaram a fuga no livro de ocorrência do plantão”, contou.

Ainda segundo ele, uma hora depois, os agentes prisionais contaram ter visto os seis internos que fugiram retornando aos alojamentos na companhia de outros dois indivíduos. “Para os colegas de trabalho, a dupla que entrou acompanhada dos presos, eram as meninas que seriam violentadas pelos internos. Provavelmente, elas estavam vestidas com roupas masculinas e boné no cabelo, por isso não perceberam nada. Os agentes permitiram a entrada do bando, com receio de os detentos estarem armados”.

O ex-agente prisional acredita que o alojamento 3, da Colônia
Agrícola Heleno Fragoso, pode ter sido o abrigo usado para praticar os atos de violência sexual. “Lá funciona a ‘boca de fumo’ deles, é a o anexo mais movimentado. Quando os presos recebem o dinheiro de suas atividades agrícolas, eles vão para esse abrigo pagar dívidas com os traficantes e comprar mais entorpecente”, conclui. (Diário do Pará).

QUEM MANDA NA CADEIA??? "PARTE DOIS""

Foto: Agência O Globo


PM abre sindicância para apurar festa realizada POR PRESO em presídio para policiais.

Ex-policial acusado de integrar milícia fez festa para o filho no interior do Batalhão Especial Prisional no ano passado.

Ex-PM conhecido como Carlão realizou festa para o filho dentro da cadeia, segundo jornal carioca
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (22) que será aberta uma sindicância para apurar a realização de uma festa de aniversário de um filho de um ex-PM dentro das dependências do BEP (Batalhão Especial Prisional), em Benfica, na zona norte, em setembro do ano passado. Fotos da comemoração foram divulgadas hoje pelo jornal carioca "Extra".

O ex-policial em questão é Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, acusado de integrar a milícia conhecida como Liga da Justiça, que teria como chefes os ex-políticos Natalino e Jerônimo Guimarães, atualmente presos.
Carlão fugiu do BEP no último dia 2. O capitão acusado de facilitar a fuga do ex-PM chegou a ser preso, mas ganhou a liberdade provisória na última sexta-feira (16). Ele está afastado das atividades do BEP e responde a inquérito.

De acordo com a PM, o comandante e o subcomandante do BEP da época e oficial de dia que estava de serviço no dia da festa serão convocados para depôr.
Segundo a corporação, a ostentação de joias (Carlão aparece em uma das fotos com um cordão que parecia ser de ouro) "revela uma ousadia e um desacato ao poder constituído. Tal situação é intolerável", diz nota divulgada pela PM.

De acordo com a polícia, confraternizações entre detidos e presos são permitidas pela lei, desde que dentro de protocolos legais e de segurança. Mas a sindicância, diante das imagens, irá verificar se houve do uso de bebidas alcoólicas, o que fere frontalmente a lei, e tal fato pode culminar na prisão de responsáveis.
A sindicância, segundo a PM,  vai apurar também se a festa de aniversário da criança, realizada numa sexta-feira, ocorreu com conhecimento e consentimento do comandante e do subcomandante da unidade.

Troca de comando

Segundo a corporação, o comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, já mudou o comando do BEP duas vezes desde a festa, ocorrida, segundo o jornal, dia 24 de setembro de 2010. Desde que assumiu o cargo (em julho de 2009), o comandante já mudou a direção do BEP em cinco ocasiões.
A PM informou que os presos do BEP passarão a usar uniforme. Já estão sendo calculados valores para as vestimentas.

O BEP abriga PMs e ex-PMs acusados de crime. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, pediu ao comandante Mário Sérgio Duarte que procure um lugar mais seguro para a unidade.

PCC criou células de inteligência para matar agentes penitenciários federais Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 27/07/2017 - 04h00 Ouvir 0:00...