sábado, 14 de maio de 2011

Escolas de Belo Horizonte terão detector de metais na entrada

Escolas de Belo Horizonte terão detector de metais na entrada Medida de foi aprovada em caráter definitivo pelos vereadores e vai atingir 72 das 186 instituições de ensino municipais Publicado no Super Notícia em 14/05/2011GABRIELA SALES falesuper@supernoticia.com.br FOTO: ARQUIVO O TEMPO O colégio Marconi, na região Centro-Sul da Capital, é uma das escolas que terão o detector de metais. Contudo, a proposta tem gerado polêmicas. Especialistas atacam a lei como ineficaz. Pais de alunos querem segurança, mas, na prática, acreditam que proce ARQUIVO O TEMPO O colégio Marconi, na região Centro-Sul da Capital, é uma das escolas que terão o detector de metais. Contudo, a proposta tem gerado polêmicas. Especialistas atacam a lei como ineficaz. Pais de alunos querem segurança, mas, na prática, acreditam que proce A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou anteontem, de maneira definitiva, o projeto de lei nº 421/2009, que torna obrigatória a instalação de detectores de metal na entrada das escolas municipais da capital. A medida é uma tentativa de coibir a entrada de armas nos colégios, mas enfrenta a resistência de especialistas, que chamam atenção para os transtornos que os equipamentos podem causar e para um chamado "excesso" das autoridades. Como o detector será obrigatório nas escolas com mais de 500 alunos, 72 dos 186 colégios municipais da cidade teriam a obrigatoriedade de usar o equipamento. Com um custo estimado em torno de R$ 2.000 por aparelho, apenas para a compra dos detectores, a prefeitura terá que desembolsar R$ 144 mil - há gastos também com a manutenção, que deve ser feita a cada seis meses. Além disso, a prefeitura precisará designar um guarda municipal para cada uma das escolas, Eles vão acompanhar a entrada e revistar quem estiver com algum objeto metálico. O custo para a compra e a manutenção, segundo especialistas, não seria um problema se a medida garantisse de fato a segurança dos alunos. O pesquisador de segurança e criminalidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Michel Messi afirma que a fragilidade do aparelho pode tumultuar a porta das escolas. "O aparelho apita com uma tesoura, compasso ou mesmo uma moedinha. É transtorno na certa. E a violência é uma questão social, tem que ser tratada na escola", explicou. Críticas O pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Crisp) Robson Sávio alega que a medida não coibe a violência. "Episódio de arma nas escolas é um caso isolado. Precisamos é de políticas sociais". Pulso forte O autor do projeto de lei, o vereador Cabo Julio (PMDB), afirma que o detector de metal vai mostrar aos infratores que as autoridades estão dispostas a tomar medidas firmes contra a violência.Já para a psicopedagoga do centro de psicologia da Newton Paiva Merie Bitar, o detector pode trazer transtornos psicológicos para alunos, professores e funcionários. "A violência vai além da detecção da arma. É preciso que se trabalhe a causa dela. Isso é uma questão muito ampla", ressaltou a especialista. A pedagoga Luiza Thorres vai mais longe e afirma que a medida pode favorecer a evasão escolar a partir das ausências. "As crianças podem entender que o equipamento é algo repressor, o que pode fazer com que eles faltem. Com os alunos fora das salas de aulas, eles podem ficar mais vulneráveis à violência das ruas", destacou.

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