quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Rebelião em presídio deixa 9 mortos e 20 feridos no Maranhão Segundo o secretário de Segurança, tumulto começou após a descoberta de um túnel que seria usado em fuga 10 de outubro de 2013 | 9h 19

atualizado às 11h.

SÃO LUÍS - Uma rebelião por causa da descoberta de um túnel na Casa de Detenção (Cadet) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, deixou 9 mortos e 20 feridos na noite dessa quarta-feira, 9. A Secretaria da Segurança Pública chegou a divulgar nota na qual citava 13 mortos e 33 feridos, mas o secretário de Segurança, Aluízio Mendes, diz que houve duplicidade na identificação das vítimas.
Segundo Mendes, a rebelião está contida e é resultado de uma briga entre facções criminosas dentro da unidade prisional. "A rebelião foi contida pelos homens do Choque e do GTA. Os agentes fazem, no momento, uma revista geral nas dependências da penitenciária. As mortes todas são em decorrência de brigas entre detentos de facções adversárias", disse Mendes.

Ele disse ainda que a confusão foi motivada por uma briga entre facções criminosas e por causa da suspeita de um túnel no Bloco F, Pavilhão 2, por onde cerca de 60 presos pretendiam fugir da penitenciária.

"O tumulto começou após a inteligência da SSP ter descoberto que 60 presos estavam cavando um túnel pelo qual pretendiam sair essa madrugada. Quando agentes penitenciários tentaram acessar a cela onde ficava o início do túnel, os presos se rebelaram tentando evitar a revista", disse o secretário.

Dentro do Complexo Penitenciário os presos atearam fogo em objetos e foi registrado um incêndio que foi apagado pouco depois que a rebelião foi contida. Além da confusão dentro da Cadet, houve também tumulto fora do presídio: familiares dos presos teriam entrado em confronto com a Polícia Militar e atirado pedras e outros objetos em agentes penitenciários.

Facções. Esta é a terceira briga de facções dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas que resulta em mortos. Na semana passada, duas confusões, também provocadas por facções criminosas ligadas ao crime organizado do Sudeste, como o Comando Vermelho (CV), deixou cinco mortos - um deles decapitado - e dois feridos.

As duas confusões anteriores teriam sido provocadas pela transferência de 18 presos membros do "Bonde dos 40", facção criminosa local com ligações com o CV, do Centro de Custódia de Presos de Justiça do Anil para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.

Na ocasião da transferência, três presos foram assassinados a pauladas e com golpes de instrumentos perfurocortantes e outros dois presos foram levados para o Hospital Socorrão II com ferimentos. Um agente penitenciário também foi hospitalizado, após ser atingido com uma pedra na cabeça. Na mesma noite, ocorreu outro choque entre presos que resultou na morte de outros dois detentos.

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