sexta-feira, 26 de abril de 2013


Agente penitenciário confessa ter matado detento do semiaberto



Por: Sulbahianews/Uinderlei Guimarães - 25/04/2013 - 11:31:16
De acordo com a Polícia, o crime foi passional. Na manhã desta quarta-feira, 24 de abril, o agente penitenciário, José Antônio Carmo Pereira, 45 anos, acabou confessando a autoria do assassinato de Hélio Conceição Manoel, de 38 anos, natural do Prado, que era interno do regime semiaberto e cumpria pena por homicídio no Conjunto Penal de Teixeira de Freitas.
Hélio foi morto com um tiro na cabeça na manhã de terça-feira, 23, na ladeira que liga o bairro Bonadiman ao Vila Caraípe. Segundo José Antônio, a vítima teria se envolvido com sua esposa.
O autor do homicídio foi preso na manhã desta quarta-feira depois das investigações dos agentes do Serviço de Investigação em Locais de Crime (SILC), da 8ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em um trabalho integrado chefiado pelos delegados Marco Antônio e Wendel Ferreira.
De acordo com os delegados, as investigações foram iniciadas ainda na terça-feira, juntamente com as incursões dos policiais na tentativa de prender “Pereira”, que fugiu para o município de Alcobaça e logo depois retornou para Teixeira, sendo preso pelos agentes investigativos que montaram campana em frente a sua residência no bairro Vila Caraípe.
Em depoimento, “Pereira” contou que a vítima teria abusado de sua confiança. Ele teria contratado Hélio para trabalhar como pedreiro na obra de reforma de sua casa. Depois de um tempo, a vítima e a mulher de “Pereira” começaram a se envolver, passando a viver um relacionamento extraconjugal.
A traição foi descoberta em dezembro de 2012, quando foi alertado sobre o caso. Ele preferiu investigar e acabou confirmando a situação. O último encontro dos amantes teria sido no domingo, 21. Mas, o que realmente teria enfurecido “Pereira” foi saber que Hélio afirmou que se o filho do casal, que tem 9 anos, fosse um empecilho para que ele e amante ficassem juntos, ele mataria a criança.
Na terça-feira, os dois se encontram na ladeira do Bonadiman. “Pereira” disse que foi apenas tirar satisfação, e a vítima, que era capoeirista, iniciou uma briga corporal. O agente penitenciário diz que atirou para se defender e que, inicialmente, achou que o único disparo feito por ele tinha acertado o ombro do presidiário.
No final desta quarta-feira, “Pereira” foi apresentado à impressa e disse estar arrependido. Seu advogado, Gean Prates, classificou o caso como uma tragédia familiar.

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