sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


Rebelião na Penitenciária Nelson Hungria já dura mais de 24 horas

Negociações foram retomadas na unidade por volta das 10h
Márcia Costanti, do R7 MG | 22/02/2013 às 10h03
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A rebelião na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde o goleiro Bruno Fernandes está detido, já dura mais de 24 horas. As negociações foram retomadas por volta das 10h, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social. O contato havia sido suspenso na madrugada de hoje (22) depois que os cerca de 90 rebelados entregaram o rádio que utilizavam para se comunicar e foram dormir.
Duas pessoas continuam sendo mantidas reféns no local. Uma professora que trabalha há 12 anos na escola da unidade e um agente penitenciário. Os detentos afirmaram estar armados e ameaçaram estuprar a professora. Omotim acontece no Pavilhão 1 e começou depois que uma grávida foi impedida de entrar para visitar o marido. Na tarde de ontem (21), os negociadores decidiram cortar água e luz no presídio. Informações iniciais dão conta de que o fornecimento foi reestabelecido, mas a Seds não confirma.

À noite, um documento chegou a ser entregue pelos rebelados com uma série de reivindicações. O principal impedimento para o fim da rebelião é a recusa da mudança do diretor da unidade, atualmente comandada por Luiz Carlos Danuzio. Os presos afirma estarem sendo vítimas de tortura.
O líder do movimento é o preso Daniel Augusto Cypriano, de 29 anos. Ele possui seis condenações, sendo uma por homicídio e é conhecido como Carioca ou Snap. Cypriano chegou a ligar para a rádio Itatiaia para comunicar o motim.
Promotor vai à presídio
Na noite de ontem (21),o promotor do caso Eliza Samudio, Henry Wagner Vasconcelos, esteve ne unidade. Há indícios que ele tenha ido ao local para buscar informações sobre o goleiro Bruno, mas ele alegou que estava apenas se inteirando da situação. O atleta, que aguarda a chegada do julgamento no dia 4 de março, está preso em um pavilhão distante de onde acontece o movimento.
Bandidos incendeiam ônibus
O motim pode ter ganhado repercussão pelas ruas da região metropolitana. Dois bandidos invadiram um ônibus no Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, durante a madrugada e ordenaram que os ocupantes descessem. Eles botaram fogo no coletivo e depois entregaram ao motorista um bilhete com a palavra "opressão", escrita pelos rebelados no pátio da unidade. A PM ainda não confirmou a ligação entre os fatos.

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