Eugênio Moraes
Detentos do presídio de Pedro Leopoldo foram remanejados para um templo religioso para vistoria
Detentos do presídio foram remanejados para um templo religioso para vistoria nas celas

Depois da rebelião no presídio em Pedro Leopoldo, na Grande BH, 89 presos serão transferidos para unidades da região metropolitana em São Joaquim de Bicas e Ribeirão das Neves. A unidade passará por reformas devido aos danos decorrentes da ação dos detentos durante a madrugada desta quarta-feira (19).
O anúncio foi feito pela Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) que é subordinada à Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Houve tiroteio e um dos agentes penitenciários foi baleado. Ele está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII e passa bem.
Ao todo, 114 detentos estavam na unidade prisional. Um deles conseguiu fugir, mas foi localizado em seguida pelos militares do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas. Com ele, foram encontradas duas armas de fogo, de acordo com a Polícia Militar.
Por meio de nota, a Suapi informou que considera que a rebelião foi motivada pela tentativa de fuga dos quatro líderes do movimento. Com a fuga frustrada, os detentos chegaram a questionar a qualidade da comida. Entretanto, a Suapi informou que nenhuma reclamação deste tipo foi registrada, verbal ou por escrito, à Subsecretaria, em momentos anteriores.
Os laudos de acompanhamentos mensais de qualidade da alimentação também não demonstram nenhuma irregularidade.

A ação

De acordo com a PM, por volta de meia-noite, um dos detentos simulou estar passando mal, e um agente penitenciário foi ajudá-lo, porém, ele acabou sendo rendido por outros quatro homens. Em seguida, o grupo rendeu mais dois agentes e tomou as armas deles.
A polícia informou ainda que, o primeiro agente a ser dominado, foi baleado na perna e encaminhado ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na capital.  Houve troca de tiros e um agente foi baleado no braço, segundo a Suapi.
Na cela onde estava o detento que simulava o mal-estar, estavam duas armas, raspadas. A origem das armas estão sendo investigadas tanto pela polícia, quanto pela Corregedoria do Sistema Prisional.
Militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) e do 36° Batalhão da Polícia Militar (BPM), foram acionados na unidade prisional e, no início da manhã, conseguiram render os detentos que participaram da ação.



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