sábado, 14 de julho de 2012





Bruno é punido por escrever carta a programa de TV
Publicado no Jornal OTEMPO em 14/07/2012
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JHONNY CAZETTA
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FOTO: ALEX DE JESUS - 28.6.2011
Sem trabalho, ex-jogador não pode diminuir o tempo de prisão
Após ter se pronunciado sobre o assassinato de Eliza Samudio através de uma carta enviada a uma emissora de televisão, o goleiro Bruno Fernandes foi punido pela direção da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O ex-jogador, que está preso no local há dois anos, está temporariamente proibido de realizar o trabalho de faxina no presídio e terá somente o direito de sair da cela para o banho de sol, durante duas horas por dia. Com o serviço no presídio, Bruno recebe, por mês, 3/4 do salário mínimo e também o benefício de, a cada três dias de trabalho, diminui um dia na pena. O julgamento do ex-jogador pela morte de Eliza Samudio ainda não foi marcado. Bruno e outros sete comparsas são réus no processo. 

Em nota, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que Bruno "cometeu erro disciplinar ao ignorar as regras de segurança e enviar, fora dos trâmites legais, uma carta ao público externo à unidade por meio de seu advogado".

O órgão explicou no texto que as correspondências precisam passar por um departamento específico, "para registro e conferência de teor, com o objetivo de resguardar a segurança da sociedade e da unidade prisional".

Os advogados do ex-goleiro disseram que vão recorrer da decisão da Seds. "Estamos em uma democracia, e o Bruno tem todo o direito de se defender, ou voltamos a uma ditadura? Se eles não reverterem a decisão, vamos entrar com um mandado de segurança para que ele possa retomar suas atividades no presídio", afirmou o advogado Francisco Simim.

Na próxima segunda-feira, os advogados que representam o ex-goleiro serão ouvidos pela comissão disciplinar da Nelson Hungria, que irá determinar o fim ou não do recolhimento em cela e até quando irá durar a punição.

Na carta enviada à emissora, Bruno afirma ser inocente e nega ter cometido ou determinado a outra pessoa que cometesse o crime contra Eliza Samudio. Ele ainda reconheceu a paternidade de Bruninho, fruto do relacionamento com Eliza.

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