segunda-feira, 25 de julho de 2011

Diretoria à disposição de Bruno NA PNH

Diretoria à disposição de Bruno Seds confirmou afastamento de funcionária, mas não disse o motivo Publicado no Jornal OTEMPO em 25/07/2011Avalie esta notícia » 2 4 6 8 10 TÂMARA TEIXEIRA NotíciaComentários(4) CompartilheMais notícias AA0 FOTO: ALEX DE JESUS - 28.6.2011 Em telefonema de dentro da prisão, Bruno falou por 12 minutos As escutas telefônicas que grampearam o celular da noiva do goleiro Bruno Fernandes, a dentista Ingrid Oliveira, revelam que ela não contava apenas com a ajuda de funcionários da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, para namorar ao telefone com o jogador. A interceptação mostra que Ingrid tinha a própria diretoria da unidade como informante. Em uma das ligações, gravadas com autorização da Justiça, a dentista mostra que mantinha contato com a ex-diretora de ressocialização da Nelson Hungria Márcia Ermelinda. "Tudo que a acontece lá no presídio ela me liga", disse Ingrid em uma ligação ao advogado do goleiro, Cláudio Dalledone. Ela se referia ao suposto assédio que o jogador sofria de advogados que tentavam entrar na penitenciária para falar com ele. Bruno está preso há um ano, acusado de ser o mandante do assassinato da ex-namorada Eliza Samudio. Em outra ligação, a dentista conta a Dalledone que pediu diretamente ao ex-diretor Cosme Dorivaldo Ribeiro Santos que não permitisse a entrada na penitenciária do advogado Ângelo Carbone, que, na época, atuava na causa. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) confirmou o afastamento da funcionária Márcia Ermelinda, mas não informou os motivos. No caso do ex-diretor Cosme, segundo a Seds, ele foi afastado do presídio em abril e, atualmente, ocupa um cargo administrativo no Centro de Remanejamento de Presos de Contagem. A reportagem tentou falar ontem, sem sucesso, com a funcionária Márcia Ermelinda e com ex-diretor Cosme Santos. Regalias. Na última sexta-feira, O TEMPO revelou, com exclusividade, um esquema envolvendo a antiga diretoria da unidade, que permitia que Bruno tivesse regalias. No dia 2 de dezembro, funcionários da Nelson Hungria telefonaram de um número corporativo do Estado para o celular de Ingrid. Em uma ligação de 11 minutos e 59 segundos, ela namorou com o goleiro sem ser interrompida e com toda privacidade. Quem intermediou o contato foi uma assistente social identificada como Lourdes. A secretaria informou que ela ainda ocupa o cargo. A Seds abriu uma sindicância para apurar se houve, ou não, facilitação por parte de algum funcionário ou se Bruno forjou uma emergência. Os presos têm direito a uma ligação social em casos de extrema necessidade, como morte em família. O conteúdo das chamadas mostra que o casal não tratou de nada relevante, mas apenas matou a saudade. VENDA DE ALVARÁS Perícia pode ligar dois casos O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo, irá fazer nos próximos dias um pedido para que as escutas que grampearam o número de Ingrid Oliveira sejam comparadas ao áudio das investigações Polícia Federal. Em junho, a PF desmantelou uma quadrilha que vendia habeas corpus em Minas Gerais. A suspeita é que os dois casos possam estar relacionados. Um dos homens flagrados negociando alvarás pela PF, o advogado paulista Marcello da Conceição, seria o mesmo que aparece nas escutas conversando com a dentista. No esquema descoberto pela polícia, ele não foi preso porque não era o alvo das investigações. Na ligação de 22 minutos com Ingrid, ele se apresenta como um amigo da juíza de Esmeraldas, Maria José Starling, e dá instruções de como ela deveria agir para libertar Bruno. Em junho, Ingrid Oliveira denunciou que a mesma juíza pediu R$ 1,5 milhão de propina para liberar Bruno da prisão. (TT) Corregedoria em ritmo lento Segundo a Corregedoria do Tribunal de Justiça, não há previsão de abertura de sindicância para apurar as suspeitas de venda de habeas corpus que recaem sobre a juíza de Esmeraldas, Maria José Starling. Segundo a PF, o advogado Marcello da Conceição, que citou o nome da juíza em escuta telefônica, tem passagem por estelionato. (TT)

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