sexta-feira, 29 de abril de 2011

Em menos de uma semana, quatro ônibus foram incendiados em Belo Horizonte e região

Em menos de uma semana, quatro ônibus foram incendiados em Belo Horizonte e região metropolitana. Apesar de não ter havido vítimas em nenhuma das ocorrências, passageiros, cobradores e motoristas estão com medo de embarcar nos coletivos nas áreas onde aconteceram os atos de vandalismo. A principal hipótese é que a ordem para os ataques tenha partido de dentro da penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que irá apurar o envolvimento de presos nos casos. Os detentos estariam revoltados com uma operação realizada pela secretaria em busca de drogas e armas no presídio, no começo desta semana. Cerca de 400 agentes apreenderam celulares, facas e entorpecentes na unidade. Na noite de anteontem, um ônibus da linha 5401 (Dom Cabral/São Luiz) havia acabado de parar no ponto final, na região da Pampulha, quando dois homens armados e usando toucas ninja chegaram em uma moto. Eles mandaram o cobrador e o motorista descer e, depois, atearam fogo ao veículo. Os suspeitos deixaram um bilhete com os dizeres "Se continuar nos reprimindo, vamos colocar fogo nos ônibus e vamos matar". A mensagem assustou o cobrador, que trabalha na empresa há cinco anos. "A gente tem família e não pode ficar sem trabalhar", declarou o homem, que pediu para não ser identificado. Ainda na noite de quarta-feira, um ataque parecido aconteceu no bairro Gávea, em Vespasiano. Em uma ação semelhante, dois homens invadiram um coletivo, mandaram todos descer e incendiaram o veículo. No dia anterior, os atos de vandalismo aconteceram em Contagem e na capital. No primeiro, o ataque foi protagonizado por cerca de dez homens armados com pedaços de madeiras, pedras e facas. No segundo, dois homens colocaram fogo em um ônibus que estava parado no bairro Coqueiros, região Noroeste da cidade. As chamas destruíram o veículo e afetaram a rede elétrica do bairro. Anteontem, uma suspeita de ter comandado o ataque em Contagem foi presa e confessou ter participado da ação. Segundo denúncias, a mulher de 50 anos seria esposa de um integrante da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). "A população não deve ficar preocupada. Não vamos permitir que essas ações se transformem em rotina", disse o capitão Gedir Rocha, chefe da assessoria de imprensa da PM

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